Carlson Gracie
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Carlson Gracie (12 de agosto de 1933 — 1 de fevereiro de 2006) foi um mestre de Jiu-Jitsu brasileiro, primogênito do introdutor da arte marcial no Brasil, Carlos Gracie.
Carlson foi lançado pela família no desafio a Waldemar Santana, que havia derrotado seu tio Hélio no épico combate de três horas e quarenta minutos, realizado em 1954. Seis meses depois, com apenas dezesseis anos de idade, Carlson subiria ao ringue para vingar o tio em menos de quarenta minutos, no que a imprensa da época classificou de "um massacre". Esta seria a primeira das quatro lutas travadas contra Waldemar (duas vitórias, dois empates) no cartel de Carlson de dezenove lutas profissionais, com apenas uma derrota.
Após se aposentar do Vale-Tudo, Carlson se dedicou ao ensino do Jiu-Jitsu e sua equipe reteve a hegemonia nos campeonatos de meados da década de 1970 a meados da década de 1990. Formou faixas-pretas do calibre de Sérgio Iris, o "Serginho de Niterói", Cássio Cardoso, Élcio Figueiredo, Peixotinho, Ricardo de La Riva, Murilo Bustamante, Amaury Bitetti, Ricardo Libório, Zé Mario Sperry e Wallid Ismail, entre mais de duzentos graduados.
Tinha uma personalidade polêmica, de fala alta, sempre gesticulando. Seu gosto era exótico, ia da música francesa à rinha de galos. Dono de uma memória capaz de gravar centenas de verbetes do dicionário, mestre Carlson sofreu grande baque em 1999, quando seus lutadores de elite deixaram a célebre academia da rua Figueiredo Magalhães, número 414, em Copacabana e formaram a Brazilian Top Team, após divergências relativas ao dinheiro. Alguns escudeiros, no entanto, acompanharam o faixa-preta até o final, como Osvaldo Paquetá, Wallid Ismail e Luis Carlos Matheus, o Manimal.
Carlson Gracie morreu no dia 1 de fevereiro de 2006, vítima de parada cardíaca, após infecção generalizada provocada por cálculo renal, no hospital Lincoln Park, em Chicago, onde mantinha uma academia de Jiu-Jitsu.