Helmut Sick
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Heinrich Maximilian Friedrich Hellmuth Sick, mais conhecido como Helmut Sick (Leipzig, 10 de janeiro de 1910 — Rio de Janeiro, 5 de março de 1991) foi um ornitólogo e naturalista alemão, naturalizado brasileiro.
[editar] Biografia
Sick foi primeiro autor a escrever, de maneira mais aprofundada, sobre as aves brasileiras ameaçadas de extinção.
Aos 18 anos de idade, tornou-se membro do Verein Sächsischer Ornithologen. Com 21, ingressou no Deutsche Ornithologen-Gesellschaft, onde tornou-se secretário com 28. Em 1933, mudou-se para Berlim para tornar-se um dos alunos de Erwin Stresemann na Universidade de Berlim. Tornou-se assistente no Departamento de Ornitologia do Museu de Zoologia da Universidade de Berlim em 1938.
Pouco tempo depois, em 1939, Stresemann sugeriu que Sick acompanhasse o Segundo Presidente do Deutsche Ornithologen-Gesellschaft, Adolf Schneider, em uma expedição ao Brasil, com a missão de coletar material ornitológico e estudar espécies raras como o mutum Crax blumenbachii e o jacu-estalo Neomorphus geoffroyi. Ao invés de retornar à Alemanha, Sick decidiu permanecer no Brasil, onde tornou-se o principal ornitólogo do Século XX.
Com a declaração de guerra à Alemanha por parte do Brasil, em 1942, Sick passou a viver escondido no Espírito Santo. Acabou sendo preso e enviado inicialmente para a Ilha das Flores e, mais tarde, para a Ilha Grande, no Rio de Janeiro, da qual foi solto em 1945.
Entre 1946 e 1959, Helmut Sick trabalhou na Fundação Brasil Central (FBC), organização governamental criada em 1943 e cuja finalidade era explorar a região ainda pouco habitada do interior do Brasil central e sul da Amazônia. Naturalizou-se brasileiro em 1952.
Em 1957, publicou o livro Tukaní, escrito em alemão e posteriormente traduzido para português, inglês, espanhol e japonês, no qual narra as expedições às regiões Centro-Oeste e Norte do Brasil.