Aspecto gramatical
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
| Esta página ou secção foi marcada para revisão, devido a inconsistências e dados de confiabilidade duvidosa. Se tem algum conhecimento sobre o tema, por favor verifique e melhore a consistência e o rigor deste artigo. Considere utilizar {{revisão-sobre}} para associar este artigo com um WikiProjeto. |
O aspecto é um categoria semântica que expressa detalhes qualitativos ou quantitativos internos de uma determinada ação, processo ou estado. É aplicado ao verbo.
O verbo pode ser flexionado em tempo, modo e aspecto, que, no Português, são expressados simultâneamente.
Tempo: é o momento em que se realiza. No Português, há o Pretérito, Presente e Futuro.
Modo: é a propriedade de o verbo designar a atitude mental do falante em face do processo que enuncia. Os modos podem ser Indicativo, Subjuntivo ou Imperativo (havendo também as formas nominais do verbo, ou seja, as que não se flexionam: infinitivo, gerúndio e particípio).
Aspecto: é a categoria que dá conta de implementar um fato em algum momento do tempo. Classifica os verbos em Perfeito, Imperfeito, Mais-que-perfeito, do Presente, do Pretérito, sendo os três primeiros aplicáveis ao tempo Pretérito, e os dois últimos ao tempo Futuro.
O aspecto tem por objetivo explorar, intuitivamente, os valores aspectuais dos chamados "tempos do verbo" e dos adjuntos. Ele é uma questão de fases. Dizemos que o verbo do português exprime aspecto porque ele nos dá a possibilidade de representar o mesmo fato, ora como todo indivisível, ora como composto por diferentes "fases", uma das quais é posta em foco. A necessidade de falar de "fases" aparece claramente quando analisamos segmentos narrativos como este:
"QUANDO ESTEVE PRESO NO RIO DE JANEIRO, GRACILIANO RAMOS ESTAVA ESCREVENDO ANGÚSTIA."
Temos, aí, o que os linguistas chamam de "esquema de incidência", por meio do qual são colocados em relação dois fatos: a prisão de Graciliano Ramos, como todo indivisível e localizado, e a redação do romance, representada como uma ação que inicia antes do encarceramento do escritor, e se conclui depois de sua soltura.
