Boris Casoy
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Boris Casoy (São Paulo, 13 de fevereiro de 1941) é um jornalista brasileiro, filho de judeus russos.
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[editar] Infância e juventude
Boris adquiriu poliomielite ao completar um ano de vida, junto com sua irmã gêmea. Na época não existia vacina. A doença deixou seqüelas físicas, mas a marca maior foi a psicológica, gerada pela discriminação na infância. Até os nove anos, Casoy praticamente não podia andar. Com essa idade, ele foi operado nos EUA e recuperou os movimentos. "Como não podia andar, era um grande ouvinte de rádio, admirava aquele milagre da transmissão da voz", contou em entrevista ao site Amputados Vencedores.[1] Sua vida profissional começou aos quinze anos, em 1956, trabalhando como narrador esportivo numa emissora de rádio e também como locutor na Rádio Eldorado.
[editar] A carreira
Sua carreira televisiva início em 1961, quando atuou como repórter do programa Mosaico na TV, na TV Tupi[2], então o canal 4 de São Paulo, mais antigo programa ininterrupto da TV brasileira, segundo o Guiness Book, e ainda com o mesmo produtor (Francisco Gotthilf).
Bóris também trabalhou como editor-chefe e diretor de redação da Folha de S.Paulo de 1974-1984, período de grandes transformações no jornal, que consolidou a sua liderança dentro da imprensa brasileira e onde chegou a ser o colunista chefe da coluna Painel, uma das mais lidas do periódico.
Em 1988, Bóris voltou para a TV, pelo Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), em 1988, para apresentar o TJ Brasil, lá ficando até 1997, onde tinha uma parceria com a jornalista Salete Lemos. Depois, foi contratado pela Rede Record, onde trabalhou durante oito anos, apresentando o Jornal da Record até dezembro de 2005, repetindo a parceria com Salete.
Bóris chegou a trabalhar na TV JB, apresentando o Telejornal do Brasil, de segunda a sexta-feira, sempre às 22 horas, mas a TV JB saiu do ar em 17 de setembro de 2007.
[editar] Estilo e controvérsias
Seu estilo é muito particular, já que não se furta a emitir sua própria opinião sobre os assuntos mais chamativos e polêmicos, e gosta de utilizar frases-bordão, tais como "Isto é uma vergonha" ou "É preciso passar o Brasil a limpo". Casoy é um dos apresentadores de TV (âncoras) de maior credibilidade da televisão brasileira.[carece de fontes ]
A revista O Cruzeiro acusou-o de ter participado do grupo CCC (Comando de Caça aos Comunistas), orgão da ditadura militar que procurava exterminar todo e qualquer militante de esquerda nas décadas de 1960 e 1970. Boris nega esta acusação até hoje e afirma não haver provas que comprovem sua suposta participação no CCC.
[editar] Polêmica demissão da Rede Record
No dia 30 de dezembro de 2005, a Rede Record anunciou a rescisão de contrato com o apresentador do Jornal da Record, em comum acordo entre ambos. No entanto, Casoy, já ex-Record, afirmou em várias entrevistas no decorrer de 2006 que foi demitido por motivos políticos e deixou a emissora por não concordar com as inovações do departamento de jornalismo da emissora. Em entrevista, Casoy afirmou que o PT pressionou a direção da Rede Record para tirá-lo da emissora.[3] A emissora ficou sem os anúncios publicitários das empresas federais, incluindo as propagandas da Petrobrás.
Declarou que a emissora foi pressionada pelo governo Lula a demiti-lo, por conta das declarações sobre os casos dos prefeitos do PT assassinados no interior do estado de São Paulo, Toninho do PT (Campinas) e Celso Daniel (Santo André) e a corrupção do governo federal.
Boris Casoy declarou à revista Istoé Gente em abril de 2006: "Esse governo pressionou a Record [para demitir Boris Casoy]. Foram várias pressões e a final foi do Zé Dirceu. Eram três assuntos que eles não queriam nem que se tocasse: Caso Banestado (comprado pelo Banco Itaú S.A) - remessa ilegal de dinheiro para aplicações no exterior; o compadre do Lula, Roberto Teixeira [advogado da Transbrasil, acusado de operar um esquema de arrecadação de dinheiro junto a prefeituras do PT] e o assassinato do Celso Daniel. Eu insistia que acabariam em pizza. (...) Houve o telefonema do Zé Dirceu [para a Record]. A diretoria me pôs a par: 'Ele disse que vai prejudicar a Record e você pessoalmente se não parar.' Essa foi a última [ameaça]… vinha uma série."[4]
Entre abril e setembro de 2007, chegou a apresentar o telejornal na TV JB, em parceria com a CNT, mas a parceria terminou conturbada.
Em 2008, Casoy foi contratado pela Rede Bandeirantes onde apresentará a partir de 14 de abril, o Jornal da Noite no lugar de Roberto Cabrini, que comandará uma atração na Record. Além das notícias do dia, o jornal realizará entrevistas e análise dos fatos mais importantes destacados pelo âncora. Atualmente, é apresentador da BandNews FM.
Referências
- ↑ "Jornalista Boris Casoy fala sobre sua deficiência", Amputados Vencedores, 1/3/2008
- ↑ "Boris Casoy estréia novo 'Jornal da Noite' hoje", Metro São Paulo, 14/4/2008, pág. 13
- ↑ "“Fui tratado como bandido”", Rodrigo Cardoso, Istoé Gente número 346, 10/4/2006
- ↑ "“Fui tratado como bandido”", Rodrigo Cardoso, Istoé Gente número 346, 10/4/2006
[editar] Ligações externas
- Entrevista na Istoé Gente
- Matéria no sítio Gabeira.com
- Entrevista Boris Casoy
- Página oficial do Jornal da Noite