Alfredo Bosi
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Alfredo Bosi (São Paulo, 26 de agosto de 1936) é professor universitário, crítico e historiador de literatura brasileira, e também imortal da Academia Brasileira de Letras.
Índice |
[editar] Biografia
Descendente de italianos, Bosi é filho de Teresa Meli, salernitana, e Alfredo Bosi. Após de se formar em Letras Neolatinas pela Universidade de São Paulo (USP), em 1960, recebeu uma bolsa de estudos para a Itália, onde permaneceu por dois anos, na cidade de Florença.
De volta ao Brasil, tornou-se professor de língua e literatura italiana na USP, cargo que ocupou por dez anos.
Em 1964, escreveu a tese A Narrativa de Pirandello. Seis anos mais tarde, defendeu livre docência com a tese Mito e Poesia em Leopardi.
Embora professor de literatura italiana, Bosi sentia-se dividido interiormente por causa de seu grande interesse pela literatura brasileira, o qual o levou a escrever os livros: Pré-Modernismo (1966) e História Concisa da Literatura Brasileira (1970). Em 1972, Bosi decidiu-se pelo ensino de literatura brasileira no departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP.
Foi vice-diretor do IEA - Instituto de Estudos Avançados da USP de 1987 a 1997, ano em que passou, a partir do mês de dezembro, a ocupar o cargo de diretor.
Bosi é editor da revista Estudos Avançados desde 1989.
Entre outras atividades no IEA, coordenou o Programa Educação para a Cidadania (1991-96), integrou a comissão coordenadora da Cátedra Simón Bolívar (convênio entre a USP e a Fundação Memorial da América Latina) e coordenou a Comissão de Defesa da Universidade Pública(1998)e presidiu a Comissão de Ética da USP (2000-04).
Em 2003, Alfredo Bosi foi eleito para Academia Brasileira de Letras. Desde então ele ocupa a cadeira nº 12.
Alfredo Bosi é casado com a psicóloga social, escritora e professora do Instituto de Psicologia da USP, Ecléa Bosi, com quem tem dois filhos, José Alfredo, professor de Economia, e Viviana Bosi, atual professora do Departamento de Teoria Literária da USP.
[editar] Obra
- O pré-modernismo (Editora Cultrix, 1966);
- História concisa da literatura brasileira (Cultrix, 1970 – 44ª ed., 2007;
- Historia Concisa de la Literatura Brasileña, Fondo de Cultura Económica, México(1983 – 2ª ed., 2001);
- O conto brasileiro contemporâneo (Cultrix, 1975 – 14ª ed., 2002);
- As letras na Primeira República em O Brasil republicano (Difel, 1977);
- O ser e o tempo da poesia (Cultrix, 1977; 6ª.ed., Companhia das Letras, 2000; Prêmio Associação Paulista dos Críticos de Arte 1978);
- Reflexões sobre a arte (Editora Ática, 1985 – 7ª ed., 2002);
- Céu, inferno (Ática, 1988; 34 Letras, 2004);
- Dialética da colonização (Companhia das Letras, 1992 – 4ª ed., com posfácio, 2001; Culture Brésilienne. Une Dialectique de la Colonisation, Paris, L’Harmattan, 2000; Cultura Brasileña. Una dilectictica de la colonizacion, Salamanca, Ed. Universidad de Salamanca, 2005);
- O tempo e os tempos em Tempo e história (Companhia das Letras, 1992);
- Leitura de poesia (org. e apres., Ática, 1996);
- Machado de Assis: O enigma do olhar (Ática, 1999; 4ª Edição, 2007);
- Machado de Assis (Publifolha, 2002);
- Literatura e resistência (Companhia das Letras, 2002).
- Bras Cubas Em Tres Versões (Companhia das Letras, 2006).
[editar] Prêmios
- Melhor Ensaio da Associação Paulista de Críticos de Arte, em 1977, por O Ser o Tempo da Poesia, e, em 1992, por Dialética da Colonização. Por este livro também recebeu, em 1993, o Prêmio Casa Grande e Senzala, conferido pela Fundação Joaquim Nabuco.
- Homem de Idéias, distinção que recebeu em 1992, conferida pelo Jornal do Brasil.
- Prêmio Jabuti, em 1993, para melhor obra de Ciências Humanas, da Câmara Brasileira do Livro.
[editar] Academia Brasileira de Letras
Foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras em 20 de março de 2003, ocupando a cadeira número 12.
Precedido por Lucas Moreira Neves |
Cadeira 12 da Academia Brasileira de Letras 2003 - — |
Sucedido por — |