Pleonasmo
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Figuras de linguagem da Língua Portuguesa | |
---|---|
Figuras semânticas |
Figuras sintáticas |
Pleonasmo pode ser tanto uma figura de linguagem quanto um vício de linguagem. O pleonasmo é uma redundância (proposital ou não) em uma expressão, enfatizando-a.
Índice |
[editar] Pleonasmo literário
Também denominado pleonasmo de reforço ou estilístico, trata-se do uso do pleonasmo como figura de linguagem para enfatizar algo em um texto. Grandes autores usam muito deste recurso. Nos seus textos os pleonasmos não são considerados vícios de linguagem, e sim pleonasmos literários.
[editar] Pleonasmo vicioso
Trata-se da repetição inútil e desnecessária de algum termo ou idéia na frase. Esse não é uma figura de linguagem, e sim um vício (defeito) de linguagem.
[editar] Exemplos
[editar] Pleonasmos viciosos
- Subir para cima - Se está subindo, logo, é para cima.
- Cursar um curso - Se está cursando, logo , é um curso.
- Hemorragia de sangue - A hemorragia já trata de derramamento de sangue para fora dos vasos.
- Almirante da Marinha - só existe essa patente na Marinha
[editar] Outros exemplos de uso comum
- a razão é porque
- a seu critério pessoal
- a última versão definitiva
- abertura inaugural
- acabamento final
- amanhecer o dia
- certeza absoluta
[editar] Pleonasmos literários
"Iam vinte anos desde aquele dia
Quando com os olhos eu quis ver de perto
Quanto em visão com os da saudade via."
(Alberto de Oliveira)
"Morrerás morte vil na mão de um forte."
(Gonçalves Dias)
"Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal"
(Fernando Pessoa)
"O cadáver de um defunto morto que já faleceu"
(Roberto Gómez Bolaños)
"E rir meu riso"
(Vinícius de Moraes)
"Magoar-te a ti"
(Gimão Macarrão)
[editar] Pleonasmo musical
"Eu nasci, há dez mil anos atrás"
(Raul Seixas)