Colônia do Saí
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A Colônia do Saí (na ortografia arcaica Sahy) localizava-se no litoral sul do Brasil, à margem norte da baía de Babitonga, no local que ainda hoje conserva o nome, na então província de Santa Catarina. Era uma colônia societária, pertencente ao município de São Francisco do Sul.
O estabelecimento desta colônia era promovido por Bento Mure, surgindo em pouco tempo sérias divergências entre ele e os colonos. Teve início em 1842, com cem colonos franceses chegados em janeiro. Dissolvida a sociedade, retiraram-se os colonos, uns para o Palmital, localidade próxima, ficando outros no Saí.
No mesmo ano chegou nova leva de 117 pessoas e maiores divergências e mais acres recriminações se dão de parte a parte, pretendendo um dos grupos que os novos colonos chegados fossem para o Palmital, querendo o outro grupo que ficassem no Saí. Dos recém-chegados, uns reembarcaram e outros dispersaram-se e só ficaram 4 no Palmital e 28 no Saí, destes, 14 indecisos. Continuaram as desavenças, de modo que em 1843 só existiam no Sahy 9 dos antigos colonos, sem estabelecimento fixo. Em 1864 só existia uma família com 6 pessoas, podendo considerar-se a colônia extinta.
Em 1857 houve uma nova tentativa de colonização do Saí, pelo negociante Flores, do Rio de Janeiro, que ali estabeleceu alguns colonos portugueses. A finalidade do estabelecimento era mais comercial que agrícola, pois, ocupava-se naquele tempo, da compra de gêneros para exportação, beneficiamento de arroz e construção naval. Os colonos eram quase na totalidade carpinteiros, pedreiros, contratados por prazos fixos, findo os quais, retiravam-se para onde melhores vantagens se lhes oferecessem.
Nesta época haviam entrado para o estabelecimento 45 pessoas e destas existiam por fim 29 e mais seis jornaleiros e 5 escravos. Deste tempo em diante nenhuma referência fazem mais os documentos oficiais a respeito deste pequeno núcleo, considerando-se, portanto, como inteiramente extinto.