Joaquim Silva Torres

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Joaquim Silva Torres (Alagoinhas, 25 de março de 1924 — Três Lagoas, 6 de setembro de 1999) foi um desenhista de jóias, relojoeiro e pioneiro comerciante da cidade de Três Lagoas, Mato Grosso do Sul, filho de Joaquim Gomes da Silva Torres e de Alice Mendes da Silva.

Quando, em 1930, após o golpe de estado, Getúlio Vargas tornou-se presidente do Brasil e nomeou Juracy Magalhães interventor da Bahia, Joaquim Silva Torres fugiu com o pai e o irmão, aos seis anos de idade, de sua cidade natal, Alagoinhas. Seu pai, Joaquim Gomes da Silva Torres, era coletor de impostos na cidade. Dado seu cargo político e o fato de fazer parte da aristocracia baiana da época, tornou-se alvo de Juracy Magalhães, que, tão logo tomara o poder, precisava destruir os tradicionais poderes no estado da Bahia, perseguindo, assim, a aristocracia e, mais ainda, aqueles que possuíam cargos políticos.

Vivendo no estado de São Paulo, em criança Joaquim Silva Torres foi educado por um tutor francês contratado por seu pai. Com o tutor e o pai, aprendeu o ofício de joalheiro e relojoeiro. Após a morte de seu pai em 1936, Joaquim Silva Torres transferiu-se, com seu irmão, Edmundo Silva Torres, e um amigo do pai, para o Mato Grosso do Sul. Na juventude, ainda foi baterista da banda de Nelson Gonçalves.

Apesar de ter vivido em várias cidades, estabeleceu sua tradicional Óptica e Relojoaria Estrela d'Alva em Três Lagoas, onde também se fixou sua família, a qual iniciou ao lado da esposa, Terezinha Rocha, filha de Martins Rocha e vinda de família tradicional da cidade, com quem se casou na década de 1950.