Usiminas
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A Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S/A ou Usiminas pertencente ao Sistema Usiminas (Holding) é uma empresa do setor siderúrgico líder na produção e comercialização de aços planos laminados a frio e a quente, bobinas, placas e revestidos, destinados principalmente aos setores de bens de capital e de bens de consumo da linha branca, além da indústria automotiva. Fundada em 25 de abril de 1956 em Ipatinga (Vale do Aço, a 220 km de Belo Horizonte de capital de Minas Gerais - (Brasil). Sua sede administrativa encontra-se em frente à Universidade Federal de Minas Gerais e ao lado do BH-TEC. O Sistema Usiminas destaca-se como o maior complexo siderúrgico de aços planos da América Latina e um dos 20 maiores do mundo. A Usiminas é a líder do Sistema, formado por empresas que atuam em siderurgia e em negócios onde o aço tem importância estratégica. Atualmente designa um pool de diversas empresas, estando empenhada com a transparência no relacionamento com o mercado de capitais. Atua no mercado internacional e é a maior geradora de impostos para Ipatinga, o que torna o município economicamente dependente da siderúrgica.
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[editar] História
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[editar] Fundação
Na década de 50, um grupo de idealizadores conscientes de que a indústria siderúrgica seria essencial para o país e para o mundo, articulou um importante movimento para viabilizar a implantação da primeira grande usina de siderurgia de Minas Gerais.
Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S.A. (USIMINAS) é uma das maiores siderúrgicas do Brasil, fundada em 25 de abril de 1956, em um cenário brasileiro de euforia e otimismo gerados pelo Plano de Desenvolvimento do governo Juscelino Kubitscheck, no Horto de Nossa Senhora, atual Ipatinga.
Originalmente criada como uma empresa estatal com o apoio do capital e da tecnologia japonesa foi inaugurada em 1962 na cidade de Ipatinga- Minas Gerais.
Dois anos depois, em 1958, a Usiminas tornou-se uma joint venture, com a participação de capital estatal em parceria com acionistas japoneses, permitindo um novo estilo de gestão compartilhada - nos moldes da iniciativa privada. Com o aporte de capitais do Governo de Minas Gerais, do Governo Federal e do Japão, significou, na época, a realização do ideal mineiro e, ao mesmo tempo, foi ao encontro do desejo e da necessidade do Japão de demonstrar a presença e a marca de sua tecnologia no mundo ocidental.
No final da década de 50 e início dos anos 60, os trabalhadores que erguiam a Usiminas se mostravam verdadeiros heróis. Chegavam de todas as partes do país, enfrentando dificuldades de toda ordem - nos alojamentos, na alimentação e a distância da família. Enfrentaram, também, as dificuldades impostas por um vilarejo Horto de Nossa Senhora que ainda não havia se tornado uma cidade: não havia transportes, não havia lazer e nem mesmo comércio.
No dia 26 de outubro de 1962, João Goulart inaugurou a Usina Intendente Câmara. Com uma tocha trazida de Ouro Preto simbolizando os inconfidentes mineiros, o Presidente da República acendeu o primeiro alto-forno da usina.
Algumas horas depois, iniciava-se a primeira corrida de gusa, ou seja, a primeira produção industrial da Usiminas. Dessa forma, foi dada a largada ao funcionamento de uma série de novas etapas e novas inaugurações. Transformava-se em realidade o grande ideal: estava viva a Usiminas – grande e competitiva.
[editar] Década 70
Na década de 70, anos dourados para o país (Brasil) era época do milagre brasileiro em que a economia se mostrava recuperada e em franco crescimento, reflexo das novas medidas adotadas pelo governo federal. À Usiminas coube desempenhar um papel fundamental neste processo, ficando responsável pelo fornecimento do insumo básico para a reativação da indústria pesada – naval, automobilística e de construção civil.
Em 1971, capacidade de produção alcançou 1 milhão de toneladas de aço ao ano. Isso garantiu sua passagem para três novas fases de expansão, capacitando-a, ao final da década, a produzir 3,5 milhões de toneladas anuais.
A equipe de empreendedores da usina trabalhava decididamente voltada para a expansão da produção de aço. Com passos firmes, avaliavam oportunidades e ameaças e, com a ousadia dos vencedores, fizeram da Usiminas a mola propulsora para o crescimento do Brasil.
[editar] Década de 80
Se nos anos 70 foi de muito crescimento, no início dos anos 80 o Brasil se recolhia. Palco de uma profunda recessão, o país enfrentou dívidas, inflação galopante, desemprego e queda do PIB, lançando um novo desafio à Usiminas: ajustar-se a esse conturbado quadro conjuntural.
Através de um gerenciamento inteligente e flexível, a Usiminas colocou em prática um rígido programa de economia interna. Por isso, foi executado um sério controle sobre os novos investimentos em função da manutenção de seu pessoal e melhor utilização de seus recursos físicos, financeiros e humanos.
E quando o período crítico chegou ao fim, abrindo novas perspectivas à indústria siderúrgica, a Usiminas, com sua economia normalizada, desenvolveu uma postura ágil e planejada, criando oportunidades para intensificar a busca por tecnologias mais avançadas e por maior grau de automação de suas unidades produtivas.
[editar] Privatização
Tornou-se a primeira estatal privatizada em 24 de outubro de 1991 pelo então presidente Fernando Collor de Mello. Apesar dos protestos ocorridos na época e da série de demissões após a privatização, o rompimento dos vínculos estatais representou para a empresa uma maior competitividade e produtividade, o que permitiu que já em 1994 fosse considerada pela revista Exame, especializada em negócios e administração, a melhor empresa do país.
Em um dos anos seguintes, uma das subsidiárias da USIMINAS do período estatizado, a UMSAUSIMEC - Usiminas Mecânica, também foi considerada pela mesma revista, a empresa do ano. A livre iniciativa marcou o início de novas etapas de expansão e desenvolvimento para a usina nos anos 90. Um plano de metas foi programado envolvendo investimentos da ordem de 2,1 bilhões de dólares - o maior volume já realizado por uma siderúrgica brasileira.
Os investimentos foram realizados visando a ampla otimização da produção, a atualização tecnológica e a proteção ambiental, fortalecendo a imagem da Usiminas como siderúrgica de ponta no segmento de aços nobres.
Em 1999, dentro do Plano de Otimização da Produção, com investimento de 852 milhões de dólares, a Usiminas destacou o desenvolvimento de dois projetos: a nova Linha de Tiras a Frio e criação da Unigal.
Com estes projetos, a Usiminas se capacitou para atender não só às necessidades de seus clientes com produtos de alta qualidade, como também a uma nova demanda da produção automobilística.
Com uma cultura organizacional sólida, comprometida com os acionistas e com a sociedade, a empresa busca, a todo momento, excelência operacional, visão de longo prazo e responsabilidade corporativa.
A Usiminas fechou a década com o Plano de Modernização e Atualização Tecnológica, visando a melhoria da qualidade, o enobrecimento do produto, a redução do custo e a manutenção da capacidade produtiva.
Atualmente (2005-2006), a Usiminas, que ao longo de toda a sua trajetória investiu no aprimoramento da sua capacidade produtiva, no aumento da produtividade, na formação de parcerias estratégicas e na gestão do seu negócio - o aço, deixou de ser, apenas uma siderúrgica, tornando-se sinônimo de um sistema que atua em siderurgia e em negócios onde o aço está presente, dentro e fora do Brasil.
[editar] Composição acionária
O Sistema Usiminas possui participações em diversas empresas tanto em empresas controladas quanto coligadas em setores estratégicos, como:
- Logística: (Usifast, MRS Logística, Rios Unidos Transportes e os terminais portuários de Praia Mole-ES e Cubatão-SP);
- Estamparia e bens de capital: (Usiminas Mecânica e Usiparts); e
- Distribuição e serviços: Fasal, Rio Negro, Dufer, Usial, Usiroll e Unigal.
- Mineração: JMendes, Somisa, Global/Camargos e Pau de Vinho.
Em maio de 2005 a Usiminas - lider do Sistema Usiminas concluiu a operação de fechamento de capital da Cosipa, que passou a ser sua subsidiária integral. Dessa forma ambas as empresas dividem uma única diretoria, aumentando o processo de integração, chegando a uma capacidade de produção estimada em cerca de 9,5 milhões de toneladas de aço/ano.
Ainda em 2005, a Usiminas anunciou sua participação, em conjunto com o grupo Techint, em uma grande empresa siderúrgica denominada Ternium, destinada a controlar as empresas Siderar (Argentina), Sidor (Venezuela) e Hylsamex (México). A nova empresa dispõe de capacidade instalada de 12 milhões de toneladas/ano e receitas de US$5 bilhões. Na operação, a siderúrgica mineira participa com suas ações na Siderar (5,3%) e na Sidor (16,6%, através do Consórcio Amazônia), além de um aporte adicional de US$100 milhões, representando uma participação inicial de cerca de 16% do capital total da Ternium.
Os principais acionistas do grupo são a Nippon Usiminas Co. Ltd. (19,4%), Caixa dos Empregados da Usiminas (13,2%), Grupo Camargo Corrêa (7,6%), Votorantim (7,6%), Bradesco (2,6%) e Banco Sudameris (1,9%), que compõem o bloco de controle, e a Companhia Vale do Rio Doce (23%) e a Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil – Previ (14,9%).
[editar] Ver também
História da industrialização no Brasil Acordos de Washington