Artur Jaceguai
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Artur Jaceguai (como ficou conhecido Artur Silveira de Mota, o Barão de Jaceguai) (São Paulo, 26 de maio de 1843 — Rio de Janeiro, 6 de junho de 1914), foi um almirante, nobre e escritor brasileiro, que lutou na Guerra do Paraguai e foi imortal da Academia Brasileira de Letras.
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[editar] Biografia
Filho de José Inácio Silveira da Mota, Conselheiro, aos quinze anos de idade ingressou na Escola Naval do Rio de Janeiro (1858), como aspirante, concluindo o curso em 1860. Seu pai, após acidente marítimo, cogita em transferi-lo para o Exército, mas Jaceguai se opõe, seguindo a carreira na Marinha e realizando diversas viagens de instrução, nas quais foi promovido para segundo e primeiro-tenente.
A 20 de fevereiro de 1865 segue para a frente de batalha na Guerra do Paraguai, servindo como ajudante-de-ordens do Almirante Tamandaré, que comandava as forças navais brasileiras. No comando do couraçado Barroso, participa das batalhas de Curupaiti e Humaitá, nesta última havendo realizado a transposição perigosa do rio sob o canhoneio paraguaio.
Finda a guerra, Artur Jaceguai passou por diversas missões diplomáticas no exterior, além de haver desempenhados inúmeras funções na Marinha. Em 1882 recebeu o título de Barão de Jaceguai e foi promovido a Chefe-de-Esquadra.
Passando para a reserva em 1887, passa a laborar como diretor da Biblioteca da Marinha, Museu e Arquivo e ainda como redator da Revista Marítima Brasileira. Em 1900 foi nomeado diretor da Escola Naval.
[editar] Bibliografia
Estudioso da Marinha, suas obras foram todas elas de cunho militar:
- Organização Naval, reunião de artigos (1896);
- O Dever do Momento. Carta a Joaquim Nabuco (1897);
- Quatro Séculos de Atividade Marítima Portugal e Brasil (1900);
- Ensaio Histórico sobre a Gênese e Desenvolvimento da Marinha Brasileira (1903);
- De Aspirante a Almirante, memórias, 5 vols. (1906, 1909, 1910, 1913 e 1917);
- Reminiscências da Guerra do Paraguai (1935).
[editar] Academia Brasileira de Letras
Segundo ocupante da Cadeira que tem por Patrono Casimiro de Abreu. Eleito a 28 de setembro de 1907, foi empossado em 9 de novembro do mesmo ano, recebido por Afonso Arinos. Como peculiaridade, seu discurso de posse marcou por não haver procedido ao elogio do seu antecessor, sob o pretexto de “não haver conhecido o homem nem a sua obra” – fato este atribuído, mais tarde, pelo seu próprio sucessor, Goulart de Andrade, ao fato de Teixeira de Melo haver-lhe omitido o nome numa obra referente à Batalha de Humaitá.
Precedido por Teixeira de Melo |
ABL – cadeira 6 1907 - 1914 |
Sucedido por José Maria Goulart de Andrade |