Alberto Torres
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Alberto Torres | |
Governador do Rio de Janeiro | |
Mandato: | de 31 de dezembro de 1897 31 de dezembro de 1900 |
Precedido por: | Joaquim Maurício de Abreu |
Sucedido por: | Quintino Bocaiúva |
Nascimento | 26 de novembro de 1865 Itaboraí |
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Falecimento | 29 de março de 1917 Rio de Janeiro |
Partido político: | — |
Profissão: | advogado e jornalista |
Alberto de Seixas Martins Torres (Itaboraí, RJ, 26 de novembro de 1865 — Rio de Janeiro, 29 de março de 1917) foi um político, jornalista e bacharel em direito. Também foi um pensador social brasileiro preocupado com questões da unidade nacional e da organização social brasileira.
Em sua obra refutava as teses tanto do socialismo como do individualismos como incompatíveis à realidade brasileira e responsáveis por sua desagregação. Cumpria, ao seu entender, conhecer objetivamente a sociedade brasileira para que se pudesse propor mudanças pragmáticas e soluções aos problemas encontrados. Isto só se faria com o entendimento da realidade social enquanto unidade nacional tendo um Estado forte a sua frente que conduzisse tais mudanças necessárias.
[editar] Vida pública
Era filho de Manuel Martins Torres, que foi vice-presidente no governo de José Porciúncula e bacharelou-se pela Faculdade de Direito de São Paulo em 1886.
Entusiasta dos ideais republicanos, Alberto Torres funda em 1889, juntamente com outros publicistas, o jornal "O Povo". Após a Proclamação da República, Torres torna-se deputado da Assembléia Constituinte fluminense instalada em 1º de março de 1892, exercendo cargo de deputado estadual até o ano seguinte. Em 1894 é eleito e inicia seu mandato de deputado federal. Em 1895, o então presidente da República, Prudente de Morais nomeia Alberto Torres para o cargo de Ministro da Justiça e Negócios Interiores, mas ele demite-se pouco tempo depois, em protesto pela intervenção na cidade de Campos dos Goytacazes decretada pelo vice-presidente Manuel Vitorino.
Entre 31 de dezembro de 1897 e 31 de dezembro de 1900 exerce o mandado de Presidente do estado do Rio de Janeiro e é sucedido por Quintino Bocaiúva. No ano seguinte, em 1901, é nomeado ministro do Supremo Tribunal Federal, cargo do qual se afasta em 1907, por motivos de saúde. Viaja à Europa e quando retorna pede aposentadoria, em 1909, quando tinha 43 anos de idade.
Foi ainda membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) e ao abandonar a vida pública, Alberto Torres passa a dedicar seu tempo quase que exclusivamente ao estudo dos problemas políticos e sociológicos brasileiros.
[editar] Obras
Entre novembro de 1910 e fevereiro de 1911, Alberto Torres publica uma série de artigos na "Gazeta de Notícias", que posteriomente viriam a compor uma de suas mais importantes obras: "A Organização Nacional", publicada em 1914.
Outra obra importante de Alberto Torres, "O Problema Nacional Brasileiro" é elaborada a partir de artigos publicados no "Jornal do Comércio" em 1912 e de um discurso proferido no Instituto Histórico em 1911.
Nessas obras, Alberto Torres aborda uma ampla variedade de questões, dentre eles uma proposta de reforma da Constituição, o problema da formação da nacionalidade nos países colonizados, a natureza da política nas sociedades modernas, a crítica às teorias racistas predominantes em sua época, etc.
- O problema nacional brasileiro, [1]
- A organização nacional, [2]
- As fontes da vida no Brasil, 1915, [3]
[editar] Referências
- Faleiro, Silvana Rossetti. Colégio Evangélico Alberto Torres: memórias e história, pag. 63, UNIVATES, 2005, Lajeado, RS. ISBN:85-98611-21-2
- REZENDE, Maria José de. Organização, coordenação e mudança social em Alberto Torres. Estudos de Sociologia, n. 8, 1º sem. 2000.
- SOBRINHO, Barbosa Lima. (1968). Presença de Alberto Torres: sua vida e pensamento. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira.
- SOUZA, Ricardo Luiz de. Nacionalismo e autoritarismo em Alberto Torres. In: Sociologias, no. 13, 2005, pp. 302-323. [4]
Precedido por Antônio Gonçalves Ferreira |
Ministro da Justiça do Brasil 1896 — 1897 |
Sucedido por Bernardino José de Campos Júnior |
Precedido por Joaquim Maurício de Abreu |
Presidente do Rio de Janeiro 1897 — 1900 |
Sucedido por Quintino Bocaiúva |