Reino da Escócia
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Lema real: Nemo me impune lacessit (Do latim: Ninguém me fere impunemente) |
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Idioma | gaélico, scots e inglês | ||||
Capital | Edimburgo | ||||
Formação | Século VII? | ||||
Sucessor | Reino da Grã-Bretanha | ||||
Sistema de Governo | Monarquia | ||||
Gentílico | Escocês |
O Reino da Escócia foi um Estado localizado no Oeste Europeu, no norte da ilha da Grã-Bretanha - onde hoje está a Escócia. Existiu entre aproximandamente 843 até o Ato de União de 1707 quando foi unido ao Reino da Inglaterra (927-1707) para formar o Reino da Grã-Bretanha (1707-1800). Sua população em 1700 era de aproximadamente 1,1 milhões de habitantes.
A coroa da Escócia tem uma longa e complexa história. Desde distintos governos autônomos (clãs), até o nascimento de um único Rei para toda a nação que emergiu ao redor do Século XII para reinar a maior parte do que hoje se conhece como Escócia.
O século XIII foi duro e difícil para a coroa da Escócia já que tinha complicadas lutas para manter sua independência do Reino da Inglaterra, muito maior e mais populoso. Essa luta se alargaria no tempo, com episódios como o de William Wallace (recriado no filme "Braveheart"), e não seria até o reinado de Robert Bruce quando alcançariam a tranquilidade, depois de derrotar as forças inglesas do Rei Eduardo II na Batalha de Bannockburn no ano 1314.
Em 1603 o Rei Escocês Jaime VI ascende à coroa da Inglaterra, a união das coroas foi seguida pela união dos parlamentos no ano de 1707.
Índice |
[editar] Consolidação do Reino (1058-1286)
A unificação do reino escocês foi a principal realização dos descendentes de Malcolm II Canmore e sua esposa Margaret da Escócia (posteriormente canonizada). Essa dinastia ocupou o trono até a morte de Alexandre III em 1286. O casamento entre membros das dinastias inglesa e escocesa estreitou os laços entre os dois reinos. Muitas instituições escocesas foram criadas segundo o modelo inglês e várias famílias normandas da Inglaterra estabeleceram-se a partir de então na Escócia. Por volta de 1266 a dinastia Canmore exercia o controle de toda a Escócia; mas, na parte central das Highlands e nas áreas cedidas pelos nórdicos, esse controle era ainda apenas nominal.
O contato com a Inglaterra e com o continente propiciou o desenvolvimento do comércio e a formação dos burgos. Os mais antigos burgos da Escócia foram Edimburgo, Stirling, Berwick e Rexburgo, mas outros surgiram, de modo que no século XIII já constituíam uma rede na região das Terras Baixas.
[editar] Guerras da independência
A morte de Alexandre III em 1286 tornou imediato o problema pendente há dois séculos sobre as relações entre a coroa escocesa e a inglesa. Como os dois únicos herdeiros de Alexandre haviam morrido, surgiram disputas entre descendentes mais afastados dos reis escoceses. Por influência de Eduardo I da Inglaterra, venceu afinal John Balliol (reinado 1292-96), que, não resistindo às exigências do rei inglês, encontrou a oposição dos barões escoceses, que se aliaram a Filipe IV da França. Eduardo I invadiu a Escócia em 1296, encontrando severa resistência. Em 1306, Robert Bruce, um dos pretendentes ao trono escocês, revoltou-se contra o domínio da Inglaterra e fez-se coroar rei em Scone. Eduardo II, filho de Eduardo I, não foi capaz de levar avante a guerra mantida por seu pai, e, por volta de 1314, quase todos os castelos ingleses da Escócia haviam sido conquistados pelas forças de Bruce. Mas a Inglaterra só reconheceu o trono escocês em 1328.
Bruce faleceu em 1329, e o primeiro rei escocês a ser ungido e coroado foi seu filho, David II (1329-71). Edward de Balliol, filho de John de Balliol, conseguiu, após várias lutas, apossar-se do trono, com o auxílio da Inglaterra, que recebeu em troca grande parte do sul da Escócia. A resistência prosseguiu no norte e no oeste até que os escoceses conseguiram reaver a maior parte de seu território. Mas a contínua e prolongada guerra contra os ingleses desorganizou a economia e enfraqueceu a autoridade do rei, fortalecendo os barões, que recebiam grandes concessões territoriais para apoiar a coroa escocesa. Uma instituição política beneficiou-se, porém, desse período conturbado: o parlamento. Necessitando levantar dinheiro para as lutas, os reis por várias vezes reuniram assembléias de nobres e representantes dos diversos burgos.
[editar] Fortalecimento da Monarquia
No século XV, os reis escoceses procuraram restaurar sua autoridade. Jaime I da Escócia (1394-1437), ao voltar da Inglaterra, onde estivera cativo durante 18 anos, neutralizou a influência dos Stewart, duques de Albany, que haviam exercido a regência do trono em sua ausência. Seu sucessor, Jaime II (1437-60), destruiu, por sua vez, o poderio dos Douglas. Jaime III (1460-88) estendeu o controle efetivo da coroa aos territórios do norte e do oeste ao reprimir uma rebelião (1475) liderada por John MacDonald, Conde de Ross; ganhou também as ilhas Órcades e Shetland, ainda sob controle nórdico. Jaime IV (1488-1513) consolidou o poder real naquelas ilhas e nas Hébridas, mas faleceu na batalha de Flodden (1513), quando auxiliava a França na luta contra a Inglaterra.
Após um período conturbado durante a minoridade de Jaime V (1513-42), este assumiu o poder e continuou com a política de aliança com os franceses. Henrique VIII da Inglaterra invade então a Escócia e a armada escocesa é derrotada na batalha de Solway Moss (1542). Jaime V morre no mês seguinte, uma semana antes do nascimento de sua única herdeira, Maria Stuart. As disputas com a Inglaterra prosseguiram durante a regência do conde de Arran, que entrou em acordo com os franceses para a realização do casamento de Maria com Francisco (mais tarde Francisco II de França), herdeiro do trono francês (1558).
[editar] União das duas coroas
Jaime VI, filho de Maria Stuart, ascendeu ao trono inglês, como Jaime I, em 1603. Carlos I (1625-49), tentando uniformizar o governo e o culto religioso da Escócia com a Igreja da Inglaterra, provocou distúrbios. A convocação nacional, protestando contra as inovações eclesiásticas, foi assinada em 1638 e, no mesmo ano, uma assembléia-geral aboliu o episcopado. Em agosto de 1642 irrompeu a luta entre Carlos I e seus oponentes ingleses. Ambas as partes procuravam obter o apoio dos escoceses, que resolveram ajudar a oposição parlamentar inglesa, em troca de um acordo pela unidade religiosa com base no presbiterianismo. Os realistas foram derrotados na Inglaterra e na Escócia, e Carlos I rendeu-se aos escoceses em 1646. Não chegando a um acordo com o rei, os escoceses devolveram-no à Inglaterra. O exército inglês, sob a direção de Oliver Cromwell, tornara-se a maior força política do reino, preferindo a independência religiosa ao presbiterianismo. Convencionais conservadores conseguiram obter do rei um compromisso de estabelecimento do presbiterianismo nos dois reinos por três anos, e foram à luta em defesa do rei, sendo esmagados em Preston em 1648. No ano seguinte, Carlos I foi executado (1649). Em 1651 toda a Escócia estava em poder de Cromwell, que adotou uma política justa em relação à religião conquistada, mas não ganhou a simpatia dos escoceses, descontentes com os pesados impostos.
[editar] Ver também
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