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Circo Voador - Wikipédia, a enciclopédia livre

Circo Voador

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Tudo começou em janeiro de 1982. O cenário era a praia do Arpoador, cultuada pela nata da cultura carioca de então. Foi por lá que o Circo Voador levantou sua lona azul e branca pela primeira vez. Fruto do anseio de uma enorme onda de artistas carentes de espaço para atingir o grande público, o Circo foi a grande alavanca para muitos grupos, hoje consagrados. O primeiro passo foi dado pelos grupos de teatro criados a partir dos cursos ministrados pelos integrantes do Asdrúbal Trouxe o Trombone. Perfeito Fortuna, Patrícia Travassos, Evandro Mesquita, Regina Casé e Luis Fernando Guimarães são ‘avós’ dos Banduendes Por Acaso Estrelados, Vivo Muito Vivo e Bem Disposto e Corpo Cênico Nossa Senhora dos Navegantes. Esses grupos e mais os filhos Manhas e Manias, Ombu e Abracadabra, naquela linda tarde de quinze de janeiro, uniram quinhentos loucos artistas e, num verdadeiro delírio de criação, formaram a Primeira Surpreendamental Parada Voadora. Saindo da Praça Nossa Senhora da Paz rumo à ponta do Arpoador, o evento atraiu uma cauda de atônitos transeuntes que podiam agora acreditar ser possível sonhar, ser alegre e irreverente em época de tamanha escuridão. O primeiro pouso estava dado.

A princípio, a montagem duraria apenas um mês (durante o qual diversas atividades artísticas se desenvolveram), mas durou três meses e ainda assim foi preciso o ‘rapa’ desmontar e retirar a estrutura. Esse bando, liderado por Perfeito Fortuna, saiu em campo buscando fórmulas mágicas que pudessem dar continuidade ao que estava tão bom. Foi aí que, mesmo sem a lona, o Circo não parou. Animou mutirões nos Morros do Complexo do Alemão. Muitas casas, creches e associações de moradores foram construídas e montadas, animadas pela trupe sarada do Circo Sem Lona.

Articulação não faltou para o Circo fazer seu segundo pouso ‘amadrinhado’ pela querida Zoé Chagas Freitas. Até que a Prefeitura destinou alguns de seus terrenos para que um fosse escolhido e o Circo Voador instalado. O terrenão baldio defronte aos Arcos da Lapa interessou e o Circo ganhou seu lugar, servindo de espaço para a criação e apresentação de tudo o que estava para explodir em termos de arte e cultura populares.

Foi assim. Em vinte e três de outubro de 1982, cinqüenta e quatro palmeiras imperiais foram plantadas e a segunda Surpreendamental Parada Voadora fez aportar sob os Arcos da boêmia Lapa, o espaço livre e alucinante do Circo Voador.

Concebido e administrado por Perfeito Fortuna, Maurício Sette e Marcio Calvão, o Circo foi o pioneiro em iniciativas que hoje estão instituídas no cenário cultural e social de nosso país. O Circo também ultrapassou fronteiras. Mal se ouvia falar em creche e no Circo já existia uma: a Creche Apareche. No auge do Circo as crianças conviveram e interagiram com ensaios e espetáculos diversos de circo, dança, música de todos os estilos, além de plantar e colher na horta cultivada junto à cerca.

A vocação dos integrantes do Circo em buscar e unir interesses comuns fez acontecer outro trabalho pioneiro que depois virou comum. Com sua séria irreverência, o Circo conseguiu juntar governo do Estado, Secretaria de Obras, Cedae e Associação de Moradores dos Morros do Escondidinho, em Santa Teresa, para a realização de obras de saneamento básico, nas quais os próprios moradores trabalhavam e eram remunerados pelo governo.

E o Circo fez nomes. Como espaço para vanguarda de todas as artes, todas as tendências se apresentaram. Muitos deram os primeiros passos ali, fazendo os primeiros shows para cinqüenta pessoas e depois, lá mesmo, para três mil: Barão Vermelho, Legião Urbana, Blitz, Paralamas do Sucesso, Capital Inicial, Lobão, Débora Colker, Intrépida Trupe e muitos outros. Além de lançar, o Circo também trouxe para o grande público artistas de gerações passadas, mas com talento à flor da pele. Assim aconteceu com Ângela Maria, Cauby Peixoto, Luiz Gonzaga, Adoniran Barbosa e, entre outros, a Orquestra Tabajara, que manteve a Domingueira Voadora durante quinze anos. Famoso pelas memoráveis festas que proporcionou nesta cidade, muitas se destacaram pela originalidade dos temas e causas defendidas. Uma delas certamente ficou na memória de quem lá esteve ou dela ouviu falar: Tancredance. A capoeira foi outra atividade que o Circo abraçou. Mestres e participantes de todo o mundo se reuniram no ‘I Encontro Nacional da Arte da Capoeira’ e no ‘I Rio Samba Capoeira Meet’.

O Circo Voador deu cria e em 1985 vôou de ônibus para São Luís do Maranhão, fazendo escalas memoráveis em Vitória, Ilhéus, Petrolina e Teresina. O objetivo era, com a estrutura metálica e lona patrocinadas pela Funarte, a animação geral da cultura local e, com o mesmo espírito do Circo Voador, colocar os artistas em cena.

Não satisfeito, em 1986, ano da Copa do Mundo no México, lá foi o Circo rumo à Guadalajara em um avião de Varig e em um Hércules da FAB transportando duzentos artistas e seus equipamentos de som, luz, cinema, vídeo, artes plásticas, circo, teatro, grupos de rock, MPB, dança e fotografia. O povo daquela cidade certamente nunca ficou tão surpreso com o encantamento produzido por essa trupe de loucos, seja no ginásio onde o Circo foi montado, na rua com as paradas no centro da cidade ou no próprio estádio, onde a bateria não parou um segundo.

Depois de todas essas aventuras, o Circo ainda agitou a noite carioca por um bom tempo, até que em 1996 fechou suas portas físicas por estar às voltas com dívidas judiciais e por sua estrutura física ser incapaz de manter os moradores vizinhos a salvo do barulho insuportável.

Reconstruído em 2004, agora conta com uma infra-estrutura para abrigar 2500 pessoas. Além de shows memoráveis, o Circo Voador também serve de palco para educação e cultura. Durante os dias da semana, a Escola Livre de Artes - ELA, administra cursos livres dos mais variados, de percussão a dança. Além de parcerias como o Telecentro, com aulas gratuitas de informática, e o Ponto de Cultura de Áudio e Vídeo, com o Ministério da Cultura.


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