LAR - Linhas Aereas Regionais
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LAR Transregional, Linhas Aéreas Regionais S.A., foi uma companhia aérea de Portugal criada em 4 de janeiro de 1985 na cidade do Porto, com 50 mil contos de capital social. Foi seu primeiro presidente o Engº Vilar Queiroz.
Precisamente no dia em que quarenta anos antes se realizava o primeiro voo comercial dos TAP, realizou o seu primeiro voo a 14 de Março de 1985. Filha da mal amada TAP Regional, que por sua vez tinha sido gerada a partir dos TAC-Transportes Aéreos Continentais, foi esta empresa criada com o beneplácito e forte apoio das autarquias locais, por representar um efectivo meio de descentralização no país. Após um fracassado e frustrante processo levado a cabo pela Transportadora Aérea Nacional com a sua TAP Regional, foi decidido criar um projecto de raiz que englobou à sua volta 15 sócios entre municipalidades (Braga, Bragança, Coimbra, Covilhã, Faro, Portimão, Viseu e Vila Real), empresas públicas (ANA, CTT, TLP e RN) e privadas (Orey Antunes eIlidio Monteiro). A TAP contribuiu com um terço do capital social para o arranque do projecto, contando à partida com uma frota de três DeHavilland Twin Otter de dezanove passageiros e um Beachcraft King Air E90 de nove lugares pressorizado. Estavam assim reunidas as condições para que a 14 de Março de 1985 fosse dado início às operações da LAR, que passou a ligar os grandes eixos continentais Lisboa – Porto e Lisboa – Faro, incluindo igualmente Bragança, Vila Real, Viseu, Covilhã, Coimbra e Portimão, além da ligação Funchal- Porto Santo. Após um início promissor, cedo começaram os problemas financeiros e o espectro da falência. Em 1987 é assinado um protocolo com a TAP, seu principal accionista que prevê a transformação de créditos e a diminuição da sua participação accionista, levando a um aumento de capital inicial para 100 mil contos e substituição total da frota por um equipamento mais adequado à sua operação. Nasce assim a nova LAR-Transregional, a 22 de Abril de 1988, com um novo nome e um novo logotipo tendo como António Baptista Lopes como cara do projecto e accionista de referência, que recebe dois Hawker Siddeley 748 “Avro” de 44 passageiros, provenientes da SATA e um terceiro alugado à fabrica, a que se juntou em 1989 mais um Avro proveniente da SATA e ainda um quarto que operou durante pouco tempo. Com estes “velhos” senhores do ar foi criada a ponte aérea Lisboa-Porto com uma média de 22 voos diários, embora com muitos inimigos à mistura pois consideravam este equipamento obsoleto e inseguro.
A 3 de Julho é realizado o primeiro voo Funchal-PortoSanto em substituição do DeHavilland Twin Otter usado, tendo como passageiro o Presidente da Républica Dr. Mário Soares. Mais um aumento de capital e a encomenda dos novos British Aerospace ATP de 64 passageiros. Chegam assim em 26 de Outubro e Dezembro de 1988 os dois primeiros ATP’s a quem foram dados os nomes de Douro e Tejo. O terceiro avião deste tipo chegou em Junho de 1989, Mondego, dotando a companhia de uma frota actualizada e adequada à operação existente.
Para as rotas de menor densidade nas ligações regionais com o interior, chega a Lisboa no dia 3 de Dezembro o primeiro de dois Dornier 228-200 de 18 lugares a que se lhe juntou um terceiro em Julho de 1989.
A plataforma Ibérica era um dos objectivos fundamentais da companhia, que além de ter iniciado as operações a 15 de Abril de 1990 para destinos como Málaga, Bilbau, Vigo, Santiago de Compostela e Sevilha, chegou a ligar Badajoz a Madrid e Barcelona, graças a um convénio assinado em 1991 com a Junta da Estremadura. Longe estavam ainda os tempos do desenvolvimento brutal das companhias aéreas regionais espanholas. Mais uma vez não conseguimos salvaguardar o nosso pioneirismo. Bordéus e Toulouse foram outros destinos da LAR em França.
1992 marca a entrada da LAR na operação a jacto com a entrada em serviço durante o mês de Março de dois British Aerospace 146-200, aviões quadrireactores com capacidade para 99 passageiros.
Os problemas foram-se avolumando, dívidas por pagar, salários em atraso e toda esta saga atingiu o seu ponto mais alto com a guerra de tarifas na rota Lisbo-Porto entre a LAR e a Portugália, o que hipotecou definitivamente as aspirações na recuperação financeira desta empresa. Encerrou as portas em 1993, entre promessas de cura e mudança de nome para EUROAIR, contenciosos jurídicos intermináveis que ainda hoje se arrastam nos tribunais. Foi a LAR mais uma vítima inexorável da história da aviação comercial contemporânea em Portugal.
Rotas Rotas regionais:
Funchal - Porto Santo
Lisboa - Porto - Lisboa
Lisboa - Faro - Lisboa
Lisboa - Portimão - Lisboa
Lisboa - Covilhã - Lisboa
Lisboa - Coimbra - Lisboa
Lisboa - Viseu - Lisboa
Lisboa - Bragança - Lisboa
Porto - Faro - Porto
Porto - Covilhã - Porto
Porto - Viseu - Porto
Porto - Vila Real - Porto
Porto - Braga - Porto
Porto - Chaves - Porto
Porto - Bragança - Porto
Braga - Chaves - Braga
Vila Real - Bragança - Vila Real
Viseu - Covilhã - Viseu
Rotas internacionais:
Málaga Bilbau Vigo Santiago de Compostela Sevilha Badajoz Madrid Barcelona Bordéus Toulouse