Henry Morgan
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Henry Morgan (1635 no País de Gales - 25 de agosto de 1688, Jamaica), foi um corsário que saqueou grande parte do Caribe.
Associado com o pirata holandês Eduard Mansvelt e o governador da Jamaica, Thomas Modyford como protector, formou uma companhia de filibusteiros que realizaram diversos saques a colônias espanholas.
Um dos seus ataques que ficaria famoso foi a Porto Bello. Morgan atacou a cidade de Porto Bello com treze navios e mil cento e cinqüenta homens, invadindo-a e derrotando as forças espanholas depois de vários dias de batalha. Para retirar o ouro, a prata e as pedras preciosas utilizou-se de cento e cinqüenta mulas e, ao se retirar da cidade, incendiou-a. Em uma das expedições mais arrojadas, Henry Morgan saiu da Jamaica com uma pequena frota de navios em direção a Yucatan atravessaram o golfo do México e marchando por cinqüenta milhas, atacou a cidade de Villahermosa. Ao retornarem ao porto seus navios haviam sido aprisionados pelas tropas espanholas que faziam a ronda para protegerem as colônias de Espanha. Num golpe arrojado, Morgan conseguiu roubar dois navios espanhóis e quatro canoas nativas e conseguiram navegar por quinhentas milhas sendo então arrastados por correntes marinhas adversas. Dando a volta à península de Yucatan foram parar na rica cidade de Granada onde a atacaram e saquearam. Diversos foram os ataques às cidades espanholas, entre outras Santiago de Cuba e Campeche. Essa cidade era defendida por dois fortes e muitos soldados espanhóis. A batalha durou dois dias sendo derrotadas as forças espanholas.
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[editar] Porto Bello (1668)
Henry Morgan, sentindo que não era possível invadir a cidade de Porto Bello por mar, resolveu invadir a cidade por terra e assim tiveram que andar por três dias pela selva e por montanhas até chegarem à cidade no final da madrugado do terceiro dia quase à exaustão. Os espanhóis foram pegos de surpresa e não ofereceram muita resistência tanto que os piratas logo dominaram o Castelo de Santiago de las Dores. Mas para tomar a Fortaleza de San Jerônimo, Henry Morgan recorreu a métodos não muito militares. Retirou dos conventos as madres amarrando-as e colocando-as como escudo na frente dos piratas. Assim os soldados da fortaleza não puderam atirar pois iriam ferir as religiosas. Porém o Governador de Porto Bello não se entregou sem luta, tanto que, para faze-lo parar já todo ensangüentado, Henry Morgan mandou dar um tiro no Governador que finalmente tombou heroicamente. Henry Morgan saqueou a cidade enquanto seus marujos se divertiam bebendo, e fazendo farra pela cidade. Os navios da frota pirata saíram carregados de ouro e prata e um montante de 150.000 pesos que era uma enorme fortuna na época.
[editar] Maracaibo (1669)
Henry Morgan entrou pela baía de Maracaibo a bordo de pequenos navios por serem ágeis e poderem fazer um ataque rápido. Dado que os navios espanhóis haviam saído mar adentro, a cidade estava desguarnecida, assim os espanhóis foram dominados sem resistência. Morgan se deteve na cidade por alguns dias torturando os civis para conseguir o resgate para libertar a cidade. Só pôde conseguir 5.000 moedas de oito (que valiam oito pesos cada). Quando se preparavam para sair em direção ao Caribe, entraram pela baía três galeões da armada espanhola, o Magdalena, o Luiz e o La Marquesa comandados pelo Almirante Alonso Del Campo. Morgan, em ataque desesperado, ateou fogo em um dos seus navios e lançou-o contra o Magdalena. Os tripulantes com mechas acesas jogaram no galeão produzindo uma enorme explosão e afundando o Magdalena. O capitão do Luiz ordenou uma manobra arriscada fazendo com que o casco do galeão chocasse com corais, ficando preso pelo casco. Os piratas se apressaram em abordar o La Marquesa havendo uma luta sangrenta. Logo Morgan ordenou aos outros navios da frota para que atacassem a fortaleza da cidade onde morreram mais de trinta piratas. Então o La Marquesa se posicionou para desembarcar soldados para defender a cidade, Morgan em um golpe estratégico mandou seus marujos subirem a bordo e assim puderam fugir a salvo.
[editar] Panamá 1671
O governador do Panamá Agustín Bracamonte havia desafiado Henry Morgan para que tentasse invadir o Panamá como havia feito em Porto Bello. Em resposta Morgan disse para que o governador aguardasse pois teria uma surpresa. No começo de 1671 Morgan partiu em direção do Panamá com 35 navios e 2000 marujos entre ingleses e franceses, Morgan estava preparando um ataque pirata sem precedentes. Para conseguir invadir o primeiro forte custou-lhe a vida de 200 marujos e dezenas de feridos. Passado essa primeira fortaleza teriam que caminhas através da selva o que resultou um tremendo cansaço dos marujos, mas alem de tudo eram verdadeiros guerreiros, ainda mais quando tinha muitos tesouros em jogo eles lutavam até a morte. Ao chegarem na cidade do panamá ela estava defendida por 500 soldados a cavalo e 2000 a pé e ainda tinha escravos e civis mal treinados. O desafortunado ataque frontal a cavalo fez com que os soldados espanhóis fossem dizimados pela artilharia de mosquetes dos piratas. Depois de uma luta sangrenta os piratas de Morgan dominaram a fortaleza. O fogo ateado não se sabe por quem queimou todo o depósito de seda e especiarias armazenadas. Os piratas ficaram acampados por muitos dias torturando civis para descobrirem todos os tesouros que havia na cidade, o que resultou em um saque de 200 moedas de oito para cada pirata. Esse ataque arrasador destruiu toda a cidade do Panamá que teve que ser reconstruída.
Ante as reações do rei da Espanha, o rei Carlos II de Inglaterra mandou prender Henry Morgan em Londres. Porém, o rei Carlos II reconheceu suas contribuições à coroa inglesa e lhe deu o título de cavaleiro, tornando-o tenente-governador da Jamaica e lhe atribuindo a tarefa de controlar a atividade de piratas na região. Já nomeado governador da Jamaica, viveu na ilha como rico fazendeiro até sua morte em 25 de agosto de 1688
[editar] Ver também
- Barba Negra
- Barba Ruiva