A Inaudita Guerra da Avenida Gago Coutinho
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A Inaudita Guerra da Avenida Gago Coutinho é um conto narrativo de Mário de Carvalho, publicado em 1983. Trata-se de uma obra que vai amalgamar duas datas, as de 4 de Junho de 1148 e as de 29 de Setembro de 1984. Trata-se também de uma obra que no desenrolar da acção vai fazendo fortes criticas a exercito portugues e as forças paramilitares da década de 80.
[editar] Resumo da Obra
Começa com uma situação em que se vai buscar a musa da história Clio, pois adormece e deixa dois fios da tapeçaria milenária da história enlearem-se. Amalgamando-se as datas de 4 de Junho de 1148 e de 29 de Setembro de 1984. De seguida já no desenrolar da acção Ibn-el-Muftar, surpreso com a mudança de época, e também com a transformação da “paisagem”, pensa tratar-se de um passe de magia. O polícia Manuel Reis Tobias, policia que no momento da chegada repentina do exército de Ibn-el -Muftar estava de serviço escondido atrás de um prédio ao lado de uns semáforos, comunica uma mensagem ao posto de comando dizendo que havia uma manifestação não autorizada na Avenida Gago Coutinho e parte do Areeiro. Poucos minutos mais tarde a Policia de Intervenção, que ao tentar “limpar a avenida” é rapidamente desmobilizada ao ver que a cavalaria moura se preparara para investir contra eles. No entanto o exército português chega, e o capitão Aurélio Soares consegue alcançar Ibn-el-Muftar. Ao se cumprimentarem os dois em árabe, o Ibn-el-Muftar e o seu exercito desaparecem deixando o capitão Soares e toda a escolta militar confusa com aquele fenómeno. A causa desse súbito desaparecimento foi o facto da deusa Clio ter despertado do seu sonho, fazendo desaparecer os mouros e fazendo esquecer todas as pessoas que testemunharam aquele fenómeno. Visto que ninguém sabia o que se passara, os oficiais responsáveis pelas forças policiais e militares portuguesas que entreviram na acção, tiveram que explicar em tribunal marcial o porquê de se encontrarem na avenida Gago Coutinho sem aparentemente se ter sucedido nada. Já para o exercito de Ibn-el-Muftar não foi grave pois eles aproveitaram o caminho de regresso para devastar os campos de Santarém.
[editar] Criticas a Obra
A obra apresentou-se curta, parecendo ter sido criada para criticar as forças policiais e militares da década de 80. Demonstrou também que o final fica aquém da imaginação parando no momento em que Ibn-el-Muftar e o capitão Soares se defrontam. No entanto é uma obra que dá gosto de ler, estando também enquadrada no programa curricular do 8º ano de escolaridade em Portugal.
