Cálculo de PAM
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Este artigo ou seção precisa ser wikificado. Por favor ajude a formatar este artigo de acordo com as diretrizes estabelecidas no livro de estilo. (Fevereiro de 2008) |
Uma das aplicações da pressão arterial média ( PAM ) na prática médica é a avaliação do progresso de um tratamento da hipertensão arterial sistêmica. Consideremos o exemplo de um adulto que apresenta em dois instantes, com um intervalo de um mês, as cifras 180 x 120 torr e 200 c 110 respectivamente.
Definida a PAM como a pressão eficaz durante a perfusão sangüínea no circuito arterial, sua estimativa seria, segundo a fórmula tradicional dos tratados de fisiologia, igual à pressão diastólica (PD) acrescida de 1/3 da pressão diferencial (PS – PD) donde 140 mm de mercúrio para ambos os instantes sugerindo assim ineficácia do tratamento se desprezada a influência de outros fatores.
Rachid, J (1,2) demonstrou em 1977 que melhor estimativa da PAM seria obtida pela fórmula PD + 0,40 x pressãp diferencial que conduziria aos resultados 144 e 146 torr respectivamente indicando uma piora da hipertensão com cifras 4 e 6 torr acima das do primeiro critério.
Em recente publicação, Alva E M F et alii ( 3), apoiados em ampla pesquisa propõem o coeficiente 0,412 para uma estimativa mais precisa. Fica assim corroborado o critério de Rachid e de quaisquer outros coeficientes compreendidos no intervalo de confiança 95% delimitado entre 0,38 e 0,43.
É oportuno salientar que a utilização de tais fórmulas é justificada pela inacessibilidade aos verdadeiros valores da PAM que são somente disponíveis mediante o cateterismo cardiovascular. Outrossim, para o circuito pulmonar, segundo Rachid J (2), o coeficiente 0,40 deve ser substituído por 0,37.
Também é pertinente anotar que, nos indivíduos mais jovens, a contribuição da pressão diferencial para a PAM da circulação sistêmica é maior, quantificada em 0,44 por Rachid e 0,47 por Alva e cols. Isto revela a tendência de se aproximar a PAM da média aritmética entre as pressões sistólica (PS) e diastólica (PD) quando o coeficiente atinge 0,50.
Referências bibliográficas
1. Mayo Clin Proc., 1977 52 (9): 589
2. J B M, 1978 25 (4): 10-20
3. Heart, 2000 84 : 64