ebooksgratis.com

See also ebooksgratis.com: no banners, no cookies, totally FREE.

CLASSICISTRANIERI HOME PAGE - YOUTUBE CHANNEL
Privacy Policy Cookie Policy Terms and Conditions
Lagar de Varas de Fojo - Wikipédia, a enciclopédia livre

Lagar de Varas de Fojo

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Esta página precisa ser reciclada de acordo com o livro de estilo.
Sinta-se livre para editá-la para que esta possa atingir um nível de qualidade superior.
Este artigo ou seção precisa ser wikificado.
Por favor ajude a formatar este artigo de acordo com as diretrizes estabelecidas no livro de estilo. (Fevereiro de 2008)

Situado numa zona de incontestável valor olivícola, o azeite de Moura desde sempre figurou entre os melhores do mundo, conforme atestam os Anais de Moura : “ Desde muito tempo, que a qualidade do azeite de Moura o põe a par dos melhores de Portugal, porque vemos que Flandres, Alemanha, Castela, Leão, Galiza, se proviam de azeite de Santarém, Lisboa, Abrantes, Moura, Elvas e Coimbra”. È tão afamada a qualidade do azeite de Moura que faz parte do imaginário colectivo a célebre expressão : “Fino como o azeite de Moura!”.

A produção de Azeite atingiu uma dimensão tamanha que, na década de 30 existiam 26 lagares em funcionamento em Moura e até uma “Rua dos lagares”. Assim sendo, a actividade oleícola detinha um importante papel económico no seio da comunidade mourense, constituindo um importante meio de subsistência, enquanto o fabrico de azeite conheceu uma forma mais artesanal de produção e necessitava de muitos braços para que um lagar estivesse apto para funcionar ( mais tarde com a vulgarização dos motores a vapor nos lagares portugueses, o sistema de produção mecanizou-se e decresceram as possibilidades de emprego num lagar).

Detendo a classificação de Imóvel de Interesse Público, o Lagar de Varas do Fojo, como é denominado, evolui do sistema romano de produção de azeite e conheceu um período activo de laboração de exactamente um século (1841-1941).Este lagar é o testemunho fiel do fabrico do azeite sem recurso a máquinas, mantendo toda a tradicionalidade, em que a força motriz era a força animal.

Trata-se de um lagar de tipo comunitário, que trabalhava à maquia, o que significa que, qualquer pessoa que tivesse azeitona poderia trazê-la a este lagar e transformá-la, deixando em compensação uma parcela do azeite produzido ao dono do lagar.

Neste lagar podem identificar-se três espaços distintos:

  1. a zona das tulhas onde a azeitona era depositada,
  2. a sala de moagem onde a azeitona era transformada numa pasta, e
  3. a zona das varas onde a massa da azeitona era prensada.

O Lagar de Varas do Fojo, actualmente musealizado e aberto ao público, conserva ainda toda a maquinaria original deste edifício, e possui um conjunto de informações que permitem um conhecimento mais profundo em relação não só ao modo de funcionamento do lagar, como do quotidiano do lagareiro e da História do azeite. A sua autenticidade e o seu estado de conservação faz com que o Lagar de Varas do Fojo seja um exemplar raro na Península Ibérica.

[editar] Fazer azeite no Lagar de Varas do Fojo

As azeitonas chegavam ao Lagar e eram logo encaminhadas para as tulhas onde permaneciam até serem prensadas. Por ordem de chegada as azeitonas iam sendo levadas em cestos para a sala de moagem onde, pacientemente iam sendo moídas. Após o árduo trabalho do burro que accionava o engenho da moenda durante muitas horas, as azeitonas eram moídas até constituírem uma pasta. O pavimento do lagar destinado a este trabalho era de terra batida para facilitar a tarefa do animal. Quando bem moída, a massa de azeitona era retirada pela abertura existente na base do farneiro e levada em gamelas para ser enseirada.

Após o enchimento das seiras, ou enseiramento, com a massa de azeitona, o lagareiro sobrepunha um conjunto de seiras sobre o estrado da prensa a que se dá o nome de algués. Sobre as seiras ainda se colocava a porta e os malhais, sobre os quais iria assentar a extremidade mais pesada da vara. Em seguida seria accionado o mecanismo da vara, que a faria baixar. Dois homens introduziriam uma alavanca, ou panca, na base do fuso da vara, fazendo com que o mesmo girasse sobre o eixo, assente no peso. Fazendo subir a ponta da vara, que em forma de forquilha actua ao longo do fuso, baixa a outra extremidade, transformando a vara numa espécie de alavanca inter-resistente. Quando a extremidade oposta ao fuso baixa, exerce pressão sobre as seiras, fazendo-as libertar azeite e água-ruça.

Depois de escorridas as seiras, a vara subia novamente para que se pudesse proceder á caldeação. Nesta operação era utilizada a caldeira do lagar, onde era aquecida a água necessária a esta operação. Depois de “quebrada” e remexida a massa do interior das seiras, as seiras eram abertas, e era-lhes colocado uns paus ao alto que as mantinham abertas, e de seguida era-lhes deitada água bem quente. Esta água quente fluidificava a massa de azeitona que já havia sido prensada, e ao mesmo tempo iria permitir o desprender de azeite que esta massa ainda continha. Esta operação permitia que a vara fosse novamente accionada, por forma a realizar novo “aperto”. Juntamente com a água quente iria correr pelo boeiro até á tarefa, mais algum azeite á mistura.

Para a separação do azeite da água ruça é necessário proceder á decantação destes líquidos, por forma a purificar o azeite o mais possível. Era na zona das tarefas que se procedia a esta operação, que, como atrás foi referido, era da responsabilidade do mestre do lagar e era determinante para a qualidade do azeite e para a própria reputação do lagar.

O azeite corre das seiras pelo boeiro até ás tarefas, de mistura com a água ruça. Sendo mais leve que a água, o azeite sobrenada na tarefa, enquanto que a água ruça permanece por baixo. O azeite desta tarefa passa a uma outra tarefa, a que está ligada por um pequeno canal, a “galeira”. A água ruça é libertada para fora da primeira tarefa, destapando um buraco que possui próximo da base e que levará a água ruça para um tanque subterrâneo conhecido como “inferno” ou “ladrões”. Com o auxilio de uma candeia e de uma vara de marmeleiro o mestre de lagar mede o nível de água ruça, para conhecer o momento ideal de a escoar, destapando o “espicho”.

Á tarefa para onde vai só o azeite dá-se o nome de “tesoiro”, ou pilão, e o azeite era retirado daí para outros recipientes, pelo lagareiro, com o auxílio de uma concha. Um buraco na parede facilita o acesso do lagareiro ao fundo da tarefa, de onde retira também manualmente os assentos ou “borras” do azeite. Estas borras eram levadas para umas tarefas que apenas serviam esta finalidade.

[editar] Ligações externas

  Este artigo é um esboço sobre Património de Portugal. Pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.


aa - ab - af - ak - als - am - an - ang - ar - arc - as - ast - av - ay - az - ba - bar - bat_smg - bcl - be - be_x_old - bg - bh - bi - bm - bn - bo - bpy - br - bs - bug - bxr - ca - cbk_zam - cdo - ce - ceb - ch - cho - chr - chy - co - cr - crh - cs - csb - cu - cv - cy - da - de - diq - dsb - dv - dz - ee - el - eml - en - eo - es - et - eu - ext - fa - ff - fi - fiu_vro - fj - fo - fr - frp - fur - fy - ga - gan - gd - gl - glk - gn - got - gu - gv - ha - hak - haw - he - hi - hif - ho - hr - hsb - ht - hu - hy - hz - ia - id - ie - ig - ii - ik - ilo - io - is - it - iu - ja - jbo - jv - ka - kaa - kab - kg - ki - kj - kk - kl - km - kn - ko - kr - ks - ksh - ku - kv - kw - ky - la - lad - lb - lbe - lg - li - lij - lmo - ln - lo - lt - lv - map_bms - mdf - mg - mh - mi - mk - ml - mn - mo - mr - mt - mus - my - myv - mzn - na - nah - nap - nds - nds_nl - ne - new - ng - nl - nn - no - nov - nrm - nv - ny - oc - om - or - os - pa - pag - pam - pap - pdc - pi - pih - pl - pms - ps - pt - qu - quality - rm - rmy - rn - ro - roa_rup - roa_tara - ru - rw - sa - sah - sc - scn - sco - sd - se - sg - sh - si - simple - sk - sl - sm - sn - so - sr - srn - ss - st - stq - su - sv - sw - szl - ta - te - tet - tg - th - ti - tk - tl - tlh - tn - to - tpi - tr - ts - tt - tum - tw - ty - udm - ug - uk - ur - uz - ve - vec - vi - vls - vo - wa - war - wo - wuu - xal - xh - yi - yo - za - zea - zh - zh_classical - zh_min_nan - zh_yue - zu -