Ilhas Afortunadas
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Ilhas Afortunadas foi o nome dado desde a antiguidade clássica a um conjunto de ilhas que se situaria no Mar Oceano (o actual Oceano Atlântico). A sua posição real e a sua forma e dimensões variaram ao longo do tempo, mas era comummente aceite que as ilhas seriam paradisíacas (a sua existência estava ligada à tradição edénica das culturas mediterrânicas).
Na alta Idade Média europeia as Ilhas Afortunadas ficaram ligadas à lenda das viagens de São Brandão, o monge irlandês que as teria visitado e nelas teria encontrado o jardim do Éden. Através desta lenda, as Ilhas Afortunadas ficaram associadas ao fundo mais abrangente das ilhas míticas do Atlântico (Sete Cidades, Antília e ilha do Brasil, entre outras).
A partir do século XIII as Ilhas Afortunadas foram progressivamente identificadas com as Canárias do rei Juba II, acabando por se perder a designação. Contudo, com o advento da biogeografia, o nome foi recuperado na sua forma helenizada como Macaronésia (do grego makaron = afortunado), termo hoje muito em uso nas disciplinas ambientais e progressivamente adoptado para a associação política entre os arquipélagos da periferia ibérica: (Açores, Madeira e Canárias), incluindo por vezes Cabo Verde.