Belisário
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Flávio Belisário, em latim Flavius Belisarius, (505–565) foi um dos grandes generais do Império Bizantino. Talvez devido à falta de atenção ocidental à história bizantina, este general não é tão famoso quanto Júlio César embora, se não tão bravo, um dos mais bravos comandantes militares da história. Belisário foi, durante o reinado de Justiniano, o principal protagonista nas lutas da expansão do Império.
Os seus primeiros êxitos bélicos destacaram-se nas lutas contra os persas (a quem forçou a assinar uma "Paz Eterna" depois de décadas de guerra com o Oriente Próximo) e ao sufocar uma sublevação em Constantinopla que ameaçou destronar o imperador no ano 532, a Revolta de Nika. Posteriormente, com 15.000 homens, conquistou o reino vândalo no norte da África, aprisionando o seu último rei, Gelimer. Desde lá, tomou a Sicília e passou para a Itália, então sob domínio ostrogodo, onde iniciou uma expedição para Norte, ocupando Ravenna e aprisionando o rei Vitige.
Numa segunda expedição em 548, Belisário conquistou Roma, que permaneceu em poder bizantino durante décadas. No seu regresso a Constantinopla, recebeu o título magister militum per Oriente e nesse cargo ocupou-se de defender a capital do Império contra um ataque que as fontes bizantinas definiram como hunos no ano 559 – na realidade tratava-se de uma coalizão de povos eslavos e búlgaros.
Em 562 foi acusado de participar numa conspiração contra Justiniano, sendo aprisionado. Seria libertado no ano seguinte. Uma lenda, já provada como falsa, afirma que Justiniano ordenou cegá-lo.
Belisário faleceu em 565, pobre. Foi retratado por Jacques-Louis David pelo menos em dois quadros.
[editar] Ver também
- Primeira campanha persa de Belisário
- Campanha africana de Belisário
- Campanha Italiana de Belisário
- Segunda campanha persa de Belisário