Banda larga
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Banda larga é o nome usado para definir qualquer conexão à internet acima da velocidade padrão dos modems analógicos (56 Kbps). Usando linhas analógicas convencionais, a velocidade máxima de conexão é de 56 Kbps. Para obter velocidade acima desta tem-se obrigatoriamente de optar por uma outra maneira de conexão do computador com o provedor. Atualmente existem inúmeras soluções no mercado.
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[editar] Tecnologias de Banda Larga
[editar] ISDN (RDIS)/DSL
Utilizam as redes de telefonia convencionais para transmitir dados em alta velocidade que variam de 64 a 128 Kbps (ISDN). Em Portugal é utilizado o acrónimo RDIS (Rede Digital com Integração de Serviços). Em Portugal até 24 Mbps (ADSL 2+). Bastante difundido no Brasil e Portugal através das grandes empresas de telefonia como Portugal Telecom, Sonaecom, Vodafone Portugal, ONI Telecom, TELE2 e Brasil Telecom (com o Turbo), CTBC (com o Netsuper), Telefônica (com o Speedy), Oi Fixo (com o Velox) e a GVT (com o TurboNet Mega Maxx). Para uma rede de telefonia transmitir dados através destas tecnologias, ela precisa ser 100% digital além das companhias de telefone adaptarem uma aparelhagem que viabilize a conexão. Requer do usuário um modem apropriado. É possível ampliar esta tecnologia desde que as redes sejam substituídas por cabo de fibra óptica.
[editar] ADSL
ADSL é um tipo de conexão DSL e, comparada a outras formas desta, o ADSL tem a característica principal de que os dados podem trafegar mais rápido em um sentido do que em outro. Geralmente, os provedores anunciam o ADSL como um serviço onde a velocidade de "download" é mais rápida do que a velocidade usada para "upload". A grande vantagem do ADSL é que o usuário é conectado ponto a ponto com a central telefônica, sem precisar compartilhar sua linha com outros usuários, contrariamente ao modem a cabo. O modem ou roteador ADSL pode ser ligado ao computador via uma placa ethernet, através de uma porta USB ou ainda em modo wireless (sem fio).
[editar] Modem a cabo (Cable Modem)
Esta tecnologia, também conhecida por Cable Modem, utiliza as redes de transmissão de TV por cabo convencionais (chamadas de CATV - Community Antenna Television) para transmitir dados em velocidades que variam de 70 Kbps a 150 Mbps, fazendo uso da porção de banda não utilizada pela TV a cabo. Pesquisas americanas mostraram que, entre 2004 e 2005, houve um aumento de 29% no número de usuários de Internet via cabo.
Utiliza uma topologia de rede partilhada, onde todos os utilizadores partilham a mesma largura de banda.
Para este tipo de acesso à internet utiliza-se um cabo coaxial e um modem. O computador do usuário deve estar equipado com placa de rede Ethernet. Nela, conecta-se um cabo par-trançado (UTP). A outra extremidade deste cabo deve ser ligada ao modem. Ao modem, também é conectado o cabo coaxial da TV, que servirá para conectar o usuário à Internet. Outra forma de conexão é através de um conector USB, cujo modem de rede conecta-se ao computador através de um cabo.
Há, atualmente, quatro normas aplicáveis à transmissão de dados via cabo:
- DOCSIS 1.0/EuroDOCSIS 1.0
- DOCSIS 1.1/EuroDOCSIS 1.1
- DOCSIS 2.0/EuroDOCSIS 2.0
- DOCSIS 3.0/EuroDOCSIS 3.0
A diferença entre DOCSIS/EuroDOCSIS prende-se com a forma como se utiliza o espectro de frequências no cabo, estando a norma EuroDOCSIS mais vocacionada para o mercado europeu. A norma DOCSIS foi no entanto a primeira a ser desenvolvida.
As normas DOCSIS 1.0 e 1.1 são actualmente as mais utilizadas. A norma DOCSIS 2.0 exige alterações importantes nos equipamentos do ISP e como tal está a mostrar mais resistência na sua adaptação. A norma DOCSIS 3.0 exige tambem alterações nos equipamentos dos ISP's e normalmente a troca de modems de clientes, para utilização da mesma.
Mais recentemente foi desenvolvida a norma PacketCable (e a correspondente EuroPacketCable) que define a forma como se pode implementar telefone no cabo. Atualmente no Brasil, a NET Serviços utiliza a tecnologia no seu serviço NetFone, entre outras empresas.
Estão também a ser desenvolvidos novas normas para VideoOnDemand, Televisão Interactiva e Televisão Digital.
No Brasil, as duas maiores companhias de TV a cabo NET e TVA disponibilizam o serviço. Atualmente a maior velocidade disponível no Brasil é de até 8 Mbps, oferecida pela Net Virtua. Requer do usuário um modem apropriado. Em Portugal, todas as companhias de TV por cabo disponibilizam internet por cabo: TVCabo, Cabovisão, Bragatel, TVTEL, Pluricanal. A maior velocidade disponível em Portugal é de 60 Mbps e é oferecida pela TVTEL.
A Norma DOCSIS/EuroDOCSIS 3.0, permitem aumentos consideraveis de até 150mbps na direção de downlink, sendo que tambem é possivel o "bonding" de links, ou seja: A possibilidade de unir varios modems em um mesmo local em varios circuitos em um unico pc ou roteador, fazendo com que todos juntos, tenham uma unica velocidade maior em balancing ou multilink.
[editar] Wireless/Rádio
Utiliza ondas de Rádio-freqüência para transmitir os dados. Há duas tecnologias em uso no Brasil, sendo bastante comum confundi-las.
- Radio MMDS WLAN/LMDS - tecnologia que está se espalhando pelo interior do Brasil, devido ao baixo custo de manutenção e boas taxas de preço e velocidade. Consiste em distribuir o sinal da Internet captado por uma linha E1 utilizando antenas e o distribuindo através de POPs (Point of Presence) espalhados pela cidade, formando uma grande rede de usuários. É muito comum haver grupos de assinantes - condomínios por exemplo - que juntos custeam e dividem o custo de todo o equipamento necessário para levar o sinal até suas residências, tornando o preço individual ainda mais baixo. A velocidade de acesso corresponde à contratada pelo assinante com o provedor.
- Wireless WiFi - tecnologia popularmente conhecida como Wi-Fi, consiste em jogar um sinal de rede numa determinada área para que assinantes com modems e adequados em seus computadores captem o sinal e acessem a Internet sem usar um fio sequer. Todos os laptops fabricados a partir de 2003 já vem preparados para este tipo de acesso, bem como todos os modelos de Macintosh. Os pontos que disponibilizam o sinal são chamados Hotspots - há cerca de 200 deles no Brasil, alguns públicos (Cafés, Aeroportos) e outros privados. A velocidade varia de 256 Kbps até 10 Mbps.
- WiMAX - esta tecnologia estende o alcance do sinal Wi-Fi a grandes distâncias, podendo cobrir cidades inteiras com uso de repetidores de sinal. Nos Estados Unidos, o Google está cobrindo várias cidades com esta tecnologia. No Brasil o Ministro Hélio Costa disse que esta será a tecnologia como canal de retorno da TV Digital e banda larga gratuita do governo a ser implantada até 2014.
[editar] Celular
As redes de telefonia celular 3G permitem o acesso sem fio em alta velocidade à computadores e dispositivos móveis. Chegou ao Brasil em 2007 e vem se expandindo apesar do alto preço por dados trafegado.
A rede 4G promete ser ainda mais veloz e potente com grande cobertura de sinal. Em 2008 está sendo testada no Japão e prevista para estrear no final de 2008. Por ser bancada pelas empresas de telefonia que investem pesadamente no ramo, especialistas dizem que o 4G deve substituir o WiMax rapidamente no ano de 2010.
[editar] Satélite
Usada em menor escala por empresas e instituições financeiras, esta tecnologia utiliza satélites de comunicação para transmitir o sinal diretamente aos computadores que os captam através de antenas parabólicas comuns e receptores. A grande vantagem é que pode-se estabelecer conexão em qualquer parte do país, até mesmo em áreas remotas. A velocidade depende do satélite envolvido e do serviço. No Brasil, a Embratel oferece o serviço pela Star One - bidirecional completo - tanto para usuários residenciais como corporativos. Nos anos 90, a DIRECTV tentou emplacar um serviço desse tipo a consumidores residenciais nos EUA, mas não obteve sucesso, principalmente pela banda de transmissão ser unidirecional - era capaz de apenas receber informações, sendo necessário um modem simples para a transmissão.
[editar] Energia elétrica
Ainda no campo da pesquisa por mais de oito anos nos EUA, consiste em transmitir os sinais de Internet através da rede elétrica. Nunca foi implantada comercialmente e um dos seus maiores problemas é que quanto maior a distância da casa do usuário aos servidores do provedor, pior fica a recepção e a velocidade. Atualmente vem sendo testada no Brasil nos estados de São Paulo , Paraná , Minas Gerais , Rio de Janeiro e Maceió (pela Eletropaulo , Copel e CEMIG, respectivamente).
O grande problema, na verdade, são os transformadores. O sinal até poderia ser transmitido a longas distâncias, porém os dados se perdem quando chegam aos transformadores. O caso mais próximo do sucesso deu-se na Alemanha, onde os transformadores não ficam nos postes, mas nas próprias residências. Porém, o sucesso não foi absoluto, devido à dificuldade de lidar com a alta tensão encontrada antes dos transformadores.
O PLC (Power Line Communication – ou internet via rede elétrica) começa a dar seus primeiros passos para chegar ao mercado no Brasil. A Copel (Companhia Paranaense de Energia) vai inaugurar um projeto piloto oferecendo conexão à internet pela rede elétrica em banda ultralarga ainda em 2007, com 300 clientes com velocidade de 100 Mbps para cada um. A informação é de Orlando Cesar, consultor de telecom da empresa.
[editar] Banda larga em Portugal
De acordo com a Anacom, 88,4% dos clientes internet em Portugal tinham acesso por banda larga em Novembro de 2006, tendo o número de utilizadores de banda larga crescido mais de 50% em 2006. Mais de metade das ligações em banda larga são feitas através do ADSL.
Também segundo a Anacom, em Dezembro de 2006, 40 por cento dos lares portugueses dispunham de acesso à Internet, sendo que a principal tecnologia de suporte da banda larga era o ADSL (60,5 por cento do total de acessos), sendo os restantes principalmente suportados por modem cabo (36 por cento). Contando com as intenções dos inquiridos no Inquérito ao Consumo da Banda Larga, a penetração da Internet nos lares atingirá cerca de 46 por cento no final de 2007.
[editar] Banda larga no Brasil
Em 2007, a Banda larga no Brasil, embora venha crescendo bastante em número de usuários e velocidade, é quase 400 vezes mais cara que em outros países. Principalmente devido a falta de concorrência, falta de regras claras e alta carga de impostos, além do facto de ainda ser mais lenta que em alguns outros lugares. [1]
[editar] Estatísticas
2007, Dezembro = 8.1 milhões de assinantes de banda larga no Brasil. (Segundo o IDC)
Referências
- ↑ Banda larga no Brasil é quase 400 vezes mais cara que em outros países. PC World (3 de Setembro de 2007). Página visitada em 18 de Março de 2008.