Endemismo
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Em biologia (botânica e zoologia e, mesmo medicina), chamam-se de endêmicos quaisquer grupos taxonómicos que se desenvolvam numa região muito restrita, formando endemismos (do grego endémos, ou seja, indígena). Devido a alterações geográficas drásticas, muitas espécies tornam-se por força, endémicas. Por exemplo, devido à deriva continental, as espécies de Madagáscar ou da Austrália são exemplos flagrantes de endemismos. Algumas doenças e pragas, ao serem próprias de determinadas regiões, por decorrerem de factores ecológicos específicos de determinadas regiões, são, também, endémicas.
Podemos classificar os endemismos, principalmente na área da botânica, quanto à sua origem, em: endemismos autóctones, endemismos paleogénicos (ou relíquias) e endemismos neogénicos.
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[editar] Endemismo autóctone
Existe endemismo autóctone quando alguma espécie, por razões de difícil disseminação, fica restrita a uma pequena área geográfica, como acontece com a subespécie Ulex argenteus erinaceus, presente na Península de Sagres.
[editar] Endemismo paleogénico
Ocorrem endemismos paleogénicos quando uma dada espécie, bastante disseminada em épocas remotas, subsiste, num determinado momento, numa área restrita. A Ginkgo biloba, actualmente espontânea apenas no sul da China, por exemplo, pertencia a um grupo de gimnospérmicas bastante comum no Jurássico e no Cretácico mas cujos representantes desapareceram quase por completo. Percebe-se, por isso, que se designem como relíquias tais endemismos.
[editar] Endemismos neogénicos
São endemismos neogénicos aqueles que resultam da evolução (por mutação ou outro factor) de uma espécie em eras recentes, não tendo tido o grupo biológico tempo para se disseminar para uma área mais extensa. É exemplo deste género de endemismo a espécie Saxifraga cintrana, presente na Serra de Sintra, Montejunto e Serra de Aire e Candeeiros.
[editar] Referências bibliográficas
- CAIXINHAS, Maria Lisete; Endemismos, in "Enciclopédia Verbo Luso-Brasileira da Cultura, Edição Século XXI", Volume X, Editorial Verbo, Braga, Junho de 1999