Fields of the Nephilim
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Fields of the Nephilim | |
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Origem | Hertfordshire, Inglaterra |
País | Reino Unido |
Período | 1984 - 1991; 2004 - atualmente |
Gênero(s) | rock gótico |
Gravadora(s) | |
Integrantes | |
Ex-integrantes | |
Página oficial | www.Fields-of-the-Nephilim.com |
Fields of the Nephilim foi uma banda surgida em Hertfordshire, Inglaterra, no começo dos anos 80. No principio, Nod Wright convidou Tony Pettitt, que junto com o irmão de Nod, Paul, formam a banda Perfect Disaster, e em pouco tempo mudam o nome para The Mission, mas como já existia uma banda com esse nome na época desistiram da idéia.
Em 1984, o saxofonista Gary Whisker junta-se a banda e junto com ele traz o vocalista Carl MacCoy, compondo assim a formação inicial da banda que contava com: Carl MacCoy (vocais), Tony Pettitt (baixo), Paul Wright (guitarra), Gary Whisker (sax) e Nod Wright (bateria).
[editar] O nome
O novo nome escolhido para a banda foi Fields of the Nephilim, inspirado de uma lenda bíblica relatada no livro de Gênesis (no Livro de Enoque, ou Livro dos Gigantes), que conta a história de anjos caídos, que vieram a Terra ensinar aos homens os segredos da magia arcana, da guerra e da medicina (que na época era vista como uma forma de mágica). Segundo a lenda esses anjos desceram à terra seduzidos pelas filhas dos homens e deitando-se com elas produziram uma raça de gigantes chamados Enaquins. Os Nephilins (em hebraico, nephilim ou nefilim (הנּפלים) significa os que caíram) foram amaldiçoados por Deus por divulgar as artes mágicas e não puderam voltar aos céus.
Em outra lenda, desta vez suméria, os Nephilins seriam os descendentes de Tiamat, a grande serpente de fogo e considerada deusa do caos, e também seriam gigantes. O nome agradou aos membros da banda que se interessavam em tudo que se relacionasse ao Ocultismo, tema presente nas suas letras e visual.
[editar] Histórico
No primeiro ano produzem em um esquema independente seu primeiro LP, o raríssimo Burning the Fields, com uma pintura na capa de Carl MacCoy e uma tiragem inicial de apenas 500 cópias, que não foram suficientes devido a repercussão da banda perante o público e a critica.
Nessa época, Gary Whisker deixa a banda por motivos profissionais e Peter Yates se junta a banda como segundo guitarrista. Já conhecidos do público devido as várias apresentações em Londres, recebem um convite da gravadora Beggar´s Banquet onde gravam em 1986 o seu primeiro single, "Power", que serviria de trilha sonora para o filme de terror italiano "Demons 2". Aliás, os filmes de terror eram uma inspiração constante nas canções da banda, a exemplo do trabalho de Clive Barker como Hellraiser. Outra inspiração cinematográfica eram os filmes de western, como "Once upon a time in the West", "The Dead Men" e "The Unforgiven", e isso explica porque curiosamente os membros da banda adotavam um visual bem diferente, que lhes rendeu inclusive o apelido de "The Bonanzas", por se vestirem a moda dos cawboys da série.
Mas as letras da banda em nada lembravam o estilo country. Com suas letras de conteúdo mórbido, falando de misticismo, rituais sombrios e o desconhecido, expondo todas as obssessões e terrores urbanos. O vocal de MacCoy no palco soava sepucral e desesperado, encarnando o papel dos nephilins, os anjos malditos condenados a perecer nessa terra.
Logo após "Power" gravam também pela Beggar´s o single "Preacher Man" que graças ao sucesso do trabalho anterior e as ótimas e numerosas apresentações ao vivo da banda fazem de "Preacher Man" um grande sucesso alcançando o segundo lugar da parada independente, acompanhando o single lançam o primeiro vídeo da banda, com imagens de alguns shows, reforçando ainda mais o impacto do inusitado visual do grupo. Apesar de contar com um orçamento apertado o vídeo reproduzia bem o efeito da banda no palco com a excelente interpretação dos músicos aliado ao efeito de luzes, fumaça e gelo seco, e acima de tudo o som... poderoso como o fogo de Tiamat. Tudo isso produzia na platéia uma espécie de transe hipnótico, não parecia só um show de músicos, era um ritual de mesmerização...
Em 1987, ao lançarem seu primeiro álbum pela Beggar´s "Dawnrazor" (produzido em apenas 10 dias), os Nephilins já haviam conquistado uma reputação junto ao público, além de uma identidade marcante quanto ao som e visual ,tudo isso resultou em uma excelente recepção do álbum por parte de público e crítica. Na capa do disco uma alusão ao clássico "Once Upon a Time in the West" e nas letras aquele tom amargo de "terra do fim do mundo". O álbum ficou meses como número um nos indie charts. Aliado a distorção das duas guitarras a presença de uma providencial cama de sintetizadores dava ao disco um clima de "terra do sem fim" com vastos horizontes e muita solidão, uma sensação de agorafobia (medo de lugares abertos) que domina todo o álbum, como se a qualquer momento o céu fosse nos esmagar. Traz como destaque as faixas "The Preacher Man", "Volcane" (Mr. Jealosy Has Returned), que fala de ciúme e possessão, " Reanimator", "Power" e "The Tower" (fala de uma mulher desesperada, talvez insana, que está aprisionada, claramente influenciado pela obra "Call of Cthulhu" de Lovecraft).
Logo após o lançamento do álbum a banda faz a sua primeira turnê européia, e ainda durante a turnê lançam os singles "Returning To Gehenna" trazendo mais um tema ligado à bíblia e ao ocultismo (Gehenna é o inferno hebraico, o lugar de suplícios e tormentos) e "Blue Water" em 1987 (que aparece como trilha em um episódio da série Miami Vice) seguido de "Moonchild" lançado em 1988 que teve grande receptividade alcançando o 40º lugar na parada principal e os primeiros lugares nos indie charts. A canção fala basicamente sobre o "dia do juízo", reencarnação e punição eterna, mas um tema bíblico e místico tão ao gosto dos nephilins.
Durante a turnê européia gravam uma apresentação na Sheffield University que além do vídeo daria origem ao primeiro álbum ao vivo da banda lançado posteriormente como "Live in Concert" . Realizam também sua primeira (e última) turnê aos Estados Unidos que apesar de não ter sido um sucesso foi uma experiência digamos interessante...
Ainda em 1988 lançam seu segundo álbum "The Nephilim" que representa um retorno às canções arquetipais dos nephilins e traz uma certa influência ethereal no som da banda. O disco é lançado ao mesmo tempo que o vídeo ao vivo da banda. O álbum é considerado um sucesso alcançando o 12º lugar nas paradas. Trazia as canções "The Watchman" (inspirada na mitologia suméria e falando mais uma vez sobre nephilins e anjos caídos), "Shiva" (o deus da destruição e do tempo cíclico), "Chord of Souls" (que traz um coro de vozes que se alternam entre a calma e a violência), "Celebrate" (que fala sobre Summerland, a terra onde as almas esperam) além de "Love Under Will" (inspirada em Aleister Crowley) e "Last Exit for the Lost" (que fala sobre suicídio). Evidente que mesmo sendo muito apreciada por crítica e público, devido aos temas difíceis ligados a morte e ocultismo a banda encontrava certa resistência sendo às vezes mal interpretada, o que explicaria o fracasso da turnê nos Estados Unidos pelo fato dos americanos levarem muito a sério as alusões da banda a "anjos caídos", "demônios bíblicos" e ocultismo. Entretanto mesmo repudiada na "terra da torta de maçã", na Europa e outras regiões a banda continuava sendo um grande sucesso dentro do circuito alternativo.
Em 1989 lançam o single "Psychonaut", um trabalho épico e artisticamente experimental baseada em princípios numerológicos e matemáticos antigos, a chamada divisão de ouro, ou número de ouro, um princípio estético que segundo os gregos estaria presente na natureza produzindo harmonia e beleza (e no qual eles baseavam suas obras e arquitetura). Os Nephilins transportam esse princípio para a canção produzindo uma combinação perfeita de melodia, letras e imagens que juntas produziam um verdadeiro efeito hipnótico na platéia. Outra influência nas canções do single é o Necronomicon (Schlangekraft) e a obra de Willian Blake.
Em 1990 surgem rumores sobre desentendimentos internos na banda e a possibilidade de um rompimento, entretanto contrariando os rumores lançam seu terceiro álbum "Elyzium" que acompanhando seus antecessores torna-se um sucesso principalmente na Inglaterra e completa o triunvirato imagético da banda. Aqui se encontram ainda as influências do "golden section" e o álbum climático reproduz o efeito de um ritual. Realizam uma turnê pela Europa que resultou em um álbum ao vivo duplo que se chamou adequadamente “Earth Inferno” como se à moda de Dante o grupo tivesse concluído uma jornada, o lançamento foi também acompanhado do vídeo ao vivo "Visionary Heads". Segue-se o lançamento de mais um álbum ao vivo "Live in Concert" (na verdade o primeiro da banda se considerarmos tratar-se de um registro anterior).
Entretanto o sucesso de Elyzium não consegue impedir que os rumores da separação do grupo se tornem verdadeiros e Carl McCoy anuncia a sua saída do grupo. Uma nova turnê aos Estados Unidos que estava sendo planejada é cancelada. A banda anuncia em 1991 o termino das suas atividades e a realização de suas últimas apresentações acontecem no the Fire Festivals no London’s Town and Country Club nos dias 29 e 30 de abril.
Ainda em 1991 é lançado o álbum "Laura" reunindo singles e regravações.
Com o fim da banda cada um resolve seguir o seu rumo. Tony Pettit, Peter Yates, Nod e Paul Wright convidam Andy Delaney para se tornar o vocalista de um novo projeto a banda Rubicon. Em 1992 com essa formação lançam seu primeiro single "Crazed", em 1993 lançam o single "Before My Eyes", em 1994 o álbum "What Starts, Ends", em 1995 o álbum "Room 101", tendo com seu último lançamento o single "Insatiable" em 1995. Ainda em 1995, o Rubicon lança seu segundo (e último) álbum "Room 101" que ofuscou totalmente as iniciativas de Carl em lançar um novo trabalho (a exigência seria massacrante). Depois de anos da separação da banda apenas em 1996 The Nefilin lança o single “Penetration” mostrando ainda um pouco do poder do Nephilin original, entretanto, a demora em relação ao lançamento de um álbum deixou muitos fãs irritados e provocou sérios problemas entre Carl e a gravadora Beggar´s Banquet.
Quanto a Carl McCoy anuncia uma nova reencarnação do Nephilin, usando por motivos judiciais uma alternativa pronúncia hebraica do antigo nome da banda que agora era chamada "The Nefilim". O primeiro "sinal de vida" de Carl aparece em uma coletânea da Beggar´s chamada "Deafening Divinities with Aural Affinities" na canção "Chaocracy", que apesar de conservar alguns aspectos do antigo Nephilin soava um tanto Death Metal. O Nefilim fez algumas apresentações, entretanto mostrando mais releituras de velhos sucessos do que canções novas... o que deixou os fãs preocupados.
Em 1996 Carl, sem o line-up inicial da banda, juntamente com os músicos Paul Miles (guitarra), Cian Houchin (baixo) e Simon Rippin (bateria)lança o álbum "Zoon", que traz um retorno ao estilo habitual, sendo uma continuação das imagens presentes em "Penetration". Carl faz algumas apresentações com as novas canções, entretanto, acaba abortando o projeto de uma turnê. Em 1997 segue-se o lançamento de "Revelations". Começam rumores sobre uma possível volta do "Fields of the Nephilim" que é confirmada em uma entrevista cedida pela banda a revista alemã Zillo. Após a tão alardeada volta, contudo, os nephilins ficam praticamente três anos em silêncio absoluto, provocando todo tipo de especulações a respeito além de muita ansiedade em seus fãs.
Em 1998, após uma tentativa frustada de reunião da banda, os irmãos Wright formam a banda Last Rites. Tony Pettitt permanece ainda mais algum tempo trabalhando com MacCoy, e funda mais tarde, em 2002 a banda "NFD (Noise for Destruction)", formada também pelo vocalista / guitarrista Peter ´Bob´ White e pelo baterista Simon Rippin. Juntos eles lançaram " No Love Lost" em 2004 e mais recentemente em 2006, o álbum "Dead Pool Rising", sendo seu estilo definido como um Gothic Rock ambiental, e muito parecido com o antigo estilo do Fields of the Nephilim.
Apenas em 2000 lançam o esperado single "Nephilim A.D" que trazia regravações de canções da banda. Entre as quais "Trees come down" e "Darkcell". Voltam a fazer apresentações ao vivo e prometem o lançamento de um álbum com canções inéditas que, porém, demora a sair. Em 2002 lançam o single "From The Fire" e o tão ansiosamente aguardado álbum "Fallen", na verdade sobras de estúdio dos tempos do velho Nephilim. Ainda em 2002 a Beggar's Banquet lança o primeiro DVD do Fields of the Nephilim DVD com clipes e apresentações ao vivo.
Após quase 4 anos sem lançamentos, Carl MacCoy lança o álbum "Mourning Sun". O uso de elementos sintetizados e efeitos eletrônicos/industriais é feito com talento e bom-senso tais que, ao contrário do que alguns poderiam imaginar, não prejudica em nada os resultados da coisa. Pelo contrário, colabora para tornar este Mourning Sun um produto magistral. Guitarras e cozinha cadenciados, sorumbáticos, garantem o tom propício das melodias, mas o grande ‘X’ da questão reside no fantástico trabalho de vozes de McCoy.
Fora isto, McCoy ainda utiliza linhas semi-guturais, narrações e outros efeitos de voz que agregam boa variedade e um turbilhão de surpresas ao longo das oito faixas, normalmente longas, viajantes, variadas e introspectivas.
Apesar de boatos inverídicos de uma reunião entre MacCoy e Tony Pettitt, carl continua sendo o único membro remanescente da banda. O show mais recente aconteceu no London Astoria, dia 24 de Maio de 2007, depois de 11 anos sem tocar ao vivo.