Discussão:História de Portugal
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Este artigo tinha pequenos erros, que tentei emendar com as minhas edições.
- No século III a.C., aproximadamente, a Península Ibérica foi anexada ao Império Romano como província Hispânia, - no século III a.C. ainda não existia o Império Romano; foi mais tarde, no século I a.C., que Roma se transformou em império.
- A partir do século VIII toda a Península foi invadida pelos Mouros - eu hesitaria em usar a palavra mouros no século VIII. Esta palavra surge mais tarde e nos documentos dos cristãos como forma de se referirem aos muçulmanos. Por outro lado, dizia-se ali que o emirado era uma província, o que não é verdade. O Al-Andalus foi província entre 711 e 756, ano em que surgiu o emirado independente. Eu também hesitaria em dar muita relevância à palavra "invasão", já que os árabes e os berberes vieram aqui parar porque foram convidados por inimigos internos do reino visigodo, nem sequer foi aprovado pelos omíadas a entrada na península.
Achei estranho que o texto não falasse na Revolução Liberal de 1820, pelo que acrescentei algo sobre isto. Também desenvolvi a parte sobre o Estado Novo e o 25 de Abril. Por motivos de economia de espaço se calhar era melhor colocar Descobertas e Império Português na mesma secção. Penso que este texto ainda poderia olhar um pouco para a entrada de Portugal na C.E.E e para a história recente do país. Sugeria também que se mudasse "O Princípio" para Pré-história e Proto-história de Portugal. Vou procurar trabalhar neste artigo, ainda se pode falar sobre a política económica do Marquês de Pombal, por exemplo. A Wikipédia pode ter 100 mil artigos, mas ainda não tem um artigo completo sobre a História de Portugal - isto tem que ser resolvido rapidamente... --JLCA 14:00, 5 Fevereiro 2006 (UTC)
- Isto é que é verdade. Até temos alguns artigos satélites com alguma qualidade, mas o principal está uma miséria :( -- Nuno Tavares ✉ 14:21, 5 Fevereiro 2006 (UTC)
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- Não tirando razão ao que o JLCA disse, lanço algumas achas para a fogueira. Percebo o que ele quer dizer quando diz que no século III a.C. ainda não havia o Império Romano. Politicamente falando, o que havia era a República Romana. Mas nem por isso deixava de ser um «Estado» (avant la letre, bem entendido) expansionista, e por conseguinte imperial (no sentido que hoje damos ao termo império e ao correlato imperialismo) - ou seja, a partir do momento em que Roma inicia a sua expansão para fora do Lácio, começa a construir um império, ainda que as suas magistraturas sejam republicanas, e não as ditas «imperiais». E, tecnicamente, o que sucedeu à República Romana, a partir de 27 a.C., não foi o Império Romano (chefiado por um imperador), mas sim o Principado (dirigido pelo Princeps, Augusto, e seus sucessores) - imperator era somente o título usado enquanto chefe militar, e que ficou reservado somente para o Princeps, e imperium, o poder de que o Princeps se achava revestido para controlar essas mesmas tropas; acabou por ser o título mais usado pelos imperadores, ao ponto de integrar os seus nomes próprios (ao lado de outros títulos, como César e Augusto), e daí que nós, historiadores modernos, lhes chamemos, por comodidade, imperadores, e ao Estado que dirigiam, império.
- Quanto à invasão da Península Ibérica por mouros, também concordo que é preferível o termo ocupação; os muçulmanos do Norte de África foram convidados a entrar na Península para ajudar uma das facções em luta pelo poder após a morte do rei Witiza. Quanto aos mouros (etimologicamente, os habitantes da Mauritânia, i.e., do Magrebe), as nossas crónicas medievais referem-se sempre aos muçulmanos, por antonomásia, como mouros, e talvez por isso o nosso hábito ainda de escrever mouros em lugar de muçulmanos. Quem principiou a conquista da Ibéria em 711 eram muçulmanos das mais variadas origens: árabes, iemenitas, omanitas, sírios, egípcios, berberes (mouros); se os mouros haviam sido os mais recentemente islamizados, à data da conquista, é certo também que, pela sua proximidade geográfica, acabaram por ser aqueles que em maior número penetraram na Península, embora os dirigentes do mundo muçulmano peninsular tivessem uma origem oriental (é, aliás, por a Península ser um cadinho de «raças» que houve tantas revoltas durante o domínio Omíada e se formaram tantas taifas após a queda do Califado de Córdova, reflectindo precisamente as «nações» originais dos vários muçulmanos que habitavam a Península. Assim sendo, será preferível escrever que os muçulmanos iniciaram um processo de ocupação e conquista da P.I. a partir de 711, contando-se no número dos invasores um largo leque de povos islamizados, de entre os quais se destaca, pela força demográfica, os mouros berberes, e em menor escala árabes e iemenitas, os quais, não obstante, se tornariam a força dirigente do Al-Andaluz na sua primeira fase. Em função do exposto, seria bom também desfazer o redirect de mouros para Islão, pois não tem nada a ver uma coisa com a outra.
- Mesmo o conceito de invasões bárbaras também devia dar lugar a algo correlato ao termo germânico Völkervanderung - migrações dos povos germanos. Estamos sempre a falar de invasões quando o termo tem conotações que não são próprias para a época em causa. --André 15:05, 5 Fevereiro 2006 (UTC)
Eu voltei a mudar uma parte que diz que os romanos foram um dos povos que mais contribuiram para a genética dos portugueses actuais, o que não é bem verdade. Ver esta notícia do DN. [1].
e
E depois a revelação de que, segundo estudos recentemente concluídos, a filiação genética do povo português é predominantemente berbére (do Norte de África) e pouco tem a ver com a genética europeia. [2] --JLCA 17:52, 23 Março 2006 (UTC)
A afirmação acima não está correta, segundo o artigo "Demographics of Portugal", da Wikipédia em Inglês:
"Portugal is a fairly homogeneous country linguistically and religiously. Ethnically, the Portuguese people are a combination of several ethnicities: pre-Roman Iberian and Celtic tribes with Romans and Germanic tribes. Moors became a reduced influence, as essentially they were expelled during the Reconquista. Jews comprised 10% of the population in the 16th Century until they were forced to move abroad or convert to Catholicism." Scheridon 02:46, 30 Abril 2006 (UTC)
Talvez seja a Wikipédia em inglês que esteja incorrecta. Estas afirmações são retiradas de estudos recentes como mostram os links. --JLCA 08:43, 30 Abril 2006 (UTC)
Eu entrei em no link acima, e a matéria publicada por ele sugere que a genética portuguesa seja parcialmente berbere, e não predominantemente, como está dito acima. Scheridon 12:32, 30 Abril 2006 (UTC)
Onde se dizia que a genética portuguesa é predominantemente berbere era na página do Instituto Camões; entretanto há um problema com o link. Mas o que interessa é o que diz o texto do artigo. A minha questão era a menção no texto de que os Romanos tinham sido um dos povos que mais contribuiram para a genética dos portugueses actuais, o que à luz destes estudos mais recentes não é bem verdade. Temos também que ver que hoje em dia há pessoas negras em Portugal, nascidas aqui, que não tem nenhuma ligação com Romanos. --JLCA 12:48, 30 Abril 2006 (UTC)
Eu alterei onde dizia que portugal passou a pertencer a espanha sob a forma de uma união iberica.... pois isso não é verdade... Portugal nunca na historia pertenceu a espanha... o que se passou foi 2 reinos que eram partilhados pelo mesmo rei, em Espanha era rei filipe II e em portugal tinha onome de Rei filipe I.... Se possivel, debrucem mais sobrre esse assunto.... mas tenham a atenção a esse pormenor! Alc
Acrescentei alguns acontecimentos à história do nascimento de Portugal... --Wikicurious 01:35, 25 Setembro 2006 (UTC)
Você fez uma proposta de fusão que não faz muito sentido, não há necessidade de fusão ali. --JLCA 11:21, 26 Setembro 2006 (UTC)
Este artigo contém alguma informação útil, mas também coisas inacreditáveis. Por exemplo, o título "Possessão do Império Romano", que é um óbvio anacronismo - os romanos não tinham possessões...
Outro exemplo: A Reconquista pelos Visigodos... coisa espantosa...
Outro ainda: a abdicação do Rei D. Manuel II "a favor da República". D. Manuel II, que se exilou em Inglaterra após a Revolução do 5 de Outubro, nunca abdicou do trono. A República Portuguesa também não precisava disso.
Este tipo de imprecisões prejudicam a qualidade da Wikipédia lusófona. É preciso estudar - e muito - antes de escrever qualquer coisa. José Neves Vaz]JNV 12.06.2008]