Celso Amorim
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Celso Luís Nunes Amorim (Santos, 3 de junho de 1942) é um diplomata brasileiro de carreira.
Ministro das Relações Exteriores no governo de Itamar Franco, de 1993 a 1995, é desde 2003 o atual ministro das Relações Exteriores do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Tem papel relevante no atual redesenho da balança mundial do poder e é responsável pelo direcionamento humanista da política externa brasileira atual, que incluiu entre seus objetivos a luta contra a fome e pobreza, a luta contra as desigualdades e o unilateralismo. Formulou coalizões com países do Sul, tais como G-20 (luta pela redução das distorções no comércio agrícola, na OMC), o G-4 (luta para tornar o Conselho de Segurança da ONU menos anacrônico e mais legítimo e representativo), o G-3 (Fórum IBAS - Índia, Brasil e África do Sul - para coordenação de posições no cenário internacional) e participou ativamente na institucionalização do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China).
De 1995 a 2001, foi representante permanente do país na ONU, e, de 2001 a 2002, embaixador no Reino Unido.
Sobre o dever do diplomata, proferiu a seguinte palestra:
"San Tiago Dantas comparava as formas de heroísmo: a forma clássica, a forma antiga de heroísmo, que era basicamente realizar grandes feitos, ter muita coragem, intimidar os inimigos e que à vezes chegava quase a se confundir com a truculência; com a forma de heroísmo do Dom Quixote, que é o heroísmo de dar-se às pessoas, e dar-se ao mundo, e dar-se a uma idéia. Acho que é esse heroísmo que nós diplomatas queremos procurar, sem nos esquecermos de nossos interesses, sem nos esquecermos do Brasil, porque não precisamos nos esquecer dele. Mas sem sermos truculentos, sem procurarmos sempre ameaçar, ou sempre provar que somos mais fortes - não precisamos provar que somos mais fortes, até porque em muitos aspectos é óbvio, e em outros aspectos não é óbvio e nós não seremos mesmo. Então não temos que trabalhar para o consenso para sermos “bonitinhos”, para ganharmos a presidência de um conselho ou para termos uma função em um determinado momento. Mas trabalhar pelo consenso dentro da convicção de que estamos trabalhando para um mundo melhor e mais justo, na OMC, na OIT, na UNESCO e nas Nações Unidas.
Então sobre essa consciência da humanidade eu vou ler uma frase. Desculpem-me, estou consciente da própria advertência que fazia San Tiago Dantas do risco que existe entre o sublime e o ridículo, mas vou fazer uma citação que achei bonita, do Dom Quixote se referindo à Dulcinéia, mas no caso vou me referir à humanidade. Diz ele assim: “ella pelea en mí y vence en mí, y yo vivo y respiro en ella y tengo vida y ser”. "
[editar] Cargos governamentais anteriores
Celso Amorim tem uma longa história no serviço público, começando em 1987 quando se tornou Secretário para Assuntos Internacionais do Ministério da Ciência e Tecnologia. Serviu nesta posição até o ano de 1989, quando foi selecionado para o cargo de Diretor Geral para Assuntos Culturais no Ministério das Relações Exteriores. Amorim assumiu nova posição em 1990, sendo nomeado Diretor Geral para Assuntos Econômicos. Em 1993, foi promovido à posição de Ministro das Relações Exteriores do governo Itamar Franco, cargo que ocuparia até o ano de 1995.
[editar] Ligações externas
Precedido por Fernando Henrique Cardoso |
Ministro das Relações Exteriores do Brasil 1993 — 1995 |
Sucedido por Luiz Felipe Lampreia |
Precedido por Celso Lafer |
Ministro das Relações Exteriores do Brasil 2003 — 2008 |
Sucedido por ' |