Macrino
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Marcus Opellius Macrinus (n. por volta de 165 DC, em Cesaréia na Mauretânia - m. junho de 218 , na Capadócia) foi imperador romano por catorze meses entre 217 and 218. Proclamou-se imperador após assassinar Caracala durante a campanha contra os partos, junto aos quais comprou uma paz pouco honrosa.
[editar] Biografia
Natural da Mauretânia, Macrino era um advogado eminente, o que lhe garantiu o cargo de Prefeito do Pretório de Carcala, um cargo originalmente ligado ao comando da guarda pessoal do imperador mas que na época tinha responsabilidades cada vez mais administrativas e judiciárias - a partir de Tigide Perene, prefeito e favorito de Cômodo, que havia transformado o cargo de prefeito numa espécie de "vice" do imperador. Macrino era, assim, um membro da série de grandes juristas que haviam ascendido à prefeitura do pretório nos reinados de Septímio Severo e Caracala, como Plauciano e Papiniano. Como prefeito, Macrino pertencia à ordem equestre - condição tida por mais ou menos obrigatória para exercer o cargo, que, pelo poder que trazia, não podia ser entregue senão a um funcionário dependente do imperador - e portanto não pretencia ao Senado, tendo sido o primeiro imperador romano que chegou ao poder sem haver exercido qualquer magistratura prévia. Este fato tornava sua legitimidade, em princípio, duvidosa, e Macrino - que negligenciou retornar a Roma, governando de Antióquia na Síria - tornou-se impopular entre a plebe romana, que em 14 de setembro de 217, segundo Dião Cássio (História Romana, Livro 79,20) vaiou uma tentativa dos senadores e da ordem eqüestre de "puxarem" aclamações para a nova família imperial durante as corridas no Circo Máximo, oferecidas em homenagem ao aniversário do filho do imperador, Diadumeniano, que havia sido associado por seu pai ao império. Pra piorar, Macrino agravou sua situação, que já era instável, ao tentar reduzir os gastos em soldos militares (aumentados por Caracala) oferecendo um soldo menor para recrutas do que para veteranos.
Esta instabilidade permitiu que os membros sobreviventes da dinastia de Séptimo Severo organizassem uma reação: a aristocrata síria Julia Soaemias, sobrinha de Julia Domna, mãe de Caracala, aproveitou-se da situação para proclamar como candidato ao trono seu filho com Sexto Vário Marcelo, um antigo cônsul e governador da Ásia. O candidato em questão era o sacerdote do deus solar da cidade de Emesa, Ávito Bassiano, o qual foi apresentado na ocasião como filho bastardo de Caracala, e um golpe militar vitimou tanto Macrino quanto Diadumenianus, ambos tendo sido assassinados enquanto tentavam fugir, após a derrota militar de junho de 218, na qual Bassiano foi empossado como imperador, sendo mais conhecido pelo nome de Heliogábalo.
[editar] Referências
Christol, M. & Nony, D. - Rome et son Empire, Paris, Hachette, 2003.
Macmullen, Ramsay-Le Déclin de Rome et la Corruption du Pouvoir, Paris, Les Belles Lettres, 1991.
Precedido por Caracala |
Imperador Romano 217 - 218 |
Sucedido por Heliogábalo |