Indonésia
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Lema: Bhinneka Tunggal Ika (Javanês antigo: Unidade na diversidade) |
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Língua oficial | Bahasa Indonésia | ||||
Capital | Jacarta | ||||
Presidente | Susilo Bambang Yudhoyono | ||||
Área - Total: - % água: |
15º 1.904.569 km² 4.85% |
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População | 4º
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IDH (2007) | 0,728 (107º) – médio | ||||
Independência
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dos Países Baixos
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Moeda: | Rupia | ||||
Fuso horário: | UTC +7 até UTC +9 | ||||
Hino nacional: | Indonesia Raya | ||||
Domínio de topo: | .id | ||||
Código telefónico | 62 |
A República da Indonésia é um grande país localizado entre o sudeste asiático e a Austrália que é composto pelo maior arquipélago do mundo, as Ilhas de Sonda, e ainda a metade ocidental da Nova Guiné. Tem fronteiras terrestres com a Malásia, em Bornéu, com Timor-Leste, e com a Papua-Nova Guiné; e marítimas com as Filipinas, Malásia, Singapura, Palau, Austrália e com o estado indiano de Andaman e Nicobar. A localização entre dois continentes, a Ásia e a Oceania, faz da Indonésia uma nação transcontinental. Sua capital é Jacarta.
É o quarto país mais populoso do mundo e o primeiro entre os países islâmicos.
Índice |
[editar] História
Entre os séculos VII e XIV, formaram-se nas ilhas de Sumatra e Java vários reinos hindus e budistas mas, com a chegada de comerciantes árabes de Gujarate (Índia), no século XII, o islão tornou-se a religião dominante na maior parte do arquipélago.
Quando os europeus ali chegaram em princípios do século XVI (em 1511, Francisco Serrão juntamente com António de Abreu chegam as Ilhas Molucas), e começaram a dominar os reinos que ali existiam, na sua vontade de monopolizar o comércio das especiarias. A história da colonização holandesa da Indonésia começa com a expedição de Cornelis de Houtman. No século XVII, os holandeses, através da Companhia Holandesa das Índias Orientais, estabeleceram na região a sua colónia das “Índias Orientais Holandesas” (sem, no entanto, conseguirem ocupar a colónia portuguesa de Timor).
Durante a Segunda Guerra Mundial, a Holanda, que foi ocupada pela Alemanha, perdeu a sua colónia para os japoneses. Com o fim da guerra, Sukarno, que tinha cooperado com os japoneses, declarou a independência da Indonésia, mas os aliados apoiaram o exército holandês a tentar recuperar a sua colónia. A guerra pela independência, denominada Revolução Nacional Indonésia, durou 4 anos e, sob pressão internacional, a Holanda foi forçada a reconhecer o novo país.
A Indonésia – que havia incorporado a parte ocidental (antes holandesa) da ilha de Timor logo após a Segunda Guerra Mundial – é um país de enorme heterogeneidade étnica, histórica, cultural e linguística, com pelo menos 25 idiomas locais, 250 dialetos e quatro religiões principais, predominando o islamismo.
O golpe de Estado do general Suharto, apoiado pelos Estados Unidos e seus aliados, derrubou o governo do líder populista Sukarno em 1965, sob o pretexto de deter o avanço comunista. Foi um banho de sangue que vitimou centenas de milhares de indonésios. De caráter agressivo, militarista e essencialmente corrupto, a ditadura de Suharto promoveu a repressão e a opressão da população. Reforçou, também, a centralização política e o expansionismo. Assim, poderiam impedir a diversidade existente no país e reforçar as tensões autônomas opositoras à constituição de uma "Grande Indonésia". Com isso, houve conflitos autônomos nas Molucas, em Sumatra, na Nova Guiné, em Célebes e Bornéu e fronteiriços com a Malásia e Papua.
A Indonésia ambicionava anexar a parte oriental da ilha do Timor, embora afirmasse reconhecer o domínio português. Com o fim da guerra, Sukarno, que cooperou com os japoneses, declarou a independência da Indonésia, mas os EUA e seus aliados queriam que o exército holandês recuperassem a Indonésia.
Suharto foi reeleito 5 vezes e governou o país com a ajuda dos militares mas, com a crise económica asiática de 1997, o país voltou à rebelião e o presidente foi obrigado a renunciar e entregou o poder ao seu Vice-Presidente, B. J. Habibie. No entanto, nas eleições de 1999, Habibie perdeu-as para Megawati Sukarnoputri, filha de Sukarno, que não chegou a ser empossada, tendo sido substituída pelo seu partido político por Abdurrahman Wahid. A crise de Timor-Leste virou as cartas e Megawati voltou à presidência em 2001. Em 2004, nas primeiras eleições directas, foi eleito o actual presidente, Susilo Bambang Yudhoyono.
[editar] Política
A Indonésia tem um sistema presidencial. O Presidente, que é chefe-de-estado e do governo, é agora eleito diretamente para mandatos de 5 anos, junto com o Vice-Presidente.
O principal corpo legislativo do país é o Majelis Permusyawaratan Rakyat (MPR) ou "Assembleia Consultiva Popular", que consiste do Dewan Perwakilan Rakyat (DPR) ou Conselho Representativo do Povo, eleito para mandatos de 5 anos, e do Dewan Perwakilan Daerah (DPD) ou Conselho dos Representantes Regionais. Depois das eleições de 2004, o MPR tornar-se-á um parlamento bicameral com a criação do DPD como nova segunda câmara.
[editar] Subdivisões
Actualmente, a Indonésia está dividida em 33 províncias (entre as quais, 3 são territórios de regime especial, Aceh e Yogyakarta, e o território da cidade capital, Jakarta). As províncias subdividem-se em distritos que, Sumatra, Papua (Irian Jaya), Riau, Riau Kepulauan, South East Sulawesi, South Kalimantan, South Sulawesi, West Irian Jaya, West Java, West Kalimantan, West Nusa Tenggara, West Sulawesi e West Sumatra.
[editar] Geografia
A Indonésia é o maior arquipélago do mundo, com 18 108 ilhas. Principais ilhas: Java, Sumatra, Bornéu. Ver também: Ilha de Krakatoa. Nesse arquipélago, há uma formação de um grupo de cinco ilhas maiores, estas são: Sumatra, Kalemantan, Sulawesi e Irian Jaya e de trinta grupos menores que totalizam mais de 17.000 pequenas ilhas.
O país é banhado pelo Oceano Pacífico na sua parte oriental e pelo Oceano Índico no sul e oeste. A nordeste, confina com o Mar das Filipinas e Mar das Celebes, a noroeste, com o Mar de Andaman, a sul pelos mares de Arafura e de Timor, e engloba por completo os mares de Java, Savu, Banda, Seram e das Molucas.
A Indonésia tem fronteiras terrestres com a Malásia, em Bornéu, com Timor-Leste, e com a Papua-Nova Guiné e fronteiras marítimas com as Filipinas, Malásia, Singapura, Palau, Austrália e com dois estados indianos. Estar localizado entre a Ásia e a Oceania, faz da Indonésia uma nação transcontinental.
[editar] Economia
A economia indonésia assenta, essencialmente, nas atividades agrícola, mineira e industrial. O setor agrícola produz arroz, milho, mandioca, batata-doce, tabaco, chá e café. À semelhança da Índia, a agricultura registou problemas após os primeiros êxitos da Revolução Verde. Associada a este setor, está também a silvicultura, atividade que produz a borracha natural e madeiras exóticas. Por outro lado, a atividade mineira tem visto a sua importância aumentar de dia para dia, fomentada, principalmente, pelo aumento da exploração de petróleo e gás natural. No entanto, outros minérios são extraídos, como o níquel, a bauxite, o ouro e o cobre.
Quanto ao setor industrial, que desde os meados dos anos 80 caminha a passos largos para se tornar o principal setor indonésio, enquadra-se numa política de importação de matérias-primas para posterior transformação e exportação. Deste modo, destacam-se as indústrias ligadas aos produtos químicos, aos componentes eletrónicos, ao cimento, aos pneus, ao papel e aos têxteis.
Em resumo, a economia deste país encontra-se em fase de desenvolvimento, beneficiando da sua posição privilegiada no seio de instituições internacionais como a ASEAN (Associação das Nações do Sudeste Asiático), a ESCAP (Comissão Económica e Social para a Ásia e o Pacífico) e a OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo). Os principais parceiros comerciais da Indonésia são o Japão, os EUA, Malásia, Singapura, Austrália e a Alemanha.
[editar] Demografia
[editar] Cultura
Data | Nome em português | Nome local | Observações |
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[editar] Ligações externas