João Durval Carneiro
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João Durval Carneiro (Feira de Santana, 8 de maio de 1929) é um dentista e político brasileiro que foi governador da Bahia entre 1983 e 1987. Em 2006 foi eleito senador da República pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT).
[editar] Biografia
Filho de João Baptista Carneiro e de Durvalina Almeida Carneiro, é odontólogo formado pela Universidade Federal da Bahia tendo exercido a profissão até ingressar na carreira política, o que fez ao se eleger vereador em sua cidade natal em 1954 e 1958 sendo vencido na disputa pela prefeitura em 1962, fato revertido em 1966 quando já estava filiado a ARENA.
Encerrado o seu mandato como alcaide feirense foi nomeado diretor do Centro de Desenvolvimento Industrial (CEDIN) no primeiro governo de Antônio Carlos Magalhães. Em 1974 e 1978 foi eleito deputado federal e depois nomeado secretário de Saneamento e Desenvolvimento no segundo governo de ACM, cargo que exerceu de 15 de março de 1979 a 4 de abril de 1982.
Candidato ao terceiro mandato de deputado federal em 1982 abdicou da disputa ao ser indicado pelo PDS como candidato a governador da Bahia após o falecimento de Clériston Andrade, em um acidente de helicóptero, em 1 de outubro daquele ano. Eleito com folga graças ao imenso poderio político de seu antecessor, hipotecou apoio a Mário Andreazza na convenção nacional do PDS e, com a derrota deste para Paulo Maluf, seguiu Antônio Carlos Magalhães no apoio a Tancredo Neves.
Sua relação harmoniosa com o grupo “carlista” terminou quando Waldir Pires derrotou Josaphat Marinho na disputa pelo governo da Bahia em 1986, infortúnio pelo qual foi responsabilizado. Em 1992 foi eleito para o seu segundo mandato como prefeito de Feira de Santana, renunciando ao cargo em 1994 quando foi candidato a governador da Bahia pelo PMN, sendo derrotado por Paulo Souto (PFL) em segundo turno. Em busca de mais espaço político filiou-se ao PDT e, em 1998, perdeu mais uma vez a eleição para governador da Bahia, desta vez em primeiro turno para César Borges (PFL) vice-governador do estado que foi efetivado com a renúncia de Paulo Souto, eleito senador àquele ano.
Ressalte-se que o candidato originalmente designado pelas forças situacionistas era Luís Eduardo Magalhães, falecido oito meses antes do pleito. Obstinado, João Durval colheu mais uma derrota em 2002, quando foi candidato ao senado, porém a articulação dos opositores do “carlismo” permitiu sua vitória nas eleições para senador em 2006, com 2.655.552 votos (46,97%).
[editar] Herdeiros políticos
Mesmo vivendo tempos adversos na política João Durval Carneiro viu dois de seus filhos ingressarem na vida pública: Sérgio Carneiro, eleito deputado federal em 1994, 2002 e 2006, e João Henrique Carneiro, eleito prefeito de Salvador no segundo turno das eleições de 2004 ao derrotar o senador César Borges.
[editar] Governo da Bahia
Tomou posse a 15 de março de 1983, pronunciando o juramento de fidelidade às constituições federal e estadual. Em seu discurso, ressaltou a condição de "sertanejo":
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- "Sertanejo que sou por minhas origens e minha vivência, não poderia omitir-me nesta oportunidade, quanto ao flagelo da seca, que há quatro anos vem assolando vastas regiões interioranas. No momento, em função das chuvas recentes, a situação apresenta uma melhoria sensível..."
Não deixou de colocar-se politicamente aberto ao diálogo:
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- "Politicamente, já me defini como um liberal, com uma visão humanista (...) Num momento de tão graves dificuldades como o que ora enfrentamos, conclamo à união de todos os baianos para o trabalho em comum."
Durante sua administração o estado canalizou todos os esforços e recursos para a construção do complexo de abastecimento de água de Pedra do Cavalo - com barragem e adutora para suprir de água a capital baiana e a cidade de Feira de Santana (além de outras localidades) - a maior obra no Nordeste, naquele período.
| Precedido por Antônio Carlos Magalhães |
Governador da Bahia 1983 - 1987 |
Sucedido por Waldir Pires |
