Maher Arar
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Maher Arar é um engenheiro de software canadense nascido na Síria em 1970. Em 26 de setembro de 2002, em trânsito nos Estados Unidos da América, ele foi barrado pelo serviço de imigração e sumariamente deportado para a Síria em 7 ou 8 de outubro . A alegação para a deportação foi possível envolvimento com terrorismo. Neste processo, Maher Arar não teve direito à defesa nem representação legal e depois foi verificado e aceito que ele era inocente.
Quando chegou na síria, Maher Arar sumiu. O governo canadense recebeu notificação sobre o caso em 10 de outubro, apenas depois de que ele já havia sido deportado. A deportação foi condenada pela Anistia Internacional e pelo governo canadense, assim como a política estado-unidense de imigração baseada em raças. Após, foi descoberto que ele estava em uma prisão na Síria.
Maher Arar foi torturado durante o período no qual ficou na Síria com o objetivo de que ele confessasse seus crimes como terrorista e membro da al-Quaeda. Inicialmente, nenhum crime foi confessado. Após repetidas torturas, Maher Arar acabou confessando tudo o que os torturadores queriam.
Em 6 de outubro de 2003, Maher Arar voltou para o Canadá, após 375 dias, sem nenhuma queixa ou alegação de terrorismo estado-unidense. Apesar do fiasco e da crise diplomática com o Canadá, os Estados Unidos da América não vão parar sua política de deportações, classificada por alguns como tortura terceirizada, pois no solo estado-unidense a tortura é proibida. Além disso, nos EUA, a grande maioria de pessoas parece acreditar que todos os que são presos sobre suspeita de terrorismo são de fato terroristas. Como um oficial da CIA mesmo disse, We don't kick the shit out of them. We send them to other countries so they can kick the shit out of them.