Ashokavadana
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O Ashokavadana (sânscrito: अशॊकवदन, "Narrativa de Ashoka") é um documento do século II a.C. relacionado à lenda do imperador máuria Ashoka, o Grande. A lenda foi traduzida para o chinês por Fa Hien em 300 a.C.
O Ashokavadana é essencialmente similar aos relatos de Ashoka contidos no Divyavadana ("Narrativa Divina"), sugerindo uma origem similar.
O Ashokavadana é um relato do nascimento do rei Ashoka. De acordo com a lenda, o nascimento de Ashoka foi previsto pelo Buda, na história "O Presente do Pó":
- "Cem anos após a minha morte, terá um imperador de nome Ashoka em Pataliputra. Ele governará um dos quatro continentes e adornará Jambudvipa com as minhas relíquias, construindo oitenta e quatro mil stupas para o bem das pessoas. Ele fará com que sejam honradas por deuses e por homens. A sua fama será difundida. O seu presente meritório foi somente esse: Jaya jogou um punhado de pó na tigela de Tathaagata.". Dizeres de Buda segundo o Ashokavadana.
Após essa profecia, o Ashokavadana diz que Ashoka finalmente nasceu como o filho do imperador máuria Bindusara de uma rainha relativamente pouco importante, filha de um brâmane pobre que a introduziu ao harém do imperador, porque tinha sido previsto que o seu filho seria um grande governante. Apesar de ela ter sido de uma linhagem sacerdotal, o fato de não ter sido real por nascimento fez dela uma consorte de muito baixo status no harém.
O Ashokavadana também é geralmente citado pela sua descrição do rei sunga Pusyamitra Sunga, de 180 a.C., como um inimigo da fé budista, que, antes dele, era apoiada pelo Império Maurya:
- "Então, o rei Pusyamitra equipou um exército, e, com a intenção de destruir o Budismo, foi para Kukkutarama. (...) Ali, Pusyamitra destruiu o sangharama, matou os monges e partiu.
- Após algum tempo, ele voltou a Sakala e proclamou que daria uma recompensa de cem dinaras para quem quer que lhe trouxesse a cabeça de um monge budista.". Ashokavadana, 133, trad. para o inglês John Strong.
Esses relatos são vistos por muitos historiadores seculares como exagerados.