Garibaldi
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Município de Garibaldi | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
"Capital do espumante" | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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Garibaldi é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Sul. Localiza-se a uma latitude 29º15'22" sul e a uma longitude 51º32'01" oeste, estando a uma altitude de 617 metros. Sua população estimada em 2004 era de 28.714 habitantes.
[editar] História
Garibaldi guarda em sua arquitetura antiga, nas igrejas que representam o centro dos povoados, nos capitéis de beira de estradas do interior, pedaços de história de sua origem e seu povoamento. Privilegiada em belezas naturais, localiza-se na região denominada de Parte Superior do Nordeste (também chamada Parte Superior da Encosta da Serra), no Rio Grande do Sul.
Surge, em 1870, a Colônia Conde d'Eu, em homenagem ao genro do imperador, casado com a Princesa Isabel.
O Imigrante chegava ao Rio de Janeiro e era confinado na Ilha das Flores, e seguia viagem ao Sul em vapores de precárias condições. Chegando em Porto Alegre, eram encaminhados para alojamentos superlotados, seguindo em barcos até Montenegro. Para chegar em Conde D’Eu, a viagem poderia durar até três dias, através de uma estrada que muitas vezes não permitia a passagem das carroças, fazendo com que as pessoas tivessem que carregar suas bagagens, utensílios e alimentos nas costas por longos trechos.
Entre julho e agosto de 1870, chegaram cerca de 15 famílias prussianas (alemãs), que aqui encontraram alguns portugueses e índios kaingangs. Estes imigrantes recebiam do governo ajuda para construir sua casa e ferramentas para iniciar a lavoura. Viviam da troca de víveres e tarefas diversas, sendo que o trabalho em construção de estradas era remunerado pelo governo, porém o pagamento demorava muito a chegar aos trabalhadores.
Em 1874, com a abertura de uma picada em Figueira de Mello, houve um aumento do fluxo de imigrantes. E iniciou a vinda dos imigrantes italianos, provenientes em sua maioria do Norte da Itália.
Os colonos tiveram que mover guerra contra as feras e animais selvagens: pumas, onças, jaguares, antas, graxains, cobras venenosas, entre outras. Fizeram a derrubada das matas, construíram suas casas primeiramente em madeira e depois em alvenaria; organizaram ricas e amplas lavouras de trigo, milho, cevada e aveia, além da videira.
Procuravam se agrupar nas práticas religiosas, erguendo capelas, onde se encontravam para rezar, conviver, celebrar e esquecer da saudade da pátria longínqua.
Com o progresso da colônia, começou o processo de emancipação. Em 12 de Abril de 1884, a Colônia Conde D’Eu foi elevada à categoria de freguesia de São Pedro. Em 31 de outubro de 1900, a freguesia se emancipou e foi batizada com o nome de Garibaldi, em homenagem ao herói farroupilha Giuseppe Garibaldi.
Considera-se a enorme importância no desenvolvimento e história de Garibaldi a chegada das famílias sírias: Koff, Nehme, Mereb, Lahude e Nejar, que desenvolveram o centro desta cidade com suas grandes casas comerciais.
O Tropeirismo também teve importância fundamental no desenvolvimento de Garibaldi, pois uma das principais rotas birivas do Rio Grande do Sul foi a Estrada Buarque de Macedo, que ligava Lagoa Vermelha a Montenegro. Grandes casas comerciais e hotéis se desenvolveram ao largo desta estrada, com paradouro também para os animais, bem como a criação da Alfândega (que denomina hoje o bairro onde estava localizada), onde eram fiscalizados as tropas ou os produtos comercializados. Muitos tropeiros já eram recebidos aqui como membros da família, e se habituaram ao modo de vida dos colonos, acabando por fazer de Garibaldi não só seu ponto de passagem, mas também sua moradia, como Manoel da Silva, Hermenegildo Bento de Almeida Mascarenhas, Manuel Carlos de Mello, Tertuliano Varella, Silvério Araújo, e Custódio Nunes.
Os habitantes de Garibaldi, em quase sua totalidade de raízes européias, mantiveram a tradição de trabalho que herdaram; com isso conseguiram elevar o município no cenário nacional como um dos melhores em qualidade de vida no Brasil.
[editar] Economia
Sua colonização foi feita por uma mistura de etnias européias, mas, apesar da diversificação, a cultura italiana predomina. É a terra do espumante. As vinícolas são as maiores atrações: 80% do espumante e 60% do vinho nacional são fabricadas na região de Garibaldi e Bento Gonçalves. Vinícolas como M. Chandon, Georges Aubert, Peterlongo dentre outros permitem a visitação e degustação.
Contrastando com a sofisticação do espumante, Garibaldi é o maior produtor de frango do Rio Grande do Sul e segundo do Brasil. Conheça prédios históricos como o da Biblioteca Pública, à Rua Buarque de Macedo, que é a parte mais antiga da cidade, assim como a Piccola Garibaldi - réplica da cidade no início do século. Para gastar o o excesso de borbulhante, você pode fazer passeios ecológicos de jipe entre parreiras e mata nativa.
Referências
- ↑ Estimativas - Contagem da População 2007. IBGE. Página visitada em 14 de Novembro de 2007.