Palácio Cruz e Sousa
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O Palácio Cruz e Sousa está localizado no centro histórico da capital, defronte à principal praça de Florianópolis, a Praça XV, e foi o antigo Palácio do Governo.
Nele nasceram figuras ilustres, como por exemplo o historiador Afonso d'Escragnolle Taunay, filho do Visconde de Taunay, ex-presidente da província (1876 — 1877), e o ex-governador Aderbal Ramos da Silva (1947 — 1951). Além dos bailes ali realizados e outras solenidades, o palácio recebeu visitas ilustres, como D. Pedro I (1826) e D. Pedro II (1845 e 1865).
O palácio foi palco de episódio dramático em função da Revolução Federalista, quando, em 1891, foi tomado de assalto por revolucionários que se colocaram contra a política de Floriano Peixoto em Santa Catarina, o vice-presidente em exercício na época.
Entre 1894 e 1898, no governo de Hercílio Luz, o prédio foi reformado, perdendo, a partir de então, as características coloniais originais e assumindo linguagem eclética, repleta de elementos decorativos.
Dez estátuas alegóricas esculpidas pelo artista italiano Gabriel Sielva ornamentam a parte externa do prédio, coroando as platibandas. Entre elas, a padroeira do estado, Santa Catarina; a ninfa evocativa dos mares, Anfitrite; e o deus mitológico Mercúrio, compondo com duas barricas, alegoria alusiva ao comércio e à indústria catarinenses, respectivamente, sendo o último localizado no alto da fachada lateral, à direita. Os ladrilhos da calçada à frente do palácio foram importados e assentados no ano de 1910.
Dentro do palácio destaca-se a majestosa escadaria, com sua balaustrada e balcões em mármore de Carrara, peças trabalhadas na Itália. Estátuas em bronze de cavaleiros medievais e um belo vitral art-nouveau enriquecem a decoração.
O palácio, tombado pelo estado e pelo município, deixou de sediar o gabinete do governador do estado em 1984. Funciona como museu desde 1986. Foi restaurado em 1977 e em 1984. Em 1979 passou a ser denominado Palácio Cruz e Sousa, em homenagem ao grande poeta catarinense.
Na sala Martinho de Haro ocorrem lançamentos e exposições sobre arte e história.
O antigo palácio também abriga o centenário Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina.