Países Baixos (região)
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História dos Países Baixos (região) | |||
Países Baixos Burgúndios 1384–1477 |
Bispado de Liège 985–1795 |
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Dezessete Províncias 1477–1556 |
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Países Baixos Espanhóis 1556–1581 |
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República das Sete Províncias Unidas dos Países Baixos 1581–1795 |
Países Baixos do Sul 1581-1713 |
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Países Baixos Austríacos 1713–1794 Estados Unidos da Bélgica |
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República Batava 1795–1806 |
Primeira República Francesa 1795–1805 |
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Reino da Holanda 1806–1810 |
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Primeiro Império Francês 1805–1815 |
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Reino Unido dos Países Baixos 1815–1830 |
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Países Baixos |
Grão Ducado de Luxemburgo |
Bélgica |
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Os Países Baixos, a região histórica de de Nederlanden, são os países das terras baixas que ocupam o delta dos rios Reno, Escalda e Mosa. O termo não é comum no contexto moderno porque a região não corresponde exatamente com os estados soberanos da Bélgica, Países Baixos e Luxemburgo, para os quais um termo alternativo foi aplicado, Benelux, após a Segunda Guerra Mundial.
Antes da formação dos países da Idade Moderna, os Países Baixos se referiam a uma ampla área do norte da Europa se estendendo aproximadamente de Dunquerque como ponto mais a sudoeste até a região de Schleswig-Holstein como limite a nordeste, do estuário do Escalda ao sul até a Frísia no norte. Os Países Baixos foram o cenário das primeiras cidades setentrionais, contruídas a partir do desenvolvimento de antigos centros, que marcaram o novo despertar da Europa no século XII.
Um conjunto de várias regiões em vez de uma região homogênea, mas todas dividindo um grande número de similaridades.
- A maior parte eram regiões limitadas pelo Mar do Norte ou pelo Canal da Mancha. Os países que não tinham acesso ao mar eram ligados política e economicamente ligados aos que tinham como forma de união entre o litoral e o interior. Uma descrição poética também chama a região de "os Países Baixos do Mar".
- A maioria falava neerlandês médio dentre as formas de holandês que se desenvolveriam. No entanto, algumas regiões, como o Bispado de Liège ou Flandres ao redor de Cambrai, Lille, Mons e Namur, onde a língua francesa era dominante, são muitas vezes consideradas também como parte dos Países Baixos.
- A maioria deles dependia de um senhor ou conde apenas nominalmente, com as cidades efetivamente sendo governadas por corporações e conselhos e embora na teoria parte de um reino, sua interação com seus governantes era regulada por um conjunto rígido de liberdades descrevendo o que o reino poderia ou não esperar deles.
- Todos eles dependiam do comércio e da manufatura e encorajavam o livre fluxo de bens e especialistas.
De particular importância para as cidades era a manufatura e comércio de tecidos feitos de lã, a primeira indústria européia. As cidades que cresceram ao redor desse comércio incluíam Liège, Leuven, Mechelen, Antuérpia, Bruxelas, Ypres, Gante e Utrecht, utilizando uma lista compilada por Henri Pirenne.
Em 1477 as propriedades burgúndias na região, os Países Baixos burgúndios passaram através da herdeira Maria da Borgonha para os Habsburgos. No século seguinte os Países Baixos correspondiam aproximadamente às Dezessete Províncias cobertas pela Sanção Pragmática de 1549 do imperador do Sacro Império Carlos V, que liberou as províncias de suas arcaicas obrigações feudais. Depois que as Dezessete Províncias declararam sua independência da Espanha dos Habsburgos, as províncias dos Países Baixos Meridionais foram recapturadas (1581), e às vezes são chamadas de Países Baixos espanhóis.
Em 1713, após o Tratado de Utrecht seguiu-se a Guerra da Sucessão Espanhola, que levou a Espanha a ceder os Países Baixos espanhóis à Áustria, passando então a região a ser chamada de Países Baixos austríacos. O Reino Unido dos Países Baixos (1815-1830) uniu temporariamente os Países Baixos novamente.
Em português, a forma plural Países Baixos é usada atualmente para designar o país (no Brasil e em Portugal usa-se mais o termo Holanda), mas em neerlandês o plural foi abandonado, com o agradável efeito que se pode distinguir o atual país da antiga região. Então Nederland (singular) é a forma usada para denominar o país moderno e de Nerderlanden (plural) para os domínios de Carlos V.
[editar] Bibliografia
- Paul Arblaster. A History of the Low Countries. Palgrave Essential Histories Series New York: Palgrave Macmillan, 2006. 298 pp. ISBN 1-4039-4828-3.
- J. C. H. Blom and E. Lamberts, eds. History of the Low Countries (1999)
- B. A. Cook. Belgium: A History (2002)
- Jonathan Israel. The Dutch Republic: Its Rise, Greatness, and Fall 1477-1806 (1995)
- J. A. Kossmann-Putto and E. H. Kossmann. The Low Countries: History of the Northern and Southern Netherlands (1987)