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Confraria da Nobreza - Wikipédia, a enciclopédia livre

Confraria da Nobreza

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Alexandre de Gusmão escreveu uma «Genealogia Geral para desvanecer a opinião dos senhores fidalgos portugueses que se dizem puritanos» . Explica-se: no século XVII se estendeu sobre muitas família, em especial as nobres, a suspeita de infecção de sangue por alianças matrimoniais com mulheres de origem judaica; estabeleceu-se então entre as de prosápia mais fidalga a distinção das puritanas, qque não aceitavam alianças com as de geração viciada. A estas pertenciam, por exempo notório, as casas do marquês de Alegrete, marquês de Valença e marquês de Angeja.

Para melhor fixar a distinção, seus promotores criaram, sob D. Pedro II de Portugal, esta Confraria da Nobreza fundada com o pretexto da expiação ao desacato d Santa Engrácia, atribuido aos judeus, e por cujos estatutos se obrigavam os irmãos a provarem a qualidade de cristãos-velhos, fora de toda a duvida. Na primeira metade do século XVIII agravou-se entre os confrades a ostentação do purismo, e entre os excluídos, a tendência à reação. Neste movimento se inclui a sátira de Gusmão, cuja mordacidade pressentimos, não obstante sofreada pelas convenções inelutaveis do momento.

Diz ele: "É necessário saber que cada um de nós na sua árvore de costado até 4°s avós tem 32 quartos avós: cada um destes tem outros 32 quartos avós da sua árvore de costado, que ficam sendo nossos oitavos avós e neste grau montam para qualquer de nós 1.024 avós. Cada um deste em 4° grau tem outros 32 quartos avós que nos vem a ficar em duodécimo grau e somam neste número 31.768 avós. Cada um destes em 4° grau tem outros 32 quartos avós, que para nós são 16° avós e somam neste grau 1.016.576 avós. Cada 1 destes em quarto grau tem outros 32 quartos avós que para nós vem a ficar em 20° grau, em que somam 32.530.432 avós, que cada 1 de nós tem no 20° grau, por todos os lados existentes ou ao menos contemporâneos.

«À vista do que tomara me dissessem os senhores puritanos, se tem noticia de que todos fossem Familiares do Santo Ofício? E porq o não havia nesse tempo, se a tem ao menos de que todos êles fossem puros? É certo também que o 20° grau para nós, ainda não dando mais que 31 ou 32 anos a cada geração (que é bem pouco) deita isto ao princípio do reino. Quisera que me dissessem êstes senhores se no princípio de Portugal haveria nele êste número de pessoas, não contendo mais (além de uma pequena parte da Galiza) que as Províncios d'Entre Douro e Minho, Trás os Montes e Beira, até o Mondego; que para baixo tudo era de Mouros.

«(Eu e todos podemos segurar que ainda hoje não há nele a 5° parte dêste número de pessoas em ambos os sexos, e em todas as idades); isto nos confirma o número dos Exércitos daquele tempo: e não pode haver duvida por aquela conta de que havemos precisamente de descender de quantos então havia em Portugal, e ainda de muitos estrangeiros. Agora, se todos êles eram Puros, então tem muita razão os senhores Puritanos: mas como naquele tempo não havia Santo Ofício nem Mesa da Consciência não sei quem lhes ha de passar essas certidões.

«O que sei é que no princípio do nossoue Reino havia Cristãos, havia Mouros, e havia Judeus; e q todos estes certamente não faziam o número de três milhões de pessoas. A conta é certa: as premissas estão provadas, mas a consequência é trabalhosa.

«Já houve quem respondeu a êste argumento dizendo não haver duvida na conta, nem igualmente em que no dito grau são necessários aqueles numerosos avós existentes ou contemporâneos: mas que cada um daqueles podia ser mil vezes nosso 20° avô como tronco comum de muitos descendentes.

«Consenti na resposta: e dei-lhe para êsses desconos os 32 milhões, que era o que me bastava para absorver a parte de todas as Familias que poderia haver naquela primeira idade do nosso Reino, nas três Províncias e parte da Galiza. Demais, no ano de 1492 foram expulsos todos os Judeus de Castela, e a maior parte dêles se passou a Portugal, onde também os havia, vivendo todos no erro da sua crença. No de 1497 os obrigou El R D. D. Manuel a que se batizassem, ou saissem do Reino. Muitos se batizaram onde teve princípio a fatal diferença de cristão velho e cristão novo.

«Como porém os que se expulsaram eram em grande número, temeu el-r lhe fizessem grande falta em seu Reino tão pequeno, e para a remediar de algum modo, mandou que todas as crianças que não passassem de 7 anos se lhes arrebatassem, para que, batizadas, e instruidas em nossa Santa Fé, remediassem pelo tempo adiante a falta de tanta gente.

«Consta de nossas Historias que o número destes Meninos chegou a 12 mil, os quais todos se deram para criar or êste Termo de Lisboa, com varios privilégios, que convidaram os Povos a querê-los e tratá-los.

Estimara me dissessem os Senhores Puritanos que foi feito desta gente, se morreram todos? Ora, demos-lhe que morresse a metade: que foi feito dos 6 mil? Que separação tiveram? Por onde se ficaram conhecendo? O certo é que todos ficaram nesta cidade de Lisboa e de seu termo: aqui viveram, casaram e tiveram infinitos descendentes.»

O problema teórico da origem e função da nobreza era estudado desde Carvalho de Parada, Severim de Faria, Pedro Barbosa, que afirmam a igualdade inicial dos homens e apresentam a desigualdade para fundamento natural das origens da nobreza, cuja função seria tornar menos perniciosa a disparidade provocada pelo pecado original. Todos distinguem dois tipos, a nobreza herdada e a nobreza adquirida, defendendo o direito de acesso de todos. Os principais títulos do século XVII eram escudeiro, cavaleiro, fidalgo de cota de armas, fidalgo de solar (solar conhecido, notório ou grande solar). Os titulares eram considerados «grandes», que tinham força para dar valor de escritura pública aos alvarás que fazem e assinam. Serão, logo abaixo dos Infantes, Duques, marqueses, condes, viscondes, barões, condestável, marechal, alferes-mor.

Rodrigues Lobo, por exemplo, indaga: «Nascer de estirpe antiga que aproveita?»

A preocupação corrente nos teóricos do século é a análise da importância do valor pessoal para suscitar nobreza legal. Freire Serrão diz inclusivamente: «Não há maior insânia que presumir um rei que os dotes naturais ou graciosos (...) se hão de achar em um filho e parente», o que suscita a promoção à nobreza são os feitos de armas, o exercício das letras, a dignidade religiosa, a riqueza agrícola.

Temos que os Puritanos, ligados à França e Espanha, mantinham-se contra os Reformistas, mais maleáveis, ligados à Inglaterra e à Holanda. Com o ouro do Brasil a realeza, sem necessidade de aumento de impostos, alargou o sistema de tenças à nobreza da Corte.


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