Cantigas de Santa Maria
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
As Cantigas de Santa Maria são um conjunto de quatrocentas vinte e sete composições em galego-português, que no século XIII era a língua fundamental da lírica culta em Castela. Encontram-se repartidas em quatro manuscritos, um deles na Biblioteca Nacional da Espanha (Codex To, por Toledo), dois no Escorial (Codex E e T) e o quarto em Florença (Codex F).
[editar] Autoria
Existem dúvidas sobre a autoria direta do Rei Afonso X, o Sábio, mas ninguém dúvida da sua participação direta como compositor em muitas delas. W. Mettmann, autor duma edição crítica dos textos das Cantigas, crê que ao poeta e trovador galego Airas Nunes pode-se atribuir muitas delas. A questão da autoria ainda não está resolvida, mas com tempo as investigações vão crescendo e a idéia de uma participação direta do rei se consolida.
[editar] Classificação
As Cantigas de Santa Maria podem se dividir em dois grupos:
- O primeiro forma as cantigas da nossa Senhora, são cantigas narrativas com louvações à Virgem Santa Maria e que é um verdadeiro compêndio de histórias, milagres, jogos, etc relacionados com a Virgem, seja pela sua intervenção direta ou pelos amores místicos que a sua figura gera nas almas piedosas.
- O segundo são as cantigas de loor (louvor), mais reduzido (posto que são as cantigas cujo número de ordem é múltiplo de dez); trata-se de poemas mais sérios, profundos, quase místicos, nos quais em lugar de cantar os milagres da Virgem, reflete-se sobre ela, como numa oração.