Cemitério da Saudade (Campinas)
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O Cemitério da Saudade é o maior cemitério municipal de Campinas. Localizado próximo à região central da cidade, no bairro Swift, abriga 32 mil sepulturas em estilo tradicional que ocupam suas 112 quadras dispostas em área de 181,5 mil metros quadrados.
Fundado em 1886, é considerado um dos mais importantes cemitérios do Brasil por conta da riqueza arquitetônica, da beleza e da importância das obras de arte que ostentam grande parte de seus túmulos, entre elas peças em mármore carrara, granito e cobre/latão, esculpidas por artistas como Tomagnini, J. Rosadas, Velez, Albertini e Colluccini.
É nele também que estão sepultadas personalidades da história de Campinas como Bento Quirino, o Francisco Glicério, Orozimbo Maia, Mario Gatti, Heitor Penteado, Vieira Bueno, o barão de Atibaia, o barão e a baronesa Geraldo Ribeiro de Sousa Resende, além de Ferreira Penteado, doador da gleba onde foi erguido o cemitério.
O cemitério abriga, ainda, sepulturas de heróis da revolução de 32, da Polícia Militar e de milagreiros como o escravo Toninho (escravo do Geraldo Ribeiro de Sousa Resende), Maria Jandira (uma prostituta que ateou fogo ao corpo quando teve seu casamento desfeito) e os três anjinhos (três crianças que morreram em decorrência de um incêndio na casa onde moravam).
O túmulo do Francisco Glicério possui registros do projeto e da lei que deliberou a construção pela Câmara Municipal, em 1920. Está localizado na alameda principal do cemitério. Outras construções são atribuídas à Ramos de Azevedo porém não confirmadas: a capela e o túmulo de Vieira Ramos.
Tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas, o Cemitério da Saudade foi cenário de parte do filme Memórias Póstumas de Brás Cubas, inspirado no romance de Machado de Assis e estrelado por Sônia Braga e Reginaldo Farias. É freqüentemente utilizado como campo para desenvolvimento de teses universitárias e de estudos do meio (por estudantes do ciclo fundamental de ensino).