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História dos Emirados Árabes Unidos - Wikipédia, a enciclopédia livre

História dos Emirados Árabes Unidos

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

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Imagem do antigo Presidente dos Emirados Árabes Unidos Zayed bin Sultan Al Nahayan.
Imagem do antigo Presidente dos Emirados Árabes Unidos Zayed bin Sultan Al Nahayan.

Os Emirados Árabes Unidos foram formados em 1971, tendo adquirido independência do Reino Unido.

[editar] O Xeque Zayed

Nascido por volta de 1918, o Xeque Zayed é o mais jovem dos quatro filhos do Xeque Sultan Bin Zayed, governador de Abu Dhabi de 1922 a 1922. Quando o Xeque Zayed nasceu, Abu Dhabi era um emirado pobre e não desenvolvido, como os outros emirados. A economia dependia basicamente da pesca, da caça de pérolas e da agricultura primitiva. A vida, inclusive para a família real, era simples. A educação se limitava a ensinar a ler e escrever e aos ensinamentos da religião islâmica. O transporte era o camelo ou o barco.

O clima árido e cruel significava que a maior preocupação era a sobrevivência.

Nas décadas de 1920 e 1930, começou a despertar a curiosidade de Xeque Zayed pelo conhecimento, e iniciou suas viagens pelo deserto aprendendo sobre a vida das pessoas e o meio ambiente. Em suas viagens pelo deserto, o Xeque Zayed começou a compreender a importância do meio ambiente e a necessidade de assegurar o seu uso sustentável, abandonou o uso da arma na caça, consciente de que seu uso poderia levar a extinção da vida selvagem. Suas viagens às áreas distantes em Abu Dhabi, ajudaram-no a obter uma profunda compreensão de seu povo e pais.

No começo de 1930, quando os primeiros grupos de companhias de petróleo chegaram a concluir uma pesquisa geológica preliminar, era o Xeque Zayed o encarregado de guiar-lhes pelo deserto. Ele executou bem sua tarefa, e em 1946, aparentava ser a escolha certa para preencher o cargo de governante no oásis de Al'Ain, que na época era um agrupamento de aldeias pequenas, e hoje em dia, é uma cidade próspera.

O cargo de governador não só envolvia à tarefa de administrar a cidade, como também toda a região vizinha, dando-lhe a oportunidade de aprender as técnicas de governabilidade, e experiências políticas em um plano mais amplo.

Uma tarefa fundamental era o próprio Al Ain em desenvolvimento, onde ele garantiu a construção de novos canais de água subterrâneos, ajudando dessa maneira a estimular a agricultura na área. Iniciou um programa de combate a desertificação e arborização que tornou a cidade de Al Ain em uma das cidades mais verdes da Península Arábica.

Em 1953, acompanhando seu irmão, o Xeque Zayed fez sua primeira visita a Inglaterra e a França, e ficou impressionado com as escolas e hospitais e com o desenvolvimento naqueles países. Posteriormente decidiu que seu próprio povo tinha que ter o mesmo tipo de beneficias com instalações semelhantes. ‘Eu tinha muitos sonhos. Sonhava que o nosso pais alcançava o mundo moderno, mas eu não podia fazer nada porque não tinha meios disponíveis para realizar tais sonhos. Porém eu tinha a certeza de que um dia estes sonhos se tornariam realidade”. Contudo, até mesmo faltando recursos, e durante os vinte anos que passou em Al Ain, Sheikh Zayed conseguiu com que o desenvolvimento chegasse muito mais rápido do que qualquer um teria previsto.

Há pouco mais de trinta anos, com a descoberta de petróleo, e quando as rendas da exportação de petróleo proporcionaram a possibilidade de desenvolvimento para o emirado como um todo, o Xeque Zayed era a escolha óbvia para a família Al Nahyan, governadores de Abu Dhabi há 250 anos, para enfrentar os desafios que viriam mais adiante. Ele tinha muita pressa, com os rendimentos crescendo, estava determinado a utilizá-los em beneficio de seu povo, elaborando programas de construção de estradas, escolas e hospitais. Ao consentir em tomar posse em 1966, começou a trabalhar incessantemente para formar a federação entre os sete emirados, para realizar tal objetivo. “Federação é um modo para se dar poder, força, bem-estar, é uma reputação privilegiada, é assim que os países menores entram para a história”.

Durante o seu governo em Al Ain, ele foi capaz de desenvolver uma visão de como o país deveria desenvolver-se, e desde que se tornou governante do Abu Dhabi - e depois presidente dos Emirados Árabes Unidos - dedicou três décadas e meio para transformar esta visão em realidade.

Um dos princípios da sua filosofia como líder e presidente é que os recursos do país devem ser totalmente usados em beneficio do povo. Os Emirados Árabes Unidos tiveram a sorte de serem abençoados com missivas reservas de petróleo e gás natural, e através do uso cuidadoso e sábio dessas reservas, os recursos financeiros necessários para a realização dos programas de desenvolvimento têm sido sempre viáveis. O Xeque Zayed sempre considerou os recursos financeiros como instrumento para facilitar o desenvolvimento o que ele acredita ser a verdadeira riqueza do país e o povo, e, em particular, a nova geração.

O Xeque Zayed diz: “ A riqueza não é o dinheiro. A riqueza depende dos homens, e é ai onde se encontra o verdadeiro poder que valorizamos. É o que nos convenceu a concentrar todos nossos recursos para a formação dos indivíduos e usar essa riqueza que Deus nos deu – para servir a nação para crescer e progredir. Se a riqueza não for usada com conhecimento e sabedoria para planejar, e se não houver intelectuais conscientes para a direcionar, estará destinada a desaparecer. A maior utilização que poderá ser feita dessa riqueza é investi-la na criação de uma geração de pessoas formadas e treinadas”.

O Xeque Zayed acredita que todos os cidadãos do país têm um papel a desempenhar para o seu desenvolvimento

A história é uma cadeia continua de acontecimentos. O presente nada mais é que extensão do passado, e quem não conhece seu passado não conseguirá fazer o melhor para seu presente e futuro, porque nos aprendemos do passado, adquirimos a expediência e tiramos proveito das lições e resultados do passado e logo adotamos o que melhor combina com as nossas necessidades atuais, ao mesmo tempo que evitamos os erros que nossos pais e ancestrais cometeram.

[editar] Ver também


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