Francisco Martins Rodrigues
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Francisco Martins Rodrigues (1927 - 22 de Abril de 2008) foi um político português, fundador do primeiro movimento marxista-leninista nacional.
Iniciou o seu percurso político em 1949 no Movimento de Unidade Democrática (MUD). Lutador fervoroso contra o fascismo, foi preso pela PIDE cinco vezes, totalizando doze anos cárcere. Apoiante da extrema-esquerda, após a sua saída da dirigência do Partido Comunista Português em 1963, tornou-se inimigo de Álvaro Cunhal.
Foi director da revista Política Operária e membro do comité central do PCP. Liderou a primeira ruptura do PCP, devido ao conflito sino-soviético. O seu abandono do partido levaram-no a ser o mais importante ideólogo de extrema-esquerda nacional, participando na criação do Comité Marxista-Leninista Português e da Frente de Acção Popular em 1964, em Paris, apoiado pelo médico João Pulido Valente e por Rui D’Espiney. Numa tentativa de regresso a Portugal, foi denunciado pelo Avante!, e manteve-se em Paris. Voltou em 1965 e no ano seguinte foi preso pela PIDE, sofrendo torturas violentas, juntamente com os dois outros criadores do CMLP e da FAP. Dois dias depois do 25 de Abril de 1974 foi solto.
Já havia sido preso em 1957, e condenado a três anos de prisão, cumpriu a pena em Peniche, onde também estava Álvaro Cunhal, acompanhando-o na célebre fuga de 1960. Após a Revolução dos Cravos participou na fundação da UDP e, em 1984, tornou-se o fundador da Organização Comunista Política Operária.
Foi enterrado no Cemitério do Alto de São João.