Zheng He

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Zheng He (1371 - 1435) foi um explorador chinês do século XV. Realizou viagens por mar pelo sudoeste asiático e pelo Oceano Índico. Chegou à India, ao Mar Vermelho e a Moçambique.

Uma carta realizada após uma das expedições de Zheng He

De etnia Hui, serviu como confidente do imperador da China Yongle (governante de 1403 a 1424), o terceiro imperador da dinastia Ming. Chamado originalmente Ma Sanbao (馬三保), provinha da província de Yunnan. Pertenceu à minoria Semur, originários da Ásia Central e praticantes do Islã. Tanto seu pai como seu avô tinham viajado em peregrinação à Meca e Zheng He teria escutado os relatos de suas viagens a terras longínquas. Depois do exército Ming conquistar Yunnan foi tomado cativo e castrado, convertendo-se assim num eunuco. O nome Zheng He lhe foi dado pelo imperador. Estudou em Nanjing Taixue (Colégio Central Imperial). Suas missões exibiram impressionantes demonstrações de sua capacidade organizativa e poder tecnológico, mas não produziram grandes resultados em comércio já que Zheng He foi um almirante e um oficial, mas não um mercador.

Zheng He navegou a Malaca no século XV e trouxe consigo uma princesa de China, a Princesa Hang Li Po. Ela teria de desposar o rei de Malaca. A princesa foi com seus 1.500 serviçais(somente...), que se assentaram eventualmente em Bukit Cina em Malaca. Os descendentes desta gente são conhecidos na atualidade como Baba (o título masculino) e Nyonya (o título feminino).

Em 1424 o imperador Yongle faleceu. Seu sucessor, Hongxi (governante de 1424 a 1425), decidiu reprimir a influência dos eunucos na corte. Zheng He realizou uma última viagem sob o governo do imperador Xuande (governante de 1426 a 1435), mas depois disso as frotas de tesouro chinesas terminaram. Ainda que sua tumba se encontre em Nanquim (colina de Niushou), onde em 1985 foi restaurada, é muito possível que morresse em alta mar e seu cadáver fora lançado ao mar. Também construiu os estaleiros de Nanquim, que ainda funcionam atualmente.