Heráclio
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Flávio Heráclio Augusto (c. 575 - 11 de fevereiro de 641) reinou como imperador bizantino de 5 de outubro de 610 a 11 de fevereiro de 641.
Heráclio ascendeu à dignidade imperial após rebelar-se, juntamente com o seu pai e homônimo, contra o Imperador Focas. Foi aclamado imperador após tomar Constantinopla (com o auxílio da aristocracia local) e executar pessoalmente Focas. Foi coroado novamente naquela cidade em 5 de outubro de 610.
O novo imperador enfrentou sérios problemas nas fronteiras, com os ávaros ao longo do Danúbio e a Pérsia a leste. O exército persa tomou Damasco, Jerusalém e o Egito e chegou até Calcedônia, à margem do Bósforo.
Heráclio dedicou-se então a reorganizar o exército bizantino. Desenvolveu o conceito de outorgar terras a indivíduos em troca de serviço militar hereditário. As terras concedidas foram organizadas em themata (thema, no singular), palavra grega aplicada a unidades de terra agrícola pertencentes ao Estado, entregues a soldados, administradas por governadores militares (strategos) e fornecedoras de recrutas por meio do serviço militar hereditário). Este sistema garantiu a sobrevivência do Império Bizantino por séculos e permitiu a Heráclio reconquistar o território tomado pelos persas.
Heráclio abandonou o uso do vetusto título de "Augusto", adotando o de "Rei dos Reis", à moda persa. Mais tarde, passou a empregar o título de Basileus, termo grego que significa "rei" e que foi aplicado aos imperadores bizantinos por 800 anos.
No final de seu reinado, as províncias da Síria, Palestina e Egito foram perdidas para os árabes, unificados por Maomé e professando o islamismo.