Knut Ahnlund
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Knut Ahnlund (Estocolmo, 24 de Maio de 1923) é um historiador, um crítico literário e escritor sueco e até 2005, um membro da Academia Sueca. Deixou a academia em 2005 por protesto contra a atribuição do prémio Nobel da Literatura de 2004 a Elfriede Jelinek, "um dano irreparável no prestígio do prémio".
Índice |
[editar] Profissão
Ahnlund é um perito em Literatura nórdica do século XIX e XX, e em especial da literatura Dinamarquesa. Ele escreveu a sua tese de doutoramento sobre Henrik Pontoppidan, e escreveu posteriormente sobre Gustav Wied e Sven Lidman, entre outros. Ele é também um romancista e publicou traduções de vários autores. Recebeu o seu doutoramento pela Universidade de Estocolmo e foi professor de História Literária Nórdica na Universidade de Aarhus.
Foi eleito como membro da Academia Sueca em 1983.
[editar] Críticas
Devido a conflitos com o secretário permanente da Academia, Sture Allén, e seu sucessor, Horace Engdahl, Ahnlund participou apenas minimamente nas decisões da academia desde 1996.
[editar] Elfriede Jelinek
A 11 de Outubro de 2005, a poucos dias do anúncio do laureado com o prémio Nobel da Literatura de 2005 (que seria Harold Pinter), ele declarou ao jornal Svenska Dagbladet que deixaria a Academia em protesto pela escolha de Elfriede Jelinek para o prémio Nobel da Literatura de 2004.
Ele caracterizou o trabalho de Jelinek como pornografia violenta e uma massa de texto que parece ter sido montado sem traço algum de estrutura artística. A decisão de 2004, segundo escreveu no jornal Svenska Dagbladet, não só causou um dano irreparável ao valor do prêmio como confundiu a visão de literatura como arte. Disse também que apenas uma pequena parcela do total de 18 jurados realmente leu algum dos livros de Elfriede.
Como a pertença à Academia é um cargo vitalício, ele não pode oficialmente deixar a Academia, mas ele vai deixar de participar no seu trabalho e a sua cadeira vai permanecer vazia até à sua morte.
[editar] Saramago
Ahnlund considera infeliz a escolha de José Saramago para prémio Nobel da Literatura de 1998, que segundo ele foi o resultado de uma campanha profissional de relações públicas. Ver mais pormenores no artigo José Saramago#Cronologia da atribuição de um prémio Nobel.
[editar] Sture Allén
Acusou Sture Allén, o antigo secretário da academia de falta de visão e desinteresse literário ("ele nem sequer lê").
[editar] Dario Fo
Em 1997 criticou duramente a escolha de Dario Fo para o prémio Nobel no jornal Svenska Dagbladet.
[editar] Derrida e Lyotard
Considera os filósofos Derrida e Lyotard como "Parasitas" e "gripe pós-moderna", seus textos são "trapaças".