Cemitério de Santo Amaro (Recife)
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O Cemitério Senhor Bom Jesus da Redenção, mais conhecido como Cemitério de Santo Amaro, é o maior cemitério do Recife, Pernambuco, Brasil.
Projetado pelo engenheiro José Mamede Alves Ferreira [1], iniciado no governo de Francisco do Rego Barros, foi inaugurado em 1 de março de 1851, tendo se destinado, inicialmente, ao sepultamento de pessoas vitimadas pelo surto de febre amarela, que não podiam ser sepultadas em igrejas, como era o costume da época.
Sua arquitetura é radial, com túmulos distribuídos ao longo de ruas que partem de um ponto central.
É a maior exposição de arte ao ar livre de Pernambuco, com centenas de mausoléus de grande porte.
Índice |
[editar] Capela
No ponto de confluência de suas ruas, está erguida uma capela, também projetada por Mamede Ferreira, mandada construir pela Câmara Municipal do Recife em 1853.
Trata-se de um monumento de puro estilo gótico de cruz grega, fechada por uma só abóbada, de uma belíssima e arrojada construção, e de grandeza proporcional ao fim a que é destinada, sem campanário e sem dependências.
Foi restaurada e melhorada em 1899 e 1930.
[editar] Sepulturas
- Mausoléus
Vários mausoléus se destacam no cemitério:
- Agamenon Magalhães
- Barão de Mecejana
- Conde da Boa Vista
- Gregório Júnior
- Joaquim Nabuco
- José Mariano
- Maciel Monteiro
- Maciel Pinheiro
- Manuel Borba
- Mário Sette
- Martins Júnior
- Muniz Tavares
- Nunes Machado.
- Comuns
Além dos mausoléus que se destacam, e de centenas de outros, há no cemitério sepulturas simples.
Encontram-se sepultados, entre outros, os corpos de:
- Alcides Teixeira, deputado estadual
- Carlos de Lima Cavalcanti, governador de Pernambuco
- Demócrito de Sousa Filho, estudante pernambucano morto em praça pública por forças do governo em 1945
- Estácio Coimbra, governador de Pernambuco
- Padre Félix Barreto, sacerdote, educador e escritor
- Joaquim Inácio de Almeida Amazonas, primeiro reitor da Universidade Federal de Pernambuco
- Manuel Antônio Moraes Rego, prefeito do Recife
- Maria Júlia do Nascimento, Dona Santa, rainha do Maracatu Nação Elefante
- Miguel Arraes, governador de Pernambuco
- Conselheiro Rosa e Silva, vice-presidente da República no governo Campos Sales
- Vicente do Rego Monteiro, pintor e poeta.
- Túmulos visitados
No cemitério, dois túmulos são visitados por pessoas à procura de bênçãos. Um é o de "Alfredinho", o menino que morreu em 1959, aos 11 anos, e passou a ser cultuado como santo pela população. O outro é o da "Menina Sem Nome" , que foi encontrada morta em 1970 no bairro do Pina e nunca foi idenficada. Os devotos oferecem promessas a eles e acreditam que podem alcançar milagres
[editar] Notas
- ↑ José Mamede Alves Ferreira também projetou o Hospital Pedro II, o Ginásio Pernambucano, a Casa de Detenção do Recife (hoje Casa da Cultura) e o Cemitério de Igarassu.
[editar] Fonte
- FRANCA, Rubem. Monumentos do Recife. Recife: Governo do Estado de Pernambuco/Secretaria de Educação e Cultura, 1977.