Carlos Cruz
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Carlos Cruz, GOIH (Torres Novas, 24 de Março de 1942), jornalista e apresentador de televisão português.
Começa a fazer rádio aos 14 anos, tendo sido relator desportivo e produtor de programas desportivos na Emissora Católica de Angola, no Rádio Clube de Angola e na Emissora Nacional. Em 1962 passa para a televisão. Exerce as funções de Director de Informação, Director de Programas e Director-Coordenador da RTP1. Através da sua popularidade ficará conhecido como o «Senhor Televisão».
Não deixa, contudo, a rádio, apresentando em 1968 PBX, programa para Rádio Renascença, estação em que fundará em 1973 o Serviço de Noticiários. Ainda na televisão, integra em 1969 um dos mais inovadores programas da televisão portuguesa, o Zip-Zip, ao lado de Raúl Solnado e Fialho Gouveia.
Foi Conselheiro de Imprensa da Missão Portuguesa junto das Nações Unidas, entre 1975 e 1979. Como Director de Programas da RTP1 negoceia a compra para Portugal da novela adptada do romance de Jorge Amado, Gabriela, Cravo e Canela. Na imprensa, torna-se, em 1982, director da revista Mais, vindo depois a colaborar com o Diário de Notícias e o Record. Volta à rádio com Pão Com Manteiga (1981-1983), programa para a Comercial. Em 1984 é apresentador e responsável pelo concurso 1, 2, 3. Funda em 1990 a CCA - Carlos Cruz Audiovisual, Lda, responsável então pela produção de onze programas semanais para a RTP1, como A Roda da Sorte, O Preço Certo, Isto... só Vídeo ou Marina, Marina.
Em 1992 é um dos lesados no caso Pedro Caldeira e, conforme revelaria mais tarde, chega a ponderar o suicídio. Em 1993 adoece com um carcinoma na garganta. Em 1995, após a RTP fechar as portas às produções externas, as empresas de que é sócio entram em declínio. Foi Director de Antena da TVI, em 1996. Regressou em 1977 à apresentação televisiva, na RTP1, de onde passará para a SIC, depois de apresentar Quem Quer Ser Milionário (1999-01).
Foi o rosto da campanha institucional para a a introdução do Euro em Portugal. Foi presidente da Comissão Executiva da Candidatura Portuguesa ao Campeonato Europeu de Futebol de 2004. Em 2002 fora condecorado com o Grau Oficial da Ordem do Infante D. Henrique.
A sua carreira foi interrompida abruptamente com o envolvimento no caso de pedofilia com alunos da Casa Pia de Lisboa. Em 1 de Fevereiro de 2003 foi detido no âmbito desse processo, mas acabaria por ser libertado. O julgamento ainda está a decorrer.
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«Eu gosto mais de ser considerado um locutor do que um comunicador, um neologismo criado por vaidade de uma profissão. Eu sou um locutor» (entrevista a Adelino Gomes - revista Pública, 15 de Abril de 2001)