Música católica popular
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A música católica popular é um estilo musical de cunho religioso que vem ganhando força desde o Concílio Vaticano II.
É um estilo que, segundo muitos, veio como um contra-ataque católico à investida das igrejas protestantes (evangélicas e pentecostais) nos meios de comunicação, principalmente na música. De tal forma, ambos têm características semelhantes: a utilização de instrumentos musicais populares (violão, teclado, bateria, etc.) em vez dos tradicionais (órgão, cravo etc.); o uso da língua vernácula; grande emotividade.
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[editar] No Brasil
[editar] Primórdios: Padre Zezinho
No Brasil, a pioneira nesse ramo foi a gravadora Paulinas COMEP, que começou na década de 1960 e que até hoje é a maior no segmento. Todavia, o grande êxito da COMEP deve-se, em parte, ao sucesso da música do cantor Padre Zezinho, que foi extremamente revolucionário, e, até hoje, arrasta multidões onde quer que se apresente. Padre Zezinho foi essencial na música católica entre 1967 e 1980, uma vez que, nessa época, ele era o único cantor católico com tal visibilidade. São famosas suas canções "Amar como Jesus Amou", "Um Certo Galileu", "O Profeta" e "Maria de Nazaré".
[editar] De 1975 a 1985
Nas décadas de 1970 e 1980, com a ascensão do movimento da Renovação Carismática Católica, a música católica popular ganhou muito maior visibilidade. Fizeram história nessa época as músicas dos discos da coleção Louvemos o Senhor, lançada pela Associação do Senhor Jesus, e interpretada por Kater e Maria do Rosário. Essa coleção é conhecida por trazer à tona músicas desconhecidas e levar para a realidade católica algumas canções evangélicas. São famosas as canções "Senhor, Tu és o Meu Deus Forte", "Pelos Prados e Campinas", "A Alegria", "Glória a Deus", "Porque Ele Vive", "Quero Louvar-Te". coleção foi encerrada em 1995 no volume 10.
[editar] A partir da década de 1980
Em 1985, a Paulinas COMEP lança outro fenômeno da música católica: a Banda Agnus Dei. Esta segue o mesmo roteiro do Louvemos ao Senhor, mas, posteriormente, começou a lançar canções detem músicas de sua própria autoria. São famosas as músicas: "Estás Assentado", "Meu Deus Está Vivo", "Canto de Comunhão", "Podes Reinar", "Israel, Eis o Que Diz o Senhor", "Glória ao Nosso Deus", "Vem Espírito Santo" e "Jesus Cristo Está Passando Por Aqui".
Na segunda metade da década de 1980, começa a despontar o padre Jonas Abib, da Comunidade católica carismática Canção Nova, que também começou seguindo os mesmos padrões do Louvemos ao Senhor, mas depois deu prioridade a seus "filhos" da comunidade, que, posteriormente, se destacariam muito pelas produções próprias. Canções famosas de Padre Jonas: "O Amor Vencerá", "Vem Maria Vem", "Mexe e Remexe", "Estás Entre Nós", "Escolhida", "Brisa Leve", "Te Dar a Paz", "Vem, Espírito de Deus" e "Quem é Esta Que Avança Como a Aurora".
Também merece destaque a irmã Kelly Patrícia, surgida no fim da década de 1980, e que é famosa pelas canções "Regaço Acolhedor" e "Passarinho".
[editar] De 1995 a 2000
Depois de Padre Jonas, a música católica popular brasileira deu um salto em produção e trouxe vários artistas novos, geralmente de estilos pop, para cativar os jovens. Surgiram na década de 1990 a Banda Canção Nova (que logo acabou, tendo seus membros - Adriana, Dunga e Flavinho - seguindo carreira solo), a Vida Reluz, Padre Zeca, Nelsinho Correia, e o mais revolucionário dessa época: padre Marcelo Rossi.
Padre Marcelo Rossi revolucionou animando, por meio de cantos e danças elétricas, as missas do bispo de Santo Amaro, dom Fernando Figueiredo. Já gravou mais de dez discos desde 1995.
Com padre Marcelo Rossi e a virada do milênio, a música católica popular brasileira se desenvolveu e ganhou qualidade, selando um marco nesse estilo.
[editar] Tempos atuais
Recentemente, a música católica sofreu um boom, crescendo substancialmente, tendo seu mercado comparável ao da música evangélica, vanguarda nas comunicações e, desde a década de 1980, grande indústria. No meio católico, ganharam fama bandas de white metal, como Aeternum Dei e Rosa de Saron, e cresceram o número de artistas de pop rock (Anjos de Resgate, Banda Bom Pastor, Dunga) e os de Louvor e Adoração, como Toca de Assis, Missionário Shalom, Walmir Alencar, Ziza Fernandes, Celina Borges, Eros Biondini, Cleidimar Moreira e o maior fenômeno desta era: padre Fábio de Melo.
Nesta época, surgiu a música católica popular brasileira de maior sucesso na história, Sacramento da Comunhão (de Nelsinho Corrêa - 2004), e outras, de menor sucesso, mas que marcaram a época, como Neste Nome Há Poder (de Cleidimar Moreira - 2003), Invocamos (de Eros Biondini - 2004), O Que Agrada a Deus (de Ziza Fernandes - 2002), Anjos de Resgate (do Anjos de Resgate - 2001) e outras.