Roberto Rivellino
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Roberto Rivellino (São Paulo, 1 de janeiro de 1946) é um ex-futebolista brasileiro. Jogou de meados dos anos sessenta ao fim dos anos setenta, principalmente pelo Sport Club Corinthians Paulista, seu clube de coração.
Atuou em importantes clubes do Brasil, como Corinthians e Fluminense. Foi titular da Seleção Brasileira tricampeã mundial na Copa de 70, no México. Começou sua carreira nas categorias de base do Corinthians, jogando no time profissional de 1965 a 1975, e então se transferiu para o Fluminense, onde jogou apenas tres temporadas.
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[editar] No Corinthians
Jogando pelo Corinthians, foi ídolo, sagrando-se algumas vezes campeão: foi campeão do Torneio Rio-São Paulo de 1966; do Torneio do Povo de 1971; e da Taça Laudo Natel de 1973, todos torneios importantes para época.
Embora estivesse no auge de sua capacidade técnica, jogando um futebol jamais visto, Rivellino foi muito cobrado pela escassez de títulos e também porque o Corinthians enfrentava o maior jejum de títulos oficiais de sua história: o clube paulista não conquistava um título desde 1954. Rivellino não foi capaz de devolver a alegria à torcida, pois os rivais encontravam-se em grande fase: o Santos tinha Pelé; o Palmeiras tinha Ademir da Guia; e o São Paulo tinha Toninho Guerreiro e o uruguaio Pedro Rocha. Mesmo a Portuguesa contava com grandes craques, como o famoso Ivair, o príncipe. Sem falar ainda dos célebres times do interior: a Ferroviaria de 1959 e 1963, que tinha Dudu. A Ponte Preta de 1970, que contava com Dicá. E o famoso Juventus da Moóca, o moleque travesso, que sempre conseguia vitórias sobre o Corinthians, tornando-se uma espécie de asa negra do clube do Parque São Jorge.
Rivellino acabou saindo, para infelicidade da maioria dos corintianos, que o amavam, desgastado após a perda do título do Campeonato Paulista de 1974 para o Palmeiras. Após empatar o primeiro jogo por 1 a 1, o Corinthians só precisava de uma vitória simples para garantir o tão sonhado título. Porém, foi derrotado por 1x0. Também teria causado estranheza ao atuar o jogo todo mais como um defensor do que atacante, sendo completamente anulado pelo zagueiro Luís Pereira.
[editar] Seleção Brasileira
Na Copa do Mundo de 1970, Rivellino, ainda atuando pelo Corinthians, foi um dos destaques da Seleção Brasileira tricampeã do mundo no México em 1970, seleção esta que é tida por muitos como o melhor time de futebol já formado no mundo. Nessa época, Rivellino angariou um grande número de fãs internacionais, sendo talvez o mais famoso deles o argentino Diego Maradona, que o tinha como ídolo e exemplo em sua infância. Diego se entusiasmara pelas jogadas com a perna esquerda, já que Rivellino era canhoto como ele. Também gostava da sua postura rebelde dentro de campo, sempre de cabelos longos, gesticulando e incentivando seus companheiros. Depois da Copa de 1970, Rivellino ainda seria campeão pela Seleção Brasileira do Torneio da Minicopa, disputado no Brasil em 1972. Na Copa do Mundo de 1974, apesar de continuar se destacando e marcando belos gols, como o que fez contra a Alemanha Oriental ao cobrar uma falta extremamente precisa, mandando a bola numa brecha da barreira aberta por Jairzinho que se abaixou na hora certa, seria prejudicado pela fraca campanha da equipe.
[editar] No Fluminense
Estreou com a camisa tricolor em 1975, justamente contra o Corinthians. Resultado final: Flu 4x1 Corinthians, com três gols de Rivellino.
Fez parte da chamada "Máquina Tricolor", time do Fluminense que foi bicampeão estadual (75/76) e por duas vezes semifinalista do campeonato brasileiro. Marcou 53 gols nos 158 jogos que disputou pelo clube. Convocado novamente para a Seleção, participou de três partidas na Copa de 1978, sem marcar gols. Nesse ano, acertou sua transferência para o Helal, da Arábia Saudita, onde foi campeão da Copa do Rei e bicampeão nacional. Desavenças com o príncipe Kaled fizeram com que Rivelino encerrasse sua carreira mais cedo, em 1981, aos 35 anos.
[editar] Jogadas famosas
Rivellino teria começado seu futebol jogando em quadras, na modalidade conhecida por Futsal. Graças a essa origem, desenvolveu uma série de jogadas curtas com a perna esquerda que viriam a fazer grande sucesso nas categorias de base do Corinthians, mais tarde no time principal.É tido como o inventor do drible "elástico", que consiste em fazer um movimento de vai-e-vem com a bola usando o mesmo pé. Mas o próprio Rivellino já disse, por diversas vezes, que copiou o drible de um colega do futsal, de origem japonesa.
Excelente cobrador de faltas, chamava a atenção pelos potentes tiros desferidos com a perna esquerda. Na Copa do Mundo de 1970, o primeiro gol da seleção brasileira foi feito por ele, fulminando o goleiro da Tchecoslováquia quando da cobrança de uma falta.
[editar] Apelidos
- Reizinho do Parque, dado pelo jornalista esportivo Antônio Guzmán na década de 60, em sua época majestosa de Corinthians;
- Patada Atômica, chamado assim pelos mexicanos quando da campanha da Seleção Brasileira na Copa de 70, por seus potentes chutes de canhota. Outros dizem que esse apelido foi dado pelo locutor Waldyr Amaral, durante a Copa do Mundo de 1970;
- Bigode: chamado assim pelos colegas futebolistas. Quando jogador, tinha 1,72 m e 68 Kg e atraía muito a atenção seu bigode, que começou a usar a partir de 1971 e que o manteve até então.
- Riva: Utilizado carinhosamente por torcedores, o apelido é uma abreviação do seu sobrenome.
[editar] Recentes atividades
No futebol da Arábia Rivellino continuou a ser destaque. Porém, ao desejar voltar para o Brasil, não conseguiu que seu passe fosse liberado. Mesmo os esforços do São Paulo, clube em que chegou a treinar, não foram suficientes para que ele regularizasse sua situação. Teve que encerrar a carreira, mesmo se sentindo em condições de continuar jogando.
Depois de parar de jogar futebol profissional, Rivellino tornou-se comentarista esportivo de televisão, contratado por Luciano do Valle. Participou da Seleção Brasileira de Masters, projeto de Luciano e que reuniu um time com jogadores veteranos: além de Rivelino, participaram Edu e Dario, os três mais frequentes jogadores. Pelé e Gerson chegaram a disputar alguns torneios promocionais.
Em 2003 voltou para o Corinthians, seu clube de coração, desta vez, como diretor técnico. Ficou por pouco tempo, dadas as dificuldades e pressões de se dirigir um grande clube no Brasil.