Charles Fourier
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François Marie Charles Fourier (Besançon, 1772 — Paris, 1837) foi um filósofo francês, membro do movimento denominado socialismo utópico.
Pertenceu a uma família de comerciantes muito ricos, mas acabou falindo, precisando trabalhar no comércio. Ao mesmo tempo começou a trabalhar as suas idéias sobre a renovação social. A partir de um viés marxista é considerado um socialista utópico, além de filósofo e reformador social. Em seus textos coloca os comerciantes como os causadores da miséria na sociedade e o feudalismo responsável por matar muitos trabalhadores. Criticou também a família, a religião e a “civilização”, que esta associada com a idéia de preservação. Baseou seus estudos sobre a obra de Robert Owen e de Saint-Simon, mas logo os deixou de lado para definir qual seria a melhor sociedade. Acabou determinando que a função da filosofia era de cuidar das leis dispostas na Província, pois era o que dava o funcionamento da sociedade.
Fourier defendia a propriedade comunitária, formulou a federação das comunidades, idealizou uma forma de consumo e produção, dentro das comunidades de trabalho. Considerava que o homem construía a sociedade de maneira egoísta, prevendo sempre o lucro. Com isso, o homem não desenvolveria sua própria personalidade, nem sua própria capacidade.
Percebe-se em suas obras o objetivo de liberdade e o prazer, que de acordo com ele são naturais, são as paixões do homem, surgidas espontaneamente. Acaba colocando Deus como sendo “mecânico” e “equilibrista”, pois sabe distribuir de maneira variada e igual. O que impede tal perfeição das paixões foi a religião e a economia, pois o homem acaba sendo oprimido e direcionado a seguir um caminho que ele não deseja. O homem deve-se libertar-se dessa inveja e rivalidade, ficando num amor fraterno na sociedade. É a paixão a responsável pela harmonia social, possíveis em sociedades médias e homogêneas, falanstérias. A paixão possui três motrizes:
- “compósita” - contribui para a perfeição da obra
- “cabalística” - espírito de competição
- “borboleta” - desejo de mudança
Quando o falanstério tivesse espalhado por todo o mundo, a história terminaria o seu curso, desagregando a moral e a religião, começando um caminho de regeneração. Fourier começou a publicar suas idéias no diário Le Phalanstère ou la reforme industrialle, de 1832, que em 1836 se transformou no Phalange e em 1843 sua forma final o Le Democratique Pacífique.
Atualmente são as cooperativas de produção e consumo e as comunidades de trabalho que tem explorado suas idéias, depois de um longo período de esquecimento. Sempre que existe um movimento libertário ou protestar contra uma coerção recebida, faz lembrar as idéias de Fourier. Obras:
- 1808- Théorie des quatre mouvements et destinées générales;
- 1822- Traté de l’association domestique et agricole( 2 volumes);
- 1829- Le nouveau monde industriel et sociétaire;
- 1831- Pièges et charlatanisme de deux sectes Saint-Simon et Quen;
- 1835-1836- La fausse industrie morcelée.