Roque Gonzales de Santa Cruz
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São Roque Gonzales de Santa Cruz | |
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Padre Roque Gonzáles | |
Nascimento | 1576 em Assunção, Paraguai |
Falecimento | 15 de Novembro de 1628 |
Venerado pela | Igreja Católica |
Beatificado | 28 de janeiro de 1934 por: Papa Pio XI |
Canonizado | 16 de maio de 1988, Assunção por: Papa João Paulo II |
Festa litúrgica | 17 de Novembro |
Portal dos Santos |
Roque Gonzales de Santa Cruz, SJ ou Roque Gonzales, SJ, (Assunção, 1576 — Caibaté, 15 de novembro de 1628) foi um religioso natural do Paraguai que entrou na história do Brasil meridional ao tentar disseminar a religião católica entre os povos originais das terras do oeste do Rio Grande do Sul.
Juntamente aos padres Afonso Rodrigues e João de Castilho (ou Juan del Castillo na sua forma castelhana original), Roque Gonzales foi um dos primeiros evangelizadores nas terras do Sul do Brasil, isto é, no território atualmente pertencente ao Rio Grande do Sul. Ele foi um homem católico dedicado à ordem dos Jesuítas e exerceu seu trabalho missionário junto aos povos Guaranis, no noroeste daquele estado brasileiro.
Roque Gonzales era filho de um pai espanhol de família nobre e cresceu em uma família de alta posição social de Assunção, no Paraguai, interagindo desde a infância com pessoas de origem e falas nativas (principalmente guarani). Alí ele onde estudou e foi ordenado sacerdote no 1599. Mais tarde ele se deslocou ao Rio Grande do Sul, em 1619, e logo cativou a simpatia dos habitantes da terra, muito provavelmente e em boa parte por causa de suas habilidades lingüísticas. Segundo o escritor Nelson Hoffmann, autor de Terra de Nheçu, somente depois de sete anos de negociações com o chefe Nheçu que lhe foi permitido estabelecer a redução de São Nicolau, precisamente em três de maio de 1626, sendo esta a primeiríssima comunidade colonizadora ao leste do rio Uruguai no atual território rio-grandense.
Mais tarde o padre Roque Gonzales fundou numerosas comunidades cristãs, chamadas Missões ou Reduções, entre elas as aldeias de São Nicolau, Assunção e Todos os Santos do Caaró.
Depois de dois anos e meio de intenso trabalho missionário, os padres Roque Gonzales e Afonso Rodrigues foram mortos em Caaró por um grupo de nativos contrários à evangelização cristã, liderados pelo pajé cacique Nheçu, um líder guarani que possuia autoridade máxima na região do atual município de Roque Gonzales, Rio Grande do Sul, e redondezas. Diz-se que os indígenas que o interceptaram teriam descarregado na cabeça de padre Roque Gonzales uma pancada com um machado de pedra que o deixara morto. Em seguida, eles teriam matado o padre Afonso Rodrigues, queimando os cadáveres. Dois dias depois, o teria chegado a vez do padre João de Castilho em uma aldeia vizinha, onde morreu após terríveis torturas. Um homem nativo, ainda catecúmeno, que se encontrava presente e que se opôs aos assassinatos, também foi trucidado junto aos missionários em Caaró. Ele é conhecido como o Cacique Adauto. Existem pessoas que acreditam que ele também, futuramente, poderia ter seu nome acrescentado aos nomes dos três mártires canonizados, porém, não exitem quaisquer indicadores ou mesmo probabilidades para que isso venha a ocorrer um dia, dadas as extensivas complexas forças e tradições envolvidas.
Em Caaró, município de Caibaté, se encontra o principal santuário de veneração dos Santos Mártires (como ficaram conhecidos), visitado permanentemente por caravanas de romeiros. Ali se realiza cada ano uma grande romaria, no terceiro domingo de novembro.
Aos 28 de janeiro de 1934, o Papa Pio XI beatificou os missionários mártires e, aos 16 de maio de 1988, em visita a Assunção, no Paraguai, o Papa João Paulo II os declarou santos.
[editar] Ver também
- Roque Gonzales (Cidade e município)
- Companhia de Jesus (Jesuitas)
- Guarani (Povo Guarani)
- Língua guarani (pertencente ao tronco lingüístico Línguas tupi-guaranis)
- São Miguel das Missões (a maior das ruinas de templos jesuíticos)
- Lista de todos os santos
- Lista de santos brasileiros
[editar] Ligações externas
- Os Olhos do Pe. Roque por Nelson Hoffmann
- Terra de Nheçu (ver no final da página) por Nelson Hoffmann.