Benjamin Constant Botelho de Magalhães
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Benjamin Constant Botelho de Magalhães (Niterói, 1836 — Rio de Janeiro, 1891) foi um militar, professor e estadista brasileiro.
Formado em engenharia pela Escola Militar, participou da Guerra do Paraguai (1865 - 1870) como engenheiro civil e militar. Como professor, lecionou nas escolas Militar, Politécnica, Normal e Superior de Guerra, entre outras. Foi o terceiro diretor do Imperial Instituto dos Meninos Cegos, localizado no município do Rio de Janeiro, hoje chamado Instituto Benjamin Constant em sua homenagem.
Adepto do positivismo, em suas vertentes filosófica e religiosa - cujas idéias difundiu entre a jovem oficialidade do Exército brasileiro -, foi um dos principais articuladores do levante republicano de 1889, foi nomeado Ministro da Guerra e, depois, Ministro da Instrução Pública no governo provisório. Na última função, promoveu uma importante reforma curricular.
As disposições transitórias da Constituição de 1891 consagraram-no como fundador da República brasileira.
[editar] Ação no governo provisório
A despeito de ter sido militar e ter sido condecorado como tal devido a sua participação na Guerra do Paraguai, era pacificista, pregando o fim das forças armadas em um futuro mais ou menos distante, reduzidas à mera atuação policial para manutenção da ordem pública. Esta opinião, calcada nas idéias de Augusto Comte (fundador do Positivismo), foi o que lhe permitiu criar a doutrina do Soldado-Cidadão, segundo a qual, antes de serem soldados, os membros das forças armadas eram cidadãos e como tais deveriam comportar-se.
Por outro lado, foi em reação à "civilização" (no sentido de reforço do papel civil, em oposição à atuação propriamente militar) iniciada na gestão de Benjamin Constant à frente da pasta da Guerra que, a partir da I Guerra Mundial, surgiu uma nova geração de militares e de intelectuais militares que propôs a profissionalização do Exército. Essa geração era a dos "jovens turcos" brasileiros e, procurando referências para suas doutrinas militares na Alemanha, constituiu o germe tanto do tenentismo quanto dos militares que chegaram, de uma maneira ou de outra, ao poder no Brasil a partir de 1930 até 1985.
Precedido por Rufino Enéas Gustavo Galvão |
Ministro da Guerra do Brasil 1889 — 1890 |
Sucedido por Eduardo Wandenkolk |