Auxina
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A Auxina é um hormônio vegetal como já dito acima, que têm a função de alongar as células e promover o crescimento de alguma parte da planta. De acordo com Sorace e col. (2007), as auxinas são hormônios vegetais reguladores com maior propriedade de crescimento, podendo ser usadas isoladamente com auxílio de processos de indução de raízes, por exemplo, em concentrações diferentes, de acordo com cada espécie, Transporte de auxinas: direcional e intercelular, resultando em acumulação local em certos tecidos e células ou por meio do floema.
Centelhas e colaboradores (1999) concordam que as auxinas têm a capacidade de atuar na expansão e no alongamento celular interferindo diretamente na divisão celular em cultura de tecidos principalmente no enraizamento. O alongamento celular pode ser firmemente relacionado com a genética, pois este evento ocorre após a divisão celular (fase M).
As auxinas mais utilizadas ácido indol acético (AIA), este sendo o primeiro hormônio auxínico descoberto por Went (1926), vindo a palavra auxina, do grego ‘crescer’, o ácido indol-butírico (AIB) - (SILVEIRA et al., 2002), estes acima citados são considerados auxinas naturais, mas também existem como naturais o ácido cloroindolacétio (4-cloro AIA), o ácido fenilacético (PAA) (de acordo com textos da disciplina Fisiologia Vegetal). Existem também as auxinas sintéticas como o ácido nafta acético (ANA), sendo que este ultimo hormônio, afirmado por Radmann e col. (2005) é a principal auxina das plantas, e em relação ao restante citado acima, também como auxina sintética existe o ácido 2-metil-4clorofenoxiacético (MCPA). Sorace e colaboradores (2007), ainda cita sobra uma auxina sintética denominado ácido dicloro fenoxiacetato (2,4 - D).
[editar] A Teoria do Crescimento ácido
Crescimento ácido é uma das hipóteses que tente explicar os mecanismos pelos quais os hormônios alteram a extensibilidade da parede celular utilizando principalmente a auxina para ativar uma enzima bombeadora de prótons na membrana plasmática, esses prótons posteriormente são lançados do citoplasma para a parede celular. A queda do pH é considerada a causadora do afrouxamento da estrutura da parede através da quebra e reorganização de polissacarídeos não-celulósicos, os quais normalmente entrelaçam as microfibrilas de celulose.
O alongamento da parede celular é a resposta inicial dos tecidos vegetais às auxinas. Esta primeira fase da resposta é extremamente rápida e exclui a síntese de novas proteínas. A segunda fase do alongamento da parede celular exige a síntese de proteínas (enzimas). Apesar de todos os processos responsáveis pela alongação celular por ação auxínica não terem sido ainda esclarecidos, alguns deles podem ser apontados a partir de evidências experimentais.
A rápida resposta em alongamento da parede celular parece estar relacionada com a acidificação. A auxina a bomba de prótons, já citada acima, que promoveria a secreção de íons hidrogênio em um compartimento da parede celular causando acidificação. A secreção de prótons poderia ser compensada por um movimento de cátions para o protoplasma. A acidificação promoveria a ativação de enzimas preexistentes causadoras do afrouxamento da parede celular. Isso possibilitaria uma expansão celular por efeito do potencial de pressão do interior da célula.
[editar] Referências
- CENTELHAS, A.Q., et al.. Efeito de auxinas sintéticas no enraizamento in vitro de macieira. EMBRAPA – Centro de pesquisa e agropecuária do Brasil. Brasília. V.34, n.2, p.181-186, fev. 1999.
- RADWAN, T.E.E., MOHAMED, Z.K., REIS, V.M. Aeração e adição de sais na produção de ácido indol acético por bactérias diazotróficas. EMBRAPA – Centro de pesquisa e agropecuária do Brasil.texto a negrito Brasília, v.40, n. 10, p. 9997-1004, out. 2005.
- SILVEIRA, C.A.P., et al. Multiplicação in vitro de porta enxertos do gênero Pinus sob baixas concentrações e diferentes tipos de auxinas. Revista Brasileira de Fruticultura. Jaboticabal-SP, v.24, n.3, p. 608-610, dez. 2002.
- SORACE, M. et al. Influência de auxina na aclimatização de Oncidium baueri (Orchidaceae). Revista Brasileira de Ciências Agrárias. Londrina-PR, v.28,n.2,p.195-200, abr-jun. 2007)