Erika Mann
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Erika Julia Hedwig Mann (9 de Novembro de 1905 - 27 de Agosto de 1969) foi uma produtora de teatro, dramaturga, jornalista e actriz alemã.
Era filha do escritor Thomas Mann e de Kathia Mann. Conhecida pelo seu cabaré humoristico anti-fascista e foi casada por algum tempo com o actor alemão Gustaf Gründgens. Ela desempenhou o papel principal no filme lésbico clássico Mädchen in Uniform (1931, Leontine Sagan).
A sua companhia de teatro "die Pfeffermühle", que actuava regularmente em Munique, ridicularizava os nazis e foi muito popular. No entanto, houve desacatos em algumas das suas actuações provocadas pela infiltração de Nazis entre o público.
Erika deixou a Alemanha em 1933, pouco depois da subida ao poder de Adolf Hitler. Para sua surpresa, ela escapara à primeira onda de detenções do início de 1933. Decidiu não arriscar muito mais tempo e fugiu para Zurique, onde seus pais já se encontravam. Por coincidência, eles faziam férias na Suíça quando Hitler chegou ao poder, e desde logo só tiveram de decidir não regressar à Alemanha. Erika Mann trouxe muitos dos manuscritos do pai de Munique para a Suíça, salvando-os da destruição certa às mãos dos Nazis.
Mais tarde, Erika Mann viveu em Inglaterra, onde arranjou um casamento de conveniência com o escritor homossexual W. H. Auden, por forma a poder ficar em Inglaterra. Em 1937 iria viver nos Estados Unidos da América, acompanhando os pais.
Terminada a guerra, Erika Mann esteve presente nos julgamentos de Nuremberga, onde os crimes de guerra nazis foram analisados e uma enorme quantidade de documentação e testemunhos foram reunidos. Erika Mann acompanhou as sessões.
Em 1952, mais uma vez acompanhando os pais, deixa os EUA para se instalar de novo na Suíça, onde faleceu vítima de um tumor cerebral.
[editar] Ver também
- Cultura da Alemanha#Crítica à cultura alemã Citações de Erika Mann sobre a cultura alemã.